13.05.17
Só mais uma vez, Salvador...
O grande dia chegou, a final do Festival da Eurovisão, com a expectativa mais elevada do que nunca, para a classificação que a canção Portuguesa irá obter.
Depois de ensaios e mais ensaios, demonstração permanente de qualidade da letra e da interpretação Portuguesa, aproxima-se o tudo ou nada.
Admito, como já aqui escrevi, que a classificação não é para mim o mais importante, mas sim a beleza arrebatadora com que somos surpreendidos em cada interpretação de Salvador Sobral, no entanto, não posso negar que com o aproximar do momento, anseio que tudo corra pelo melhor...
Parece que à medida que os dias vão passando mais e mais se rendem ao inevitável encontro com a voz angelical, com aquela presença que se entranha de tão estranha e ao mesmo tempo inquietante, quase solitária no meio daquele palco, não fosse ela acompanhada pelos insistentes suspiros que não têm língua ou País, apenas encantamento e comoção.
A reação que Amar pelos dois tem recebido pelo mundo a fora, é sinonimo da sua qualidade, da irreverência de concorrer com algo novo, diferente e inesperado para os padrões deste Festival, irrompendo assim, como uma lufada de ar fresco, na habitual monotonia entre o pop e o pimba...
E assim em dia de partida do Papa, de um possível tetra do Benfica, Salvador Sobral cantará em Kiev uma vez mais...
E será caso para dizer:
Só mais uma vez, Salvador!
Filipe Vaz Correia