Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Caneca de Letras

16.06.20




CB08CEFB-83C4-42C8-97E7-5DB2854BDB9B.jpeg


Nas entrelinhas das estrelas

voam soltas

pequenas partes da memória

vagabundeando sem cerca

aperto ou ferida

os laços de uma história

soterrada na vontade

de cada um...


na desapegada saudade

sobrevivem recordações

de tempos idos

palavras desaparecidas

amores perdidos

almas esquecidas...


e voltando atrás

escreveria novamente a mesma carta

partindo rumo ao destino

sabendo que ao chegar

vazio estaria o lugar

do prometido mar que jamais chegou...


mas o que fazer

se o coração não aprende

a soletrar cada letra dessa sorte

desespero ou morte

no ferido desapego

da infinita liberdade

de amar.


02.04.19

 

 

 

Se entrelaçam virtudes;

Por entre questionamentos,

Pequenas atitudes,

Imensos inquietamentos...

 

Se buscam respostas;

Na infinitude do imaginário,

Palavras opostas,

De destinos solitários...

 

Como na roda de um casino;

Entre vida e morte,

Num desamparado desatino,

Golpe de sorte...

 

E salpicando o caminho;

Com pedaços de açúcar e sal,

Vai voando bem baixinho,

A doce contradição de uma esperança...

 

De uma inquietante;

Esperança Humana.

 

 

 

 

 

17.05.17

 

 

 

O tempo passa por nós;

Esvoaçante sensação,

Segredando sem voz,

Lembranças ao coração...

 

O tempo vai devagarinho;

Levando as noites e os dias,

Vai roubando de mansinho,

As agruras, as alegrias...

 

O tempo sorrateiro;

Eternizando o presente,

Até ao momento derradeiro,

Em que se torna ausente...

 

E vai o tempo fugindo;

Vai escapando sem dizer;

Vai chorando e sorrindo,

Silenciando o querer...

 

Vai o tempo,

Caminhando pelo infinito,

Infinitamente.

 

 

03.12.16

 

Saltei de uma ponte;

A mais alta que encontrei,

E nesse tempo em que caía,

Nesse tempo pensei...

 

Em tudo o que ficou para trás;

Que deixei nessa história,

Que vivi, que jaz,

Perdido na minha memória...

 

Fugi de tanto e de tão pouco;

Não consegui mais resistir,

Às agruras de um louco,

Que resolveu de si, fugir...

 

Fuga para lá do entendimento;

De um tempo que não compreendo,

De um desmesurado sofrimento,

Que não pedi a ninguém...

 

Quem julgará o meu destino?

Esse que me deram ao nascer,

O mesmo que rejeitei,

No dia em que decidi morrer...

 

Tão gigante esta decisão;

Tão enorme o meu salto,

Neste grito sem perdão,

Que findou este acto...

 

Fui-me embora, simplesmente;

Disse que não, cobarde,

Mas no fundo do meu coração,

Ficou para sempre uma saudade...

 

Saudade, de mim mesmo.

 

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Arquivo

  1. 2023
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2022
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2021
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2020
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2019
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2018
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2017
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
  1. 2016
  2. J
  3. F
  4. M
  5. A
  6. M
  7. J
  8. J
  9. A
  10. S
  11. O
  12. N
  13. D
Em destaque no SAPO Blogs
pub