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Caneca de Letras

03.11.19

 

De facto, vivemos numa Era de absurdos inenarráveis, carradas de politicamente correcto entrelaçado com um permanente reescrever da História que se acumula nesses “policias” da verdade, actualmente, em voga.

Por estes dias a Deputada Joacine Katar Moreira partilhou no seu Twitter uma critica a uma imagem no salão nobre da Assembleia da República, tentando confundir e reduzir o papel de Vasco da Gama na História de Portugal, a esse passado de servidão e escravatura.

Um exemplo de intolerância e de incompreensão do tempo e passado, numa misturada bacoca de um extremismo exacerbado.

Joacine terá profundas cicatrizes, diria mesmo complexos, resultantes desse período Histórico Português, no entanto, parece-me que esse fardo sentimental que carrega lhe tolda a opinião, lhe turva a avaliação e reduz a sensatez.

Vasco da Gama foi e será sempre figura cimeira da nossa Nação, representando a ousadia e coragem que marcam a nossa História e destino...

Procurando muito para além do que a Srª Deputada quer fazer parecer, diria ser de uma profunda injustiça avaliar o papel e os valores desse mui nobre navegador, à luz dos conhecimentos de hoje, das noções civilizacionais que nos regem.

Existe nesse tweet um profundo ressabiamento, uma evidente disputa de memória, contra um passado que se encontra escrito nos livros de Historia e marcam um dos períodos de Ouro deste Lusitano Povo.

Diria mesmo sentir ódio nas palavras, extremistas palavras que amiúde vão sendo debitadas pela Srª Deputada, buscando o confronto como meio publicitário, o fogo de artificio como arma de mão.

O beneplácito com que são brindadas as suas atitudes, por parte de grande parte da comunicação social, demonstram que esse complexo está presente também naqueles que em silêncio se envergonham de algo que não nos deveríamos de envergonhar.

O colonialismo Português esteve entrelaçado em erros profundos, clivagens enraizadas e que marcaram injustiças tremendas, no entanto, das profundezas dessa História ressaltaram momentos e traços absolutamente fascinantes que tocam todos os cantos do antigo Império.

De Lisboa até Goa, muitos desses sinais se traduzem em tradições que sobrevivem na actualidade, costumes que nos perpetuam nos quatro cantos do Globo, nomes e famílias que não falando uma única palavra de Português sorriem a cada vitoria Lusitana, marcas e precisões em edifícios e ruas, olhares e vozes...

Explicar a Joacine Katar Moreira que também isto é Vasco da Gama não deverá ser fácil, mas julgo que mais por culpa da própria do que do mui nobre Vasco da Gama.

Compreendamos o caminho de cada um, sem esquecer esse todo que nos cabe como Povo e Nação, nesse entrelaçado de almas que nos representa.

Cara Joacine, respeitando a sua opinião, importa que não se esqueça de respeitar o legado daqueles que com as suas vidas ajudaram a construir este grande País que, pela sua representação parlamentar, me parece também ser o seu.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




19.03.17

 

Sou livre;

Posso voar,

Não tenho amarras,

Nada me prende, me segura,

Nada me impede de correr...

 

Sinto-me livre, sem medos;

Posso respirar o mundo inteiro,

Correr riscos, sofrimentos,

Viajar por entre o vento...

 

Livre e liberto;

Só por mim e por mais nada,

Não me importa qual seja o fim,

Desta vida desencantada...

 

Vejo cores e movimentos;

Vejo o sol e a lua,

Sinto os meus sentimentos,

Nesses caminhos, por essas ruas...

 

Sou do mundo, deste planeta;

Sou mais um na solidão,

Nesta vida de cometa,

No meio da multidão...

 

Aproveito cada instante;

Para viver, para sentir,

Nesta terra às vezes distante,

De onde, por vezes, me apetece fugir...

 

Sou livre, livremente;

Procurando observar,

Aproveitando constantemente,

Este eterno viajar...

 

Sendo assim, vivo livre;

Por desejo e vontade,

Livre vivo, livre morro,

Caminhando pela eternidade!

 

 

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