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Caneca de Letras

06.12.17

 

Os Estados Unidos anunciaram, através do seu Presidente, Donald Trump, que irão reconhecer Jerusalém como Capital do Estado de Israel...

Trump avançou ainda, que irá mudar a Embaixada Americana de Telavive para Jerusalém, causando estupefacção no mundo, incrédulo perante a imensa estupidez de tal decisão política.

Trump é errante no pensamento, na estratégia, na vulgar forma como se comporta, por entre Tweets e disparates, no entanto, esta atitude poderá mesmo ser aquela que trará maiores consequências negativas, para um mundo carregado de problemas...

O Médio Oriente, terreno fértil de conflitos, há muito que vive num caldeirão em ebulição, pejado de mortes e guerrilhas, de ódios e enganos.

Trump ao tomar esta decisão, retira neutralidade aos Estados Unidos, esvaziando assim, qualquer papel de mediador, que ainda pudesse restar à diplomacia Americana.

O discurso de Donald Trump, utilizando varias vezes a palavra paz, indica mesmo que o Presidente Americano estará longe, protegido pela sua grotesca ignorância, de se aperceber o quão impossível será promove-la, depois de tudo isto.

Jerusalém é Terra Sagrada para três grandes religiões, Cristãos, Muçulmanos e Judeus, Terra Santa que acaba por justificar não só misticismo da questão, assim como, a prudência de todos os políticos,ao longo dos tempos, em relação a esta cidade.

Não me surpreenderia nada, que estas palavras servissem de justificação para uma nova Intifada, a terceira, dando pretextos aos radicais do Hamas, para regressarem à luta armada, sem deixar espaço para futuras negociações de Paz.

Infelizmente para aquela região, parece que a instabilidade regressará, assim, mais intensa do que nunca...

Geostrategicamente este será um imenso tiro no pé dos Estados Unidos, cada vez mais ridicularizado e isolado na Política Mundial...

E assim se explica, se conta, mais uma Trumpalhada do Presidente dos Estados Unidos...

Uma Trumpalhada em Jerusalém.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

27.02.17

 

Sempre que via um comboio partir;

Imaginava esse mundo,

Descobrindo sem fugir,

Esse longínquo e profundo,

Desejo de sentir,

O meu ausente destino...

 

Sempre que abriam os portões;

Daquele campo maldito,

Imaginava os corações,

Daqueles interditos,

Olhares que me fugiam,

Dos que um dia amei...

 

Sempre que chegava o amanhecer;

Desconfiado caminhava,

Querendo adormecer,

A esperança que em mim habitava,

De que podia ser diferente...

 

E seguindo amordaçado;

Amordaçando a alma já cansada,

Presa nesse corpo desanimado,

Naqueles pijamas riscados...

 

E assim a cada partida;

A cada fuga perdida,

Em cada dia, ferida,

Até que chegou a minha vez...

 

E aí descobri que me haviam roubado tudo;

Mas apenas eu, 

Era o dono da minha alma!

 

 

 

 

 

 

 

28.01.17

 

Atrás desses portões;

Onde se escondeu tanto sofrimento,

Tantas mortes sem caixões,

Servindo de ensinamento,

A um mundo de interrogações,

Espelhados nesse tempo...

 

Em cada gota de chuva;

Caindo desse céu,

Fica uma lágrima por chorar,

Por aqueles que nessa história,

Acabaram por deixar,

Uma vida por cumprir...

 

Nesse pedaço de terra;

Naquele cheiro a morte,

Essas memórias que encerram,

Tantas vidas sem sorte,

Às mãos de um malfadado destino...

 

Chaminés sempre a queimar;

Meninas e meninos gaseados,

Almas a escapar,

Por entre o fumo, desse passado,

Daquele presente a recordar,

Para que nunca mais seja tentado...

 

E assim, importa voltar a dizer;

Que foi verdade, tamanho horror,

Para que ninguém se atreva a esquecer,

Aqueles esqueletos, aquela dor,

Aqueles uniformes às riscas!

 

 

 

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