29.08.18
Os lingotes de ouro de uma Venezuela, perdida por entre o inacreditável mundo de Maduro, são essa evidência maior, da trágica desesperança do Populismo.
É fácil crer num discurso assim, para aqueles que acreditam que os seus problemas são o fruto do bem de outrem, do sucesso dos que supostamente pertencem, no seu imaginário mundo, a uma elite.
Sempre foi assim...
Sempre será.
Um pequeno grupo como alvo, uma parte à mercê de tantos.
A Venezuela, um dos Países mais ricos da América do Sul, se recuarmos duas décadas, está agora trespassado pela miséria económica, financeira, Humana.
Resta naquele País o discurso indescritível de um pequeno "asno", um líder embrenhado no seu pequeno circulo, cercado por armas, as mesmas que servem para impor os seus desmandos.
Já aqui escrevi que reconheço a Maduro, o mesmo destino que um dia vi a Ceauscescu, rumando solitariamente para um acerto de contas com o seu povo, assim que lhe faltar o apoio militar.
E como deve faltar pouco...
Tão pouco.
O pedido para a população comprar lingotes de ouro, para ajudar a economia Venezuelana a recuperar o seu folgo, quando o mesmo povo não tem o que comer, os hospitais não têm remédios ou profissionais, milhares e milhares de pessoas fogem do seu País para encontrar um destino melhor...
Esse pedido, mais do que vergonhoso, é insultuoso.
Na Venezuela de Maduro já não existem adjectivos ou palavras que possam enganar a visão popular, populismo que possa alimentar a torpe "verdade" que o regime insiste em contar.
E assim, talvez esteja cada vez mais perto o fim de uma das mais infames ditaduras do nosso tempo.
Deus queira.
Filipe Vaz Correia