11.01.18
E agora?
Aprovam ou não aprovam, esta lei sobre a legalização da Canábis para fins medicinais ou terapêuticos?
Este debate é feito, há muito, por esse globo fora, guiando-nos por entre os receios de muitos, os desejos de outros tantos e o desconhecimento de quase todos.
Parece evidente, pela posição de médicos e enfermeiros, Ordem dos Médicos e outros profissionais da área da saúde, que esta planta tem na sua composição, elementos que permitem em casos como o cancro e outras doenças crónicas, aliviar a dor e permitir uma melhor qualidade de vida aos pacientes...
Só isto já dá que pensar.
Não tenho posição definida nesta matéria, pois num determinado sentido, também compreendo aqueles que temem a vulgarização desta substância, num mercado desregulado ou num sistema onde a prescrição se tornasse banalizada.
É aqui que espero que o Parlamento assuma o seu dever, ou seja, estudar todas as hipóteses possíveis para se certificar da importância desta decisão, legislando, liberalizando, mas definindo regras concretas, capazes de assegurar o cumprimento dessas mesmas leis.
Não tenho nada contra a planta em questão, nem contra o seu consumo, desde já o escrevo, mas entendo que a sua legalização tem de ser cautelosa e prudente.
Veremos se em Portugal, daqui por uns tempos, em vez de uma aspirina para a dor de cabeça, já se poderá fumar uma ervinha.
Filipe Vaz Correia