04.01.20
Um "idiota" na Casa Branca...
A morte de Qasem Soleimani, comandante da Guarda Revolucionária do Irão, assim como da Elite Pretoriana dessa mesma Guarda, reveste este momento de especial complexidade.
Donald Trump estará feliz, entretido com o Twitter, com o feito pueril que culminou com este assassinato, pincelando o mundo com a perplexidade e o medo resultantes deste acto.
Esta medida, carregada de estupidez, traduz o populismo bacoco que tanto se desenha em cada atitude deste Presidente, um sujeito impreparado, ignorante e perigoso.
Como é possível que os Estados Unidos tenham embarcado nesta desventurada aventura que culmina num acto infame e irresponsável capaz de entregar o mundo, essencialmente o Médio Oriente, numa batalha sem tréguas...
Basta olhar para o preço do crude, antes deste atentado e após o mesmo, para percebermos até onde nos poderão levar as repercussões de um gesto irreflectido.
Trump abriu uma caixa de pandora...
Donald Trump poderá buscar uma desesperada salvação após os seus índices de impopularidade, após o Impeachement, após as desmedidas trapalhadas que levaram a um chorrilho de demissões junto daqueles que outrora o acompanhavam...
No entanto, o que resultará deste acto serão as premissas para uma tempestade perfeita.
O Irão não se compartimenta nas fronteiras terrestres Iranianas, somam-se ao império Iraniano o Hezbollah no Líbano, o Hamas ou a Jihad Islâmica na Palestina, os Xiitas no Iémen ou no Iraque, sem esquecer o apoio incondicional da Rússia.
Será justificado questionar o que falaram em Lisboa Pompeu e Netanyahu?
Será que aqui foi urdido e combinado parte deste plano?
Trump atirou o mundo, para um "suspense" indescritível, para um rebuliço inimaginável com esta sua decisão...
Mas o que esperar quando se elege um troglodita para governar os nossos destinos?
Enfim...
Será que nada aprendemos com a História?
Se calhar não...
Filipe Vaz Correia