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Caneca de Letras

23.11.18

 

Estava eu no Saldanha, quando me deparei com um cartaz do PNR...

Em grande destaque, enquanto as gentes, no seu quotidiano rebuliço, passavam sem parar.

As palavras de ordem dirigiam-se ao eleito Presidente Brasileiro, Bolsonaro, com a frase...

Parabéns Brasil!

No mesmo cartaz, palavras de ordem clamavam a chegada de uma nova ordem, explicitada como Renovação Nacional e que este Partido se arroga como o seu legítimo representante.

Até aqui muito bem...

No entanto, o que mais me impressionou foram as expressões nos rostos dos quatro imaculados lideres.

O Sr. Ramalho, Sr. Pinto Coelho, Sr. Pais do Amaral e outro que lamentavelmente me esqueci...

Mil vezes perdão!

Os rostos carregados, seríssimos, demonstrando a gravidade do momento, seja ela qual for, ressaltam daquela mensagem,  dando espaço para alimentar uma fértil imaginação.

Naquele preciso momento, era capaz de me arrepiar com o som das putativas marchas, guiadas por artoches, por entre, bigodes minúsculos carregados de testosterona primária.

Assim, deixo aqui o meu conselho:

Sorriam...

Por favor!

Nem que seja, para não me arrepiar a imaginação.

Só mais uma sugestão:

Um cartaz na Almirante Reis, perto do antigo cinema Império, para estarem mais perto daqueles que juraram apoio ao "vosso" tão querido líder...

Jair Bolsonaro.

Adoro as contradições populistas de quem a tudo se amarra, para simplesmente continuar a odiar.

Até mais...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

31.10.18

 

Sérgio Moro poderá ser o novo Ministro da Justiça do Brasil, no futuro Governo de Jair Bolsonaro...

Este é o problema dos Juízes Providenciais, a sua incapacidade para resistirem aos holofotes da fama, a mesma que os transforma em Super-Heróis, cidadãos acima de qualquer outro.

Verificou-se isso mesmo na Itália dos anos 90, nesse folhetim pós Giulio Andreotti e que levou à implosão de todo o sistema político Italiano, incapaz de se regenerar, amarrado a populistas sem fim...

De Berlusconi a Salvini.

Este tipo de Juízes, acima da própria Justiça, não resistem à sedução de uma entrevista, às capas de uma revista, a uma promiscua relação com a imprensa, com o intuito de salvaguardar a sua verdade, como escritura incontestável...

Ou seja, o dogma justicialista que tanto embevece as Sociedades feridas, de um conceito de igualdade Judicial.

Em Portugal, também podemos encontrar casos similares, com consequências menores, graças a Deus, mas que em tudo se assemelham.

Atentemos às fugas ao segredo de Justiça, às entrevistas morais de alguns Juízes, ao longo do tempo, recordando-me en passant de dois...

Um mais antigo, outro mais recente.

O que este tipo de Justiça, sem venda nem balança, perfumada, com rímel e pinceladas de vaidade, aporta à Democracia, é um perigo desmedido de julgamentos em praça publica, incapazes de equilibrar a noção de acusação vs defesa.

Com o passar do tempo descredibiliza-se a Democracia, a Justiça e dinamitam-se os alicerces que permitem a sã convivência em Sociedade.

Moro deveria, na minha opinião, manter-se no seu papel de Juiz, continuando o seu trabalho na Lava-Jato, afastando assim a ideia de promiscuidade, justificada, entre esses processos e o sistema político.

A bem do regime.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

07.10.18

 

A primeira volta Brasileira confirmou dois cenários...

O primeiro: 

A vantagem cada vez mais crescente de Jair Bolsonaro, o que devo expressar espanta os neurónios que dentro de mim habitam.

Em segundo:

A continuidade no processo eleitoral do PT com Fernando Haddad.

Este é verdadeiramente o cenário mais arrepiante para o futuro do Brasil, entre um PT repleto de corrupção, submerso nesse passado de "ladrões"  profissionais que usaram a política para criar uma estrutura de "cunhas" e "compadrios" que levou o País a esta espécie de beco sem saída onde se encontra e um populista xenófobo, misógino, violento, homofóbico.

Bolsonaro é um pouco o reflexo de tudo isso, o desabafo "democrático", perdoem-me a ironia, de um povo cansado de tamanha violência e  pouca vergonha.

Não é caso virgem...

Se atentarmos à História, nada mais do que o desespero, aquilo que levou Alemães a apoiarem Adolf Hitler ou Russos a suportarem essa desesperante esperança que foi a Revolução Russa.

As Gentes diante desse momento, o desespero, voltam-se para onde lhes aponta a revolta, para onde lhes surge a vontade maior de dizer não.

Bolsonaro aporta na sua candidatura, não só os populistas radicais mas sobretudo os anti-PTistas, gente imensamente determinada em rejeitar o PT de Lula, de Dilma, enfim desse passado carregado de Mensalão, de Petrobrás e de muito mais...

Não sei em que acreditar, temendo que o futuro desse Brasil sem a "Ideologia" de que tanto Cazuza poetizava, possa ser o abismo.

E recordando novamente Cazuza...

"O tempo não pára"...

Não pára não.

E esse será o preço a pagar, quer ganhe um corrupto ou um populista.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

16.09.18

 

Imaginemos o Mundo de Bolsonaro...

Com as armas disseminadas por todo o Brasil, claro está que é só para gente de "bem", no entanto, não deixaria de se tornar mais acessivel a posse de um qualquer pequeno revólver.

Imaginemos que aquele atacante, em vez de uma faca, tivesse em sua posse uma pistola?

Lá se ia vida desse homem de "bem", o enigmático Bolsonaro.

Felizmente para ele, as suas ideias ainda não entraram em vigor, ficando assim "apenas" entregue a uma qualquer faca de cozinha.

As melhoras, Jair Bolsonaro.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

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