28.10.20
Lágrima salgada;
Com sabor a mar,
Nessa onda agitada,
Que regressa sem parar...
Lágrima que me pertences;
Que é minha, da minha dor;
Dessa força que me sufoca,
Que me aquece com o seu calor...
Lágrima insolente;
Que te impões ao meu querer,
Que corres sempre presente,
Sempre presente ao adormecer...
Lágrima salgada, inusitada;
Cheia de imagens e legendas,
Fugindo das histórias passadas,
Das soluções, das emendas...
Assim continuo a chorar;
Disfarçando titubeante,
Esse repetido soluçar,
Nessa lágrima sempre errante...
E sem parar de cair;
Minha lágrima, minha emoção,
Vou dizer-te a sorrir,
A minha conclusão:
És a voz da minha alma;
O bater do meu coração.