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Caneca de Letras

22.05.20

 

 

 

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Estive a ver o Herman José na Grande Entrevista.

A minha relação com o maior Humorista de todos os tempos, na minha modesta opinião, é umbilical, tão intensa como o respirar da alma.

Aprendi a rir, nessa consciência pueril, com ele, com o Esteves, o Serafim Saudade ou o Tony Silva...

Assim, desnudadamente concreto, simplesmente verdadeiro.

Nestes 40 anos de viagem, muitos foram os momentos desse Artista que me marcaram, que até moldaram a forma de encarar a graça ou a desventura.

Cresci com o Herman, faço parte da geração Herman, com todas as suas características, virtudes e defeitos.

Este Herman, quase nos 70 anos, que se apresentou para esta entrevista revela todo o trajecto que lhe serviu de rumo, que aprendemos a observar ao longo do tempo.

Estive com o Herman duas vezes na vida, uma delas na adolescência e outra já na fase adulta e das duas vezes apenas posso testemunhar o seu profissionalismo, a sua educação, a sua afabilidade e numa dessas vezes a sua paciência para buscar uma comunicação com aquele jovem carregado de timidez.

Temos mais em comum:

Somos peixes e fazemos anos no mesmo dia.

Há muito aprendi que as pessoas são feitas de um entrelaçado conjunto de coisas, uma espécie de prédio com várias camadas, vários apartamentos onde se guardam momentos bons e outros maus...

Ninguém é só uma coisa.

Recordo-me do génio, daquele que criou o Tal Canal, o Hermanias, o Casino Royal ou o Herman Enciclopédia, daquele que aparece no seu Instagram com sua Mãe dando largas a uma relação que embevece o mais empedernido dos críticos...

Mas também o "possidónio" que ostentava gratuitamente, num exercício que, estou certo, motivou parte dos problemas que lhe surgiram durante a sua magnifica carreira.

Adoro o Herman!

Este adorar, sem esquecer a Humanidade presente nos seus defeitos, permite que o olhe com a incerta certeza da sua falibilidade, essa fragilidade que não lhe permitiu dar, nesta entrevista, a Bruno Nogueira o protagonismo merecido...

Pelo menos foi o que me pareceu.

De uma coisa estou certo, por mais anos que viva, guardarei sempre de Herman José uma memória de genialidade amarrada à minha vida, a esse primeiro esboçar de espanto que senti ao vê-lo.

Senti isso com Maradona no futebol, com Erol Flynn no cinema, com Ivan Lendl no ténis, Nelson Piquet na fórmula 1, com Elvis Presley na música e Ronald Reagan na política...

Ou com o meu Pai em tudo o que fazia ou dizia.

Com a minha querida Mãe nada tinha a ver com genialidade, apesar da reacção ser a mesma, era somente amor...

Um deslumbrante e incondicional amor.

Talvez, também, isso nos una.

Obrigado Herman José...

O Maior dos Maiores.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

16.02.19

 

 

Ainda bem que o Nani saiu.

Então não é que este jogador, "velhíssimo", ganhava uma fortuna, principalmente se tivermos em conta, que o "velho" Nani joga com os dois pés...

Ora isto constitui um desperdício, num plantel onde a maior parte dos jogadores que ficaram, não jogam com pé nenhum.

Ainda por cima, Nani foi contratado por Sousa Cintra, homem que não cheira o balneário, nem cumpriu Serviço Militar.

Como sabemos, o "nosso" Presidente domina todos os aspectos do mundo futebolístico, contratando para o acompanhar um Staff do melhor que existe, por entre, adjuntos de Jesus, observadores de jogos de computadores e até médicos emigrados nas Arábias...

E como se deve compreender, as notas de Nani no Football Manager, já não devem ser as de um jovem jogador.

Mas será que viram as notas dos outros?

Como serão as notas do Doumbia, do Borja ou do Luiz Phellype?

E as do Keiser?

Essas devem ser mesmo boas.

Mas enfim...

Resta-nos chorar ao recordar cada passe de Nani, cada finta, cada regresso de um amor, expresso em cada entrevista, a cada gesto, a cada palavra.

Nani é um Leão, vivendo num tempo, onde de pouco vale ter o ADN de Alcochete.

Se um jogador experiente como Nani preferiu partir, o que devem pensar estes meninos da Academia?

Que tristeza.

Viva o Sporting.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

15.02.19


Sexta-Feira é dia de...

Greve da Função Pública!

Poderia ser Quarta ou Quinta, talvez Terça, definitivamente Segunda, a alternativa mais conveniente, mas Sexta...

Sexta é que é.

E ali coladinho ao Sábado e depois ao Domingo...

Como é bom.

E se fosse, Sexta e Segunda?

Como é que ninguém pensou nisso?

Têm de falar com o Arménio ou com o Silva, com o Nogueira ou com a Avóila...

Sei lá!

Peço, antes demais, desculpa se por alguma razão a minha ironia ofender alguns dos mui nobres Sindicatos, envolvidos em tamanhas batalhas...
CGTP, UGT, FESAP, CESAP, NENAT, RESET, CAREC, SITEC, FRENTE COMUM, FRENTE INVULGAR, FRENTE BATALHADORA, POVO UNIDO, POVO DORIDO...

UFA! (Apenas uma expressão de cansaço, não é uma sigla Sindical)

Tenho a certeza, convictamente certa, que os Funcionários Públicos, os que aderirem, enfrentarão esta greve com grande esforço, nesta gritante vontade de demonstrar à sociedade, como é revoltante ser trabalhador do Estado.

Desse Estado que discrimina horários e ordenados mínimos, entre cidadãos de primeira e de segunda.

Deve ser por isso que os trabalhadores do privado não fazem greves...

Ou se calhar, porque seriam despedidos?

Mas enfim...

Sexta é dia de greve.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

28.01.19

 

A Operação Marquês...

A instrução deste Processo arranca esta segunda-feira, regressando um frenético tempo que irá amarrar a opinião publica, ao fracturante debate que tanto apaixona a nossa "Sociedade"...

José Sócrates.

Este processo traz consigo interrogações e perplexidades, sendo a maior delas, esse seu lado caseiro ou familiar que parece atravessar toda a "trama".

Se tivermos atenção a todo este enredo, verificamos que ele se entrelaça, por entre, a afortunada Mãe e o seu terno Filho, o Primo abastado e o Amigo generoso, que é mais do que um Irmão, a ex-Mulher e seus tiranos Filhos, que ameaçam o Paizinho perante o atraso da obra, naquele recôndito "appartement" que parece não lhe pertencer.

E quando pensávamos que apesar de familiar, se limitava à família Pinto de Sousa, eis que não...

A "pequena" Bárbara, a Filha, envolvida por seu Papá, o Vara, arrastada para a barra de um tribunal, apenas por um ou outro milhão.

E o pior é que até acredito na versão da "menina"...

Juro!

Por entre, ligações e confusas transacções, questiono-me...

Se por um acaso, não estará equivocada a Justiça?

Não será este um caso para o tribunal de família?

Fica a questão...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

04.11.17

 

Tenham lá Santa Paciência...

É o que me apraz dizer, depois de ler esta polémica levantada pelas palavras do Líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos.

As palavras que este jovem escreveu, nas suas redes sociais, foram:

" O karma vingou-se. Urban foi barrado de Lisboa, por um tipo moreno e de ascendência Indiana"

Convenhamos que não ferem ninguém, que a piada tem sentido, e que em momento algum, se pode daqui retirar algum tipo de racismo...

Antes pelo contrário, daqui aferimos alguma ironia para com o destino daqueles que durante anos tiveram fama de barrar a entrada de pessoas, das mais variadas etnias naquele espaço.

Gostei.

O que se passa a seguir, é que me deixa estupefacto. 

Parece que algumas pessoas invadiram a página do Facebook do Francisco Rodrigues dos Santos, para o acusar de racismo, entre elas a sempre irrequieta Isabel Moreira...

Aí que falta de sentido de humor, minha querida Isabel.

O Líder da Juventude Popular, viu-se obrigado a publicar um esclarecimento ou uma adenda ao seu anterior comentário, para explicar aos mais distraídos de que se tratava de uma graça, uma forma de humor para satirizar o encerramento daquele espaço, que há anos acumulava queixas de racismo e violência.

Por vezes o politicamente correcto, tolda a visão de algumas pessoas, não conseguindo destrinçar uma graça, com graça, de um comentário racista.

Uma coisa é racismo, outra é complexo de inferioridade...

Não é impossível brincar com a cor das pessoas, com a região onde nascem, com o clube a que pertencem ou com a religião que professam...

Desde que seja com inteligência e graça, não vejo mal algum.

O que o Francisco fez, foi algo deste género, sem maldade e num momento pertinente.

Por isso tenham Santa Paciência e deixem-se de moralismos bacocos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

20.09.17

 

No dia em que Donald Trump foi discursar às Nações Unidas, pensei em lhe reservar um pedaço desta Caneca, para esse tão esperado discurso...

Não defraudou.

No entanto, durante a tarde, sentado à mesa da pastelaria Londres, deparei-me com algo que a minha singela ignorância, ainda não me havia permitido descobrir...

O velho Herman José, no seu actual Instagram, embrenhado por essas novas tecnologias, reinventando o humor, desbravando caminho por entre as novas gerações, deslumbrando o comum internauta, com pequenos trechos de genialidade.

Dois minutos em vídeo, das mais variadas personagens, interpretações perfeitas, satirizando como só ele sabe, ridicularizando sem ofender, a própria essência de cada uma daquelas personagens.

Que saudades do meu Herman, do nosso Herman...

Durante quase uma hora, deliciei-me vídeo após vídeo, de Lili Caneças a Maria Bethânia, de Miguel Sousa Tavares a João Villaret, de Maria Vieira a Donald Trump.

Como explanar por palavras a extraordinária imaginação de um humorista que surpreende, que nos resgata uma gargalhada, como se de um simples traço de um intemporal artista.

Herman agarra os mais jovens, uma vez mais, como já havia feito com os seus Pais há décadas atrás, voltando a ressuscitar, sem filtros, sem rede, como só ele poderia fazer.

Parece o mesmo Herman da Roda da Sorte ou do Tal Canal, do Casino Royal ou do Herman Enciclopédia, escapando ao desgaste temporal que muitas vezes aprisiona o talento daqueles que por instantes brilharam...

Com o Herman é diferente, pois o tempo verga-se diante da reinvenção de tamanha genialidade.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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