01.05.17
Um quarto escuro;
Tão escuro como o breu,
Num silêncio, sussurro,
Tão só, tão meu...
Uma casa abandonada;
De afetos, atenção,
Nessa infância desamparada,
Despertando essa sensação,
De abandono...
Despertando as lágrimas;
Amargurada insensatez,
As insensatas agruras,
Amarrada pequenez...
Tormento, desfavor;
Em cada imagem não esquecida,
Apunhalada dor,
Infância perdida...
Um quarto escuro;
Tão escuro como a minha alma;
Como os fantasmas que perseguem,
O destino que me sobra.