16.06.20
Nas entrelinhas das estrelas
voam soltas
pequenas partes da memória
vagabundeando sem cerca
aperto ou ferida
os laços de uma história
soterrada na vontade
de cada um...
na desapegada saudade
sobrevivem recordações
de tempos idos
palavras desaparecidas
amores perdidos
almas esquecidas...
e voltando atrás
escreveria novamente a mesma carta
partindo rumo ao destino
sabendo que ao chegar
vazio estaria o lugar
do prometido mar que jamais chegou...
mas o que fazer
se o coração não aprende
a soletrar cada letra dessa sorte
desespero ou morte
no ferido desapego
da infinita liberdade
de amar.