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Caneca de Letras

06.01.20

Os fogos na Austrália ameaçam todos e qualquer um que habite naquele território...

Como é triste a dimensão destes incêndios, a destruição indescritível que se traduzem nas imagens que nos chegam, nas lágrimas das gentes, no sofrimento daqueles que se recusam a aceitar esta amargurada realidade.

Ainda se negam a aceitar as alterações climáticas?

As temperaturas, a seca, os ventos, as tempestades que se somam neste "inferno" traduzido em tragédia...

Um continente a ser devastado, sob os nossos os olhos, diante da nossa indiferença.

Quanto tempo faltará para chegar a nossa vez?

Talvez aí...

Possamos todos remar na mesma direcção.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

27.07.19

 

Parece que a Protecção Civil andou a distribuir Kits de Incêndio às populações...

Um Kit com golas de poliéster.

Uma substância altamente inflamável e que ao invés de proteger, irá pôr em maior risco aqueles que usarem o dito Kit.

Ora bem, logo se levantaram alguns para criticar o Governo e o respectivo Ministro Cabrita.

Que injustiça!

Então é o Ministro Cabrita que confeccionou as ditas golas ou as andou a distribuir?

O senhor Ministro, muito provavelmente, sujeito a um stress indescritível nesta altura do ano, está assim envolvido numa polémica sem qualquer tipo de razoabilidade, enfrentando as críticas de quem nada percebe sobre o tema.

O Governo, que se aproxima de uma maioria absoluta, combate estas injustiças com a nobreza que se lhe reconhece, assacando culpas a outros, sejam Presidentes de Câmara ou empresas privadas, jornalistas ou afins...

E muito bem!

Era o que faltava se estas pessoas que nos representam, com tamanho sacrifício e incompetência, perdão competência, tivessem que assumir culpas ou responsabilidades.

Mais...

Sabemos lá se estas golas não terão sido fabricadas na China?

Se sim...

Já só faltava quererem criar uma polémica internacional.

Enfim...

Tenham pudor e respeito pelo Governo e pelo doto Ministro Cabrita, fazendo, se faz favor, silêncio sempre que estes fizerem asneira, por maior que seja, por mais imbecil que pareça.

Irresponsabilidades é que não!

Parafraseando o Excelentíssimo senhor Cabrita.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

21.07.19

 

Os incêndios...

Sempre eles.

Neste dia de sol, onde parece finalmente o Verão querer reinar, chegam as notícias de um Incêndio na zona de Mação, um fogo descontrolado, um "Inferno" para todos aqueles que assistem, impotentes, àquele arder de uma vida, de sonhos e posses.

Um terrível e triste acontecimento que todos os anos parece se repetir.

Muitas serão as causas, as avaliações que podemos e devemos fazer, nesse buscar incessante por conclusões e soluções que tardam em se impor.

No entanto, algo maior me intriga, me inquieta...

A Polícia Judiciária divulgou que deteve um suspeito de ter ateado um dos focos de incêndio perto daquela localidade.

Até aqui muito bem...

O que indigna é imaginar as penas a que estas pessoas estão sujeitas, muitas vezes postos na rua com apresentações periódicas nas esquadras.

Não pode ser!

O código penal Português tem de prever penas exemplares para estes crimes, até outros mas centremos aqui a nossa discussão, pois só assim se erradicará, em parte, este problema.

O legislador tem de ter em atenção as vidas, propriedades e sonhos, arrancados por este tipo de crime, as desesperantes labaredas de um "inferno".

Mas ano após ano se repete a tragédia, os "tresloucados" incendiários no guião de mais um Verão.

Por favor...

Criminalizem o Fogo Posto, como se as vidas que estão sujeitas a tal crime, realmente, importassem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

26.12.17

 

O Natal de Marcelo Rebelo de Sousa, demonstrou uma vez mais, a imensa vontade de ser um pedaço de nós, deste Presidente da República...

Tantas e tantas vezes acusado de excessos, no que toca aos afectos, às palavras, por muitos que hipocritamente passam pela política, sem deixar uma recordação maior.

Marcelo voltou a abraçar, a beijar, a tocar tantos corações que por estes dias, sentem mais do que em qualquer outro, o vazio.

Marcelo sentou-se em muitas cadeiras esvaziadas pela dor, destruídas pelos incêndios deste verão, deste outono, transformado em verão...

Marcelo tentou sem parar, preencher com amor, a dor que certamente teimava em persistir nos olhares magoados, de tantos habitantes de Pedrógão Grande, de Castanheira de Pêra, ou de Figueiró dos Vinhos.

O centro do País, recebeu de maneira grata, esta presença carregada de esperança do "nosso" Presidente da República, uma presença que não suprimindo as malfadadas ausências de Amigos, Filhos, Maridos, Mulheres, Pais e Avós, vitimas das tragédias que esventraram este Portugal, deixou aos olhos de todos uma querença num futuro que se anseia de reconstrução.

Para aqueles que ainda não compreenderam esta forma de fazer política, amarrados aos antigos tiques politiqueiros, talvez esteja na hora, de se concentrarem mais no coração das pessoas e menos nos seus ouvidos, cansados de tanta demagogia, de tamanha hipocrisia.

A palavra que Marcelo mais ouviu, por estes dias, daqueles que verdadeiramente lhe importavam, foi obrigado...

E daqui, desta Caneca cheia de orgulho em si, aqui fica também, o meu obrigado.

Obrigado,  Prof. Marcelo!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

19.10.17

 

São dias de rescaldo, estes que agora passam sobre esta imensa tragédia, que se abateu sobre todo o povo Português, por entre as cinzas de tantos e tantos mortos que tombaram nestes incêndios de 2017, sobrando a certeza e a convicção, de estarmos perante um tempo de responsabilidades mas também de futuro.

E é esse futuro que urge ponderar, aproveitando o embalo das palavras de Emmanuel Macron e do Comissário Pierre Moscovici, utilizando essa flexibilidade prometida, numa tentativa de reconstrução, de uma parte deste nosso País, que infelizmente, desapareceu.

Não deveremos apenas ponderar o reordenamento do território, a reflorestação destas terras um dia verdes, pois não me parece menos importante, debater a desertificação de uma parte deste País, abandonado à sua sorte, isolado...

Não será possível criar um plano que possa ser seguro, que possa revigorar todo um terreno, agora devastado, sem gentes, sem o vigor de um futuro, de crianças, de vidas.

O Governo, a Sociedade Civil, todos teremos de ponderar sobre esta questão, que considero uma das mais importantes, e que poderá ser a chave para um novo despertar, de um interior esquecido...

Como fazer regressar as gentes, ao interior deste nosso País?

Esta resposta, passará sempre pelas condições de vida que os jovens sintam poder alcançar, por uma certa esperança de oportunidade, que deixou de existir...

A não ser que se viva, numa grande metrópole.

Só assim, criando razões para existir futuro, voltaremos a ter gente, onde há muito, apenas existe um nada.

.

 

 Filipe Vaz Correia

 

 

16.10.17

 

O País está de luto, carbonizadamente de luto, enlutado pelos mortos que tombaram em mais uma tragédia incendiária ou pelos vivos que sobrevivendo, estão submersos em mais um pesadelo impregnado de dor.

Um retrato a preto e branco deste nosso Portugal, carregado de cinzas, enublado por entre as poeiras da incompetência de políticos, governantes, destino menor desta nossa triste alma Lusitana.

Gentes com memórias queimadas, esperanças incineradas, casas destruídas, vidas suspensas...

Já não existem palavras suficientes para descrever o olhar das pessoas, o desespero na expressão do rosto, a ausência de esperança, no meio de tamanha desesperança.

O que fica de Portugal, deste nosso querido País, é uma devastadora sensação de dor, de amargura, de abandono que as populações sentem, sentiram, e segundo o Primeiro-Ministro poderão voltar a sentir.

Abandono sentido no meio de florestas, em aldeias, cidades, estradas, em todo o lado por onde deflagrou este miserável pesadelo.

Através das imagens passadas pelas televisões, fica um retrato de devastação, de terrorismo, como diria o meu caro, O Último Fecha a Porta, de equívocos e erros acumulados durante décadas.

Não existe mais tempo para reflexões, não temos mais tempo para discussões, apenas sobra tempo para agir, para de uma vez por todas resolver esta repetitiva maldição.

Chove lá fora, do lado de fora da minha janela...

Por um momento, um instante, parece ganhar cor, a dor imensa deste meu querido País.

Que chova, que continue a chover, e que essa chuva se misture com as lágrimas da nossa dor, do nosso dolorido fado.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

16.10.17

 

Durante os incêndios de Pedrógão Grande, aqueles momentos arrepiantemente tristes, muitos quiseram ou pediram a cabeça da Ministra da Administração Interna, muitos chegaram a exigir tal consequência...

Não fui dos que se opôs a isso, no entanto, não estava certo se era esse o caminho a seguir, se na verdade, a MAI tinha esgotado ali o seu trabalho no cargo.

4 meses passados, não tenho dúvidas em afirmar, que chegou o seu fim político.

Não é possível que não tenhamos aprendido nada com a tragédia de Pedrógão, que não se tenha retirado nenhuma conclusão, neste espaço de tempo que mediou aquela desgraça e esta que agora Portugal torna a viver.

As declarações da Ministra, assim como as de António Costa, são inexplicáveis, estranhas, parecendo saídas de uma desconexa peça teatral, pejada de drama, mas em que os personagens em questão, se alhearam da realidade.

A Ministra Constança Urbano de Sousa disse aos jornalistas:

" Este não é um tempo de demissão, mas um tempo de acção!"

Se recuarmos estes meses, encontramos as mesmas palavras, da mesma pessoa, numa circunstância similar...

E o que mudou?

Fui eu que mandei desmobilizar os meios de combate, no inicio de Outubro, apesar dos avisos de várias instituições, por se considerar que tinha acabado a época de incêndios?

Foram os cidadãos que tomaram essa estúpida decisão?

Não, Senhora Ministra.

Sei da extrema seca que o País atravessa, sei que não se muda tantas falhas em tão pouco tempo, sei ainda que este será um trabalho de anos...

Sabemos todos.

Mas o que não se pode é dizer à população, que este horror será uma inevitabilidade, que voltará a acontecer, que não teremos meios para o combater...

Isso é que não.

E mais...

Se é indiscutivelmente tempo de acção, é igualmente tempo de demissão, e acima de tudo, é chegado o tempo de ter vergonha.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

18.07.17

 

Poderemos continuar a assistir à destruição de aldeias, vidas, sonhos?

Ano após ano continuamos a ver, in loco, nas televisões deste nosso país, dramas e agruras, mortos e vivos, alguns que escapando das chamas desses infernos de verão, morrem também, juntamente com aqueles que seus deixam de ali estar presentes.

Noticias e parangonas, comentários e discussões, primeiras páginas e aberturas de telejornais, tudo se repete de ano para ano, de década para década, continuando a não fazer sentido, se é que alguma desgraça desta dimensão, pudesse fazer...

E o que muda?

O que se faz para que não se repita?

Quem assume as culpas?

Nada!

Nada!

Ninguém!

Esta dor explanada em cada imagem, em cada lágrima vertida no meio de tamanho ardor, por cada palavra soltada de revolta desses infelizes escolhidos pelo destino para viverem tal amargura, se corroí a alma deste País, se queima a crença num futuro melhor.

Como explicar a alguém que perdeu um filho, as falhas do Siresp?

Ou explicar a alguém que viu o trabalho de uma vida ruir, que o Estado não conseguiu chegar a tempo para proteger os seus bens, os mesmos que são pagos através de impostos chorudos...

Como explicar?

E os políticos repetem-se, insistem no mediatismo medíocre da demissão, mudando os Ministros, rodando os Partidos, mantendo-se apenas a demagogia de uns e a hipocrisia de outros.

E o que esperam as gentes?

Coisas simples...

Que não morram os seus filhos numa qualquer estrada, que não lhes ardam as casas, que não lhes fustiguem os animais, que não lhes cortem os sonhos, por entre esse intrínseco direito de se sentir seguro.

Fogos sempre existirão, tragédias sempre acompanharão a existência humana, nessa condição de mortalidade que sempre estará marcada em nós...

No entanto, talvez seja a hora, de fazer diferente e de o fazer sem negociatas pelo meio.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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