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Caneca de Letras

Caneca de Letras

Newcastle United: E Se Falássemos De Jamal Khashoggi?

Filipe Vaz Correia, 11.10.21

 

 

 

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O mundo do futebol despertou com uma notícia absolutamente extraordinária:

O Newcastle foi comprado por Mohammed Bin Salman, Príncipe Herdeiro da Arábia Saudita, tornando-se assim o clube com melhor condição financeira do mundo.

Os adeptos saíram à rua, a FA autorizou o negócio com o contentamento de ver chegar tanto dinheiro à Premier League e o resto...

Bem o resto pouco interessa.

Só para que se conste o resto é que a Arábia Saudita é uma das ditaduras mais violentas e intransigentes do mundo...

O resto é que Mohammed Bin Salman é o homem acusado de ter mandado matar na Turquia um jornalista dissidente e opositor há muitos anos radicado nos Estados Unidos.

Jamal Khashoggi foi morto e desmembrado por um esquadrão saudita a mando do Principie Herdeiro desse reino segundo demonstram documentos da Inteligência Americana e que não foram desmentidos.

Mas isso é só o resto...

O resto da nossa vergonha!

Para alguns o que importa é que a bola continue a rolar, a cerveja a jorrar e o povo a cantar...

Triste mundo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

A Lição De Boris!

Filipe Vaz Correia, 13.04.20

 

Boris Jonhson saiu do Hospital, depois de dias difíceis, por entre, cuidados intensivos e inquietação Governamental.

Mas aprendemos alguma coisa?

Julgo que sim...

Na sua mensagem ao País, após estes inquietantes dias, Boris Johnson deixou uma mensagem de esperança e de recolhimento, agradecimentos e palavras soltas, amarradas a esse sentir que esta experiência lhe trouxe.

Nesse agradecimento geral, dois em particular:

A uma enfermeira da Nova Zelândia, Jenny, e a um enfermeiro Português, Luís.

Dois nomes, duas pessoas, dois Seres Humanos.

Naquele tempo, ao lado da cama do Primeiro-Ministro Inglês, não existiram nacionalidades nem polémicas, não se questionaram barreiras nem fronteiras, somente o bater do coração, esse querer maior que faz de nós Humanos.

Seria igual se ali estivesse naquela cama Farage, Le Pen ou Orban?

Para a Jenny e para o Luís, estou certo que sim...

E é essa lição que deveremos todos retirar, desta brava luta global, neste caso em particular...

Pensar num todo, como se o Mundo, a Europa, fosse constituída por pessoas, em casas diferentes, leia-se Países, mas todos circunscritos à mesma aldeia que nos serve de berço.

As melhoras Boris...

Parabéns a todas e todos que como a Jenny e o Luís estão na linha da frente a salvar vidas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

Brexit: A Hora Do Adeus...

Filipe Vaz Correia, 31.01.20

 

Bye bye Reino Unido...

Hoje, noite adentro, o Reino Unido sairá da União Europeia rompendo assim com décadas de estreita e histórica ligação na construção de uma Europa Unida.

Dia triste, histórico, desafiador e determinante...

Nas asas de um destino comum partiremos à aventura, Britânicos e Europeus, nessa viagem chamada Brexit e que se apresenta como uma incógnita estrada repleta de enigmas.

Como se irá reformular o próprio Reino Unido, Escócia e Irlanda do norte, nesse puzzle em permanente discussão, por entre, os movimentos Nacionalistas e independentistas que se recusam a sair da U.E?

Como a Europa irá passar a dialogar com o UK e como será construída esta nova Era?

Questões que importarão, mais tarde, mas que neste momento de dolorosa separação terão de esperar esse primeiro pincelar de um triste final.

Seu you later...

My dear, Great Britain!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

Hello Brexit... Bye Bye Reino “Unido”!

Filipe Vaz Correia, 13.12.19

 

Parece que os Conservadores, Boris Jonhson, venceram as eleições no Reino Unido, com um resultado estrondoso que os levará à maioria absoluta.

Segundo todas as projecções o Partido Trabalhista terá uma das maiores derrotas da sua História, o que não deverá surpreender tendo em conta o “espantalho” que se apresentava como líder de tão importante Partido.

Corbyn sempre demonstrou ser inapto para o cargo, nem sequer falo do cargo de Primeiro-Ministro, demonstrando nestas eleições, à saciedade, todas as incapacidades que prometia revelar.

Num contexto como o que existe no Reino Unido, onde estas eleições eram vistas como um novo referendo do Brexit, a derrota Trabalhista é o apontamento final a qualquer esperança de um eventual recuo na questão da saída do Reino Unido da União Europeia.

Não só de Brexit se tratava nestas eleições, pois estou absolutamente convicto que com estes resultados se decretou também o fim do Reino Unido, pelo menos, tal qual como o conhecemos...

A Escócia não irá aceitar esta saída do Reino Unido da União Europeia, o que com o aumento do número de deputados no Parlamento deste Partido Nacionalista, trará novamente à colação a discussão de um novo referendo para a Escócia.

Neste caso, Escocês, com as actuais premissas, não me admiraria se assistíssemos, em breve, ao primeiro desmembramento na “velha” ilha Britânica.

E a Irlanda do Norte?

Esse será outro problema para Boris Johnson resolver...

Com a tremenda instabilidade que estes resultados trarão a esta região, há muito, fustigada por contraditórias batalhas políticas e de fé, iremos poder acompanhar os desenvolvimentos sobre a fronteira entre as duas Irlandas.

Enfim...

Com este cenário sobrará a uma certeza:

Hello Brexit...

Bye Bye Reino Unido!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

A "Nova" Vida de José Mourinho... O "Velho" Special One!

Filipe Vaz Correia, 21.11.19

 

A nova vida do “velho” José Mourinho...

Quando durante o dia de ontem foi anunciado aquilo que já todos começavam a suspeitar, ou seja, que José Mourinho era o novo treinador do Tottenham Hotspur, logo o planeta futebol se encheu de reacções e palavras, muitas delas elogiosas mas também imensas daqueles que ao longo do tempo criaram antipatia pelo Special One.

Mourinho viverá um novo “momentum”, uma oportunidade para diluir aquela impressão que ficou dos últimos tempos em Manchester, onde apesar de ter conquistado títulos, sobrou a sensação de insucesso.

O dilema que se colocará a Mourinho, será essa obrigatoriedade de vencer, de construir, de conquistar...

Num clube como o Tottenham, com muitos adeptos desconfiados pelo amor que tinham por Pochettino, Mourinho encontrará um dos maiores desafios de sua carreira, num projecto onde poderá definitivamente resgatar a imortalidade que tantas vezes tocou.

Há muito, talvez desde o Inter de Milão, que Mourinho não saboreia o triunfo total, aquele patamar de afirmação que torna em Deuses os personagens principais da História...

Isso não aconteceu em Madrid, apesar da Liga, nem no Chelsea, onde jamais deveria ter voltado, e muito menos em Manchester, encurralado entre a administração e esse poderoso fantasma denominado de Alex Fergunson.

Aqui em Londres, no norte de Londres, Mourinho recebe uma folha em branco, bem encadernada, trabalho de excelência feito por Maurício Pochettino, no entanto, desnudada de títulos, verdadeiros sucessos que se eternizam nesse futuro imaginado na mente dos seus adeptos...

Esse será o destino de José Mourinho, o único caminho que lhe restará para calar aqueles que ignorando o seu curriculum, antecipam o seu presente como uma miragem de um passado, embora recheado de títulos, absolutamente ultrapassado.

Espero que Mourinho tenha usado este tempo que esteve parado para inovar e refrescar a sua ideia de jogo, ousando e temperando a sua rigidez táctica com pinceladas de destempero, mesclando a certa cautela com a imprevisível loucura que tanto acrescenta espectáculo a este futebol moderno.

Klopp ou Guardiola são exemplos disso mesmo e não vejo razões, pelo contrário, para não esperar de Mourinho os mesmos predicados.

Uma nota retirei desta nova realidade de José Mourinho...

A mudança de grande parte de sua equipe técnica, muitos deles que o acompanharam em vitórias memoráveis, mas que por variadíssimas razões o deveriam prender a uma ideia de jogo com mais de 15 anos.

Mourinho ousou mudar nomes e mentalidades, restando agora observar se isso se irá reflectir na forma de jogar da sua equipe, do seu Tottenham.

Boa sorte José Mourinho, ou melhor...

Special One.

 

 

Filipe vaz Correia