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Caneca de Letras

12.06.19

 

 

 

Existem notícias que sinceramente são surpreendentes...

Ou talvez não!

Segundo vários jornais, o turismo tem aumentado exponencialmente em Chernobyl, zona Ucraniana que há cerca de 30 anos assistiu ao maior desastre nuclear da História da Humanidade.

Turismo?

Sim... Turismo!

Segundo as mesmas fontes essa procura tem crescido devido ao sucesso da série da HBO com o mesmo nome, Chernobyl, potenciando assim a curiosidade de vários turistas.

Permitam-me discordar...

Estas pessoas viajam para uma zona, ainda hoje, com altas taxas de radiação, ignorando em vários casos avisos de proibição, na desesperada busca por uma selfie iluminada que lhes poderá valer uns likes no Instagram.

Este tipo de atitude não tem a ver com interesse Histórico, é apenas a constatação da estupidificação humana, esse lado imbecil de uma afirmação através de uma fotografia, de uma partilha da sua própria estupidez.

Sinais dos tempos?

Sinceramente, julgo que aqueles turistas que regressem de Chernobyl imaculados, com a saúde intacta, deveriam logo comprar mais um pacote de viagem...

Não perder tempo e partir rumo a Fukoshima, onde as radiações estão mais "fresquinhas", capazes de excitar os acéfalos de plantão.

Não percam tempo...

O Instagram vos aguarda.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

19.05.19

 

Chegámos ao último episódio de Game Of Thrones...

Uma espécie de tristeza e ansiedade, num fim que se aguarda sem receio.

Durante esta oitava temporada vários foram os momentos onde me surpreendi e desiludi mas sempre com a perfeita certeza de estarmos  perante o que jamais foi realizado.

O que Game Of Thrones nos deu enquanto série, foi na verdade a sensação de experienciar coisas nunca antes experimentadas, imaginar cenas, palavras, particularidades muito para além do que já havia sido feito.

Pegar neste genial livro de George R.R. Martin não deve ter sido fácil e principalmente seguir em frente quando a rede da genialidade do autor não mais existia, deixando aos dois autores da série a responsabilidade de manterem a tamanha qualidade da mesma.

Assim será fácil para muitos dizerem que teria sido melhor desta forma ou de outra, certamente escolhendo um caminho diverso a ser trilhado, no entanto, mesmo diante aqueles momentos que desejava terem sido melhores, só uma palavra em minha mente sobrevivia...

Brilhante.

Como escrevo antes de ver o último episódio, numa sincera despedida, aproveito para gritar aos ventos do norte e do sul, para cá e para lá das muralhas, neste e noutros domínios, com a determinação de um Dragão....

Adeus Game Of Thrones e muito obrigado a todos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

11.03.19

 

A HBO lançou um documentário sobre Michael Jackson e os seus alegados crimes de pedofilia...

Admito que ainda não vi o dito documentário, no entanto, não posso ignorar toda a agitação que o mesmo gerou, com reacções imediatas e estrondosas.

Rádios, personalidades, imprensa escrita, opinião pública e até os Simpsons não escaparam às ondas de choque...

Michael Jackson, há muito, que se viu acusado deste tipo de crimes ou boatos que tantas vezes assombraram o génio, na sua personna publica, porém ao invés de outros momentos, este documentário tem a credibilidade da HBO e não a de um pasquim como o News Of The World ou de outro tablóide qualquer.

Sou um admirador confesso do Artista, da sua obra, pois faço parte da geração que cresceu com a genialidade de Billie Jean, Thriller, Bad, We Are The World, Black or White, entre tantos outros êxitos que se entrelaçaram, por entre, os destinos de todos nós.

Mesmo sendo o depoimento, dos mesmos jovens que o acusaram, anteriormente em tribunal, local onde foi absolvido, o que parece sobressair deste documentário é a força da acusação, a credibilidade e crueza dos crimes imputados.

E é aqui que se contorce o jovem que fui, e se indigna o homem que sou...

É aqui que me amarra a indignação, olhando para um "monstro", ao mesmo tempo, que se recusa a aceitar o menino que tantas vezes cantou as suas músicas, ouvindo o meu Walkman, imitando passos e gestos.

De uma coisa tenho a certeza, não se pode apagar a obra genial produzida por Michael Jackson, obra essa que marca e marcará gerações e artistas, no entanto, caso sejam verdade as acusações sustentadas neste documentário, será difícil imunizar a genial obra e separar a mesma dos monstruosos pecados do seu autor.

A questão permanece...

Génio ou Monstro?

Se calhar, infelizmente, um pouco dos dois.

 

 

Filipe  Vaz Correia

 

 

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