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Caneca de Letras

12.10.17

 

O Sporting Jogou contra a equipa do Oleiros, uma equipa pequena, menor no panorama do Futebol Lusitano, com um onze de segunda linha, repleto de jogadores ávidos por uma possibilidade de se mostrarem na primeira equipa dos Leões.

Tenho de admitir que temo sempre as palavras de Jorge Jesus, quando se refere a jogadores da formação de Alcochete, desde o famigerado guião, à falta de golo de Podence, para não falar na quantidade de vezes que tinham de nascer, os meninos da formação, quando era treinador do Benfica...

Neste jogo, sei que é uma equipa menor, João Palhinha mostrou mais uma vez o seu imenso potencial, nada que espante pois o seu talento não engana, a sua imensa capacidade de recuperação de bola, a sua gigantesca dimensão física, aplicada ao jogo, a sua diferenciação no jogo aéreo.

João Palhinha em nada fica atrás de Battaglia, nada perde nos mais variados tempos do jogo, dando vezes sem conta um aspecto táctico à equipa, que me parece, com ele, bastante melhor...

Sempre admirei o João, sempre vi nele um herdeiro de Vidigal ou Paulo Bento, na característica física mas também na inteligência táctica, essencial aos campeões.

Não será por acaso, que as duas últimas equipas do Sporting a conseguirem ser campeãs, tinham no seu meio campo uma dupla trabalhadora e dedicada, Vidigal e Duscher, Paulo Bento e Rui bento, fazendo a diferença e permitindo  a artistas como Barbosa ou Quaresma, Mpenza ou Hugo Viana, sem esquecer o Grande Artista João Pinto, desfrutarem de uma liberdade capaz de modificar o jogo, em proveito da ambição Leonina.

Os elogios de Jesus a João Palhinha surpreenderam-me, deixaram-me feliz, no entanto, mais do que elogios é necessário que se aposte no jogador, se insista na aposta, se faça sentir a crença do treinador no talento do menino.

Por fim, dizer que Daniel Podence não fez um jogo menor do que Palhinha, não teve menos influência na equipa, apenas desta vez, não mereceu o elogio do Mestre da táctica...

Injustamente.

Podence cresce sempre que parte da ala, cresce exponencialmente, dando dimensão ao pequeno jogador, que se agiganta com o tamanho talento, da sua imensa genialidade...

Por isso vale a pena dar-lhe o guião certo, pois talento, também não lhe falta.

Viva o Sporting.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.04.17

 

Quando vejo o que se passa no Sporting com Francisco Geraldes, Matheus Pereira ou mesmo Podence, assalta-me à mente, as saudades de Marco Silva...

Quanto mais vejo o que está a fazer no Hull, equipa muito fraca, que o esperava sem esperança e que agora joga, sem medo, de olhos levantados contra qualquer um, mais saudades sinto.

Quando vejo as subidas daquele menino, Tymon, lateral esquerdo de 17 anos que Marco lançou sem receio, pois o talento lá estava, imagino o que poderia ele fazer, com a infindável qualidade que estes novos meninos de Alvalade, demonstram a todos, ou quase todos, pois o seu treinador parece duvidar.

O que poderia o antigo treinador do Sporting fazer, com Matheus, com o Chico, com João Palhinha, com o pequeno Podence, com a esperança presa no olhar destes produtos da formação...

Ver o que Marco fez com João Mário, pois foi ele que o lançou, o que retirou de Carillo, naquela que até agora foi a melhor época da sua carreira, o que poderia ter feito com Dier, se não tivesse saído.

O que poderia ser este Sporting, se tivesse um treinador que pensasse mais nestes meninos, no sistema de jogo, na qualidade dos jogadores e da sua evolução em campo, ao invés de pensar nele próprio e naquilo que entende ser o seu insubstituível papel...

Jesus demonstra muitas vezes, que é um homem tacanho, pequenino, de vistas limitadas, centradas naquele umbigo que é o seu.

Como tenho saudades do Marco e como certamente estes meninos poderiam ser diferentes, caso diferente fosse o seu treinador.

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

13.03.17

 

Este fim de semana, assistimos todos, a uma das melhores exibições do Sporting esta época, com maior frescura física, maior compromisso entre os seus jogadores e acima de tudo, com uma maior capacidade de surpreender na sua zona de finalização.

Este Sporting, de sábado, correu mais, desestabilizou mais, pressionou mais, acreditou muito mais...

Para isto, muito contribuiu a entrada na equipa de Podence e Matheus, dois meninos, craques, que trazem consigo, além da qualidade, uma constante procura de espaços, de soluções, de criatividade, desconstruindo a expectativa que o adversário teria, daquilo que naquele campo, poderia acontecer.

É sempre possível esperar destes dois meninos, desequilibro, soluções inesperadas, imaginativas, aliando isso a uma inquietude própria da sua tenra idade, mas também da vontade maior do sonho prestes a cumprir...

O sonho de jogarem pela equipa do seu coração.

Jesus acorreu logo a dizer, que os jovens precisam de tempo, necessitam de compreender o jogo e a sua vertente tática, que não se ganha apenas com a formação, ou seja as mesmas imbecilidades de sempre, e que não sendo todas elas, mentira, certamente desmotivam aqueles que ali dentro do relvado, em alguns casos com mais de uma década de clube, cumprem enfim o seu sonho de jogar pelo seu Sporting.

Independentemente de tudo o que Jesus possa achar, quem viu este jogo entende, o que podem trazer à equipa este meninos, cheios de talento e vontade.

E mais...

O que dizer de Xico Geraldes?

Cinco minutos em campo, nessa suposta oportunidade, dada pelo seu treinador...

E em cinco minutos sem nunca se esconder da bola, sem nunca temer mexer com o jogo, tira um penálti, numa movimentação impossível para alguns pagos a peso de ouro, mas que na ausente vontade com que jogam, jamais poderiam chegar àquela jogada, com a mesma vontade, crença, leitura de jogo...

Cinco minutos chegaram para rodopiar sobre a bola, para levantar a cabeça e enfim dizer que estava ali, um pequeno, grande jogador.

Terá o cérebro percebido o alcance do talento destes jovens?

Tenho dúvidas, infelizmente...

E Iuri, será que o viram jogar, neste fim de semana?

Será que jesus acha que tem qualidade?

Espero que estes leõezinhos continuem a acreditar que é possível, mesmo que lhes digam que não, que não irão superar estas dificuldades, impostas por aqueles que os deveriam motivar, fazendo-lhes crer que serão eles o futuro...

Porque com tamanho talento, serão mesmo o futuro.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

21.02.17

 

Este jogo do Sporting VS Rio Ave, foi para mim a última parte de uma peça miserável, interpretada por Bruno de Carvalho e Jorge Jesus.

Ao longo do tempo, tenho poupado Jorge Jesus, no entanto, não consigo mais...

Jesus falhou nesta época, só que não é apenas esse facto que transparece aos olhos de quem possa querer observar, o sismo que se abateu em Alvalade.

A equipa de futebol do Sporting Clube de Portugal, joga muito mal, pessimamente, demonstrando uma clara inferioridade física diante dos seus adversários, um fio de jogo perdido, quase inexistente...

É inacreditável como uma equipa que tem um ponta de lança como o holandês Bas Dost, quase não consegue fazer cruzamentos e que não faça deste movimento atacante, uma das suas armas de eleição.

Mas tudo isto, perde importância quando analisamos o discurso de JJ, a sua constante desvalorização da nossa formação, daqueles meninos nascidos em Alvalade e que guardam no seu coração o ADN do clube.

Os adeptos do Sporting, anestesiados por um conjunto de Talibãs que acompanham as listas de Bruno de Carvalho, assistem impávidos aos desmandos verbais de Jesus, impondo humilhação após humilhação, àqueles que deveríamos defender.

O que este treinador disse depois da exibição de Rui Patrício, é uma afronta ao clube, pois aquele que é um dos três melhores guarda redes do mundo, na actualidade, não pode ser desconsiderado, muito menos, após uma exibição estrondosa.

No mínimo deveria ter dito, o mesmo que disse de Casillas.

O que Jesus fez a Palhinha, no pós Jogo do Dragão, deveria servir de alerta para todos nós, pois está em causa o futuro destes jovens que são o caminho correto para que possamos chegar um dia, ao lugar que tanto ambicionamos.

Os exemplos são imensos, Matheus, Palhinha, Podence, em detrimento de outros que claramente não servem ou não se enquadram, independentemente de dois ou três fortuitos golos, que possam esporadicamente marcar...

Mas o que ainda me choca mais, é a constante ausência das convocatórias de Francisco Geraldes, acompanhadas das palavras desse treinador que começo a pensar, ser desprovido de conhecimento.

Uma pessoa que diz que Kiko Geraldes apenas pode jogar como segundo avançado, é um ignorante, que muito provavelmente, nunca o viu em campo...

Kiko é o que um bom treinador quiser, do meio para a frente, um oito, box to box, um ala equilibrando o meio campo, um dez nas costas de um avançado ou no limite um extremo solto como o pequeno Hazard.

E mais...

Pode fazer tudo isto, com uma qualidade que nenhum outro terá no plantel leonino.

Jesus não o percebe, logo eu percebo...

Jesus não é mais do que um embuste fabricado do outro lado da segunda circular, com uma estrutura, temos de reconhecer, que na realidade, fazia dele melhor treinador do que é.

Aqui reentram as responsabilidades de Bruno de Carvalho e o papel que terá de assumir, neste falhanço indiscutível, que é a época do Sporting.

Apregoando um mundo novo, ganhou as eleições no Sporting e mais de quatro épocas depois, uma taça de Portugal, com um treinador que despediu e uma supertaça como troféus...

E dezenas de jogadores contratados, na sua maioria medíocres, o que aliás justifica o estado da equipa B quase a descer de divisão, e principalmente esta época, com dezenas de Milhões de euros desbaratados em presentes para o seu idílico treinador.

Para terminar um pormenor, para mim por-maior, que retrata a forma como o clube que tanto amo, está a ser gerido:

Vou a todos os jogos em Alvalade e as recentes assistências verificadas acima dos 40 mil lugares, são para quem lá está sentado, como eu, uma fraude...

Uma mentira!

Se é assim nas assistências, imaginemos o resto.

Assim neste desabafo de adepto apaixonado e desesperado, grito através das palavras aqui escritas:

Rua!

 

 

 

Filipe Vaz Correia 

 

 

 

05.02.17

 

O Sporting perdeu ontem o clássico com o Porto, no estádio do Dragão, a contar para a Liga Nos...

Foi o fim dos objectivos que tinhamos para esta época, pois nem a entrada direta para a Champions League, me parece atingível.

No entanto, que ideias poderemos nós guardar da noite de ontem?

A formação é algo que se paga caro e a culpa é do Palhinha...

Mas que estupidez!

Estas duas ideias ditas e repetidas por Jorge Jesus no final da noite de ontem, revelam um desconhecimento completo do fenómeno em que está envolvido e no segundo caso uma gigantesca incapacidade para gerir um jovem que não pode ser atacado no espaço público, pelo ignorante do seu treinador.

Vejamos a formação:

Alguém dúvida da imensa qualidade dos meninos que completam este plantel e foram formados em Alvalade?

Não!

Os laterais do Sporting foram formados em Alvalade?

Não, foi o senhor treinador que os contratou...

E Bryan foi formado em Alvalade?

Também não me parece...

O problema não está no facto de se apostar na formação, mas sim nos complementos que se inserem nas equipas para ajudar essa formação a crescer e é por essa razão que nunca poderiamos ter adquirido dez jogadores...

Talvez três ou quatro mas de imensa qualidade, decisivos, para ajudar estes meninos a crescer.

Depois custa-me entender um treinador que durante sete meses vai falando maravilhas e dando tempo para crescer, a um jogador que custou 8 milhões de euros, se atire agora, consecutivamente a um menino que faz o seu terceiro jogo como sénior, segundo a titular, tentando dar a entender que havia sido ele o problema deste resultado...

Ora bem, se Palhinha tem culpas no primeiro golo?

Tem!

Tem Palhinha culpas no segundo golo?

Não, pois além de sofrer falta, é a deficiente recepção de R. Semedo que provoca e desiquilibra todo o meio campo leonino.

Além disto, importa referir que independentemente de quem Jesus escolha para aquela função, de seis no Sporting actual, esse jogador estará sempre em déficit, pois JJ jogando sistematicamente com dois extremos, na prática 4x2x4, não permite que o meio campo se consolide, desiquilibrando defensiva e ofensivamente a equipa.

Não é por acaso que a equipa sofre tantos golos em contra ataque, é mesmo por culpa da táctica elaborada pelo seu Mister.

Não gosto de cobardes, nunca na vida gostei de gente cínica, calculista, capaz de abandonar aqueles que temporariamente lhes parecem ser o elo mais fraco, para se pouparem a si mesmos...

Jesus ontem não me pareceu um líder, mas sim, um desses cobardes.

Quer falar de Palhinha nestes termos, fale com o miúdo, intra-muros, dentro de casa.

Assim parece apenas uma desculpa, um fraco disfarçar de culpas...

Mas para mim...

Para mim foi Jesus que perdeu, aprisionado aos seus pecados originais.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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