27.01.20
Morreu Kobe Bryant...
Morreu uma lenda.
Acompanho a NBA desde pequeno, noutros tempos mais do que agora, recordando em cada cesto, a cada afundanço as estrelas de antigamente.
Ninguém para mim se compara a Michael Jordan, àquela equipe dos Chicago Bulls, nem mesmo aqueles nomes que cintilavam, por entre, os gritos de Carlos Barroca...
Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar, Larry Bird, Isiah Thomas ou Charles Barkley, nomes que rivalizavam, disputavam época e importância com o número 23 de Chicago, fosse no campo ou na História da modalidade.
Nenhum igual a Jordan...
Nenhum igual à lenda maior.
Depois da retirada de Michael Jordan deixei de acompanhar a NBA, assiduamente acompanhar, no entanto, anos mais tarde, uma equipe dos LA Lakers, dirigida pelo mesmo treinador que liderara os Bulls de Jordan, começava a dominar a competição, carregada de jovens, talentos, qualidade...
Nessa equipe uma personagem despontava, um génio se destacava:
Kobe Bryant.
Décadas se passaram, 20 anos de competição, títulos e mais títulos, pontos e mais pontos, sempre na mesma cidade, nos seus Lakers.
Palavras para quê?
Morreu neste dia uma lenda incomparável, com a sua pequena filha, dentro de um helicóptero, nos céus da Califórnia.
Tirando Jordan, nunca vi nenhum outro basquetebolista voar como Kobe Bryant, por entre os seus adversários, rumo aos cestos, esvoaçando entre os tectos de um qualquer pavilhão.
Assim, desaparece a magia de uma História, de um atleta que perdurará no tempo, na memória de todos os que o viram jogar, daqueles que mesmo não o vendo saberão as suas jogadas, os seus feitos, através da voz de tantos que o admiram e admiraram.
Alguém, um dia, disse que morremos duas vezes...
Uma no dia de nossa morte física e outra no dia que alguém pronuncia o nosso nome pela última vez.
Kobe Bryant jamais morrerá, pois pertencerá àquela galeria de figuras imortais que terão para sempre o seu nome pronunciado.
Até sempre, Kobe Bryant...
Filipe Vaz Correia