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Caneca de Letras

15.08.19

 

Se existir greve...

Aparece o Pardal!

Se não existe greve...

Aparece o Pardal!

Se não se cumpre os requisitos mínimos...

Aparece o Pardal!

Se existe uma câmara de televisão...

Aparece o Pardal!

Valha-nos Deus que o raio do Pardal está em todo lado, cansativamente em todo lado, como forma extenuante de levar ao desespero todos aqueles que não querem a “apardalada” agitação.

O senhor fala, exaspera, pragueja e atemoriza, vocifera ou acusa, numa promessa carregada de contradições.

O Governo e a Antram tentam desmontar as gritarias, as mesmas reivindicações que desnudam a razão, esses gritos surdos que se escondem, por entre, ruas e avenidas.

Detesto greves, esta não foge à regra...

Mas se tiver que lidar com ela, a greve, então que seja um “pombo” o interlocutor, um “canário” ou uma “avestruz”, no entanto, todos menos o Pardal.

Pois o que importa é o céu estrelado, as vozes hesitantes, os piquetes de greve intimidando quem se presta a trabalhar.

Tudo valeu a pena, naquele instante, naquela televisão, onde nada mais importava do que um Pardal à solta.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

06.08.19

 

Está na ordem do dia esta discussão em torno da Greve dos motoristas de matérias perigosas e as suas reivindicações.

Ameaças de paralisação do País e das suas estruturas produtivas, fazem parte do rol com que somos brindados pelo advogado do sindicato, o Dr. Pardal.

Há dias, ouvi o Ministro da Economia, Siza Vieira, expressar a sua vontade de mexer na lei da Greve, tentando ajustar essa lei aos tempos actuais, dando a certa medida de defesa ao Estado para lidar com chantagens e medidas desproporcionadas que acontecem em muitos casos.

Logo um coro de criticas se levantou, da esquerda até a alguns sectores do centro direita, numa expressão pequena do bem comum.

Aqui, nesta Caneca, já expressei que sou contra a existência de Greves, sou por principio contra, sem desmerecer a opinião de muitos amigos “Canequianos” que me demonstraram, através das suas opiniões, o mérito de um pensamento contrário, para defesa daqueles que necessitam de reivindicar os seus direitos.

Respeito esse ponto de vista mas continuo sem ver, nessa forma de manifestação, a bondade que muitos amigos relatam.

Antes pelo contrário, vejo nas Greves de transportes uma forma de chantagear o Governo, através do desespero daqueles que necessitam desses mesmos transportes para se movimentar, para ganhar os seus salários.

Greves pontuais em hora de ponta, naqueles horários que sabem criar mais mossa na vida do cidadão comum...

Médicos e Enfermeiros usando a vida de cidadãos como moeda de troca para regalias, certamente merecidas, ou mesmo Professores guardiões dessas mentes do futuro e que as usam como escudo para se fazerem ouvir.

Dir-me-ão que é a única forma de fazerem ouvir as suas vozes...

Então não gritem, escrevam.

Nos dias de folga encham o País de alto a baixo, telefonem para as televisões, boicotem congressos partidários, paralisem a Assembleia da República, isso se calhar não é necessário pois os Deputados são especialistas nesse requisito, façam o que quiserem...

No fim de semana, nos dias de folga, nos dias de férias mas não usurpem o dia a dia do cidadão comum, nem adensem as “nossas” quotidianas preocupações.

Assim, sou favorável a que se altere a lei da Greve, não a exterminando do mapa, como aconselharia a minha opinião, mais radical neste tema, mas para um novo reestruturamento dessa balança que impossibilite chantagens ou arruaças, exageros ou cartelizações, demagogias ou as sempre “normais” pontes.

Por tudo isto...

Façam Greve às Greves!

O País agradece.

 

 

Filipe Vaz correia

 

 

 

17.04.19

 

Quem passa pelos postos de abastecimento de gasolina, em Lisboa, presumo que seja igual no resto do País, observa um cenário de corrida desenfreada às últimas gotas de gasolina.

Uma espécie de racionamento de combustível, num crescente receio invadindo os cidadãos.

Sinceramente não consigo compreender esta fragilidade evidente, que coloca à mercê de uns quantos, o "destino" de tantos.

Alertas do Governo, notícias alarmantes nos meios de comunicação social, pedidos de prioridade por parte dos meios de socorro.

Um cenário, ridiculamente, preocupante.

A Greve dos motoristas de substâncias perigosas, deixa desnudada, uma vez mais, a incapacidade das Sociedades actuais, para responderem num cenário de chantagem, como este exemplo torna claro.

Uma corporação ameaçando paralisar o País, em virtude das suas reivindicações...

Justas?

Talvez.

Mas absolutamente repugnantes, na forma como se fazem valer.

Sou, sempre o escrevi, contra Greves, desde a minha tenra existência, numa convicção sustentada nestes actos selvagens que acabam por capturar a vida de todos nós.

Enfermeiros que obrigam a anular cirurgias, professores que ameaçam impedir exames, transportes que bloqueiam o quotidiano, por si só sofrido, de passageiros obrigatoriamente reféns desse meio de locomoção para sobreviverem.

Este tipo de gestos, greves, chantagem, como melhor vos aprouver designar, faz crescer em mim, a certeza de que num próximo tempo, as populações se virarão contra aqueles que ameaçam cercear esse destino colectivo.

Por momentos, por entre notícias, num singelo segundo, julguei que tinha sido tele-transportado para a Venezuela, num dia de racionamento petrolífero...

Mas não, estava em Lisboa.

Enfim...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

15.02.19


Sexta-Feira é dia de...

Greve da Função Pública!

Poderia ser Quarta ou Quinta, talvez Terça, definitivamente Segunda, a alternativa mais conveniente, mas Sexta...

Sexta é que é.

E ali coladinho ao Sábado e depois ao Domingo...

Como é bom.

E se fosse, Sexta e Segunda?

Como é que ninguém pensou nisso?

Têm de falar com o Arménio ou com o Silva, com o Nogueira ou com a Avóila...

Sei lá!

Peço, antes demais, desculpa se por alguma razão a minha ironia ofender alguns dos mui nobres Sindicatos, envolvidos em tamanhas batalhas...
CGTP, UGT, FESAP, CESAP, NENAT, RESET, CAREC, SITEC, FRENTE COMUM, FRENTE INVULGAR, FRENTE BATALHADORA, POVO UNIDO, POVO DORIDO...

UFA! (Apenas uma expressão de cansaço, não é uma sigla Sindical)

Tenho a certeza, convictamente certa, que os Funcionários Públicos, os que aderirem, enfrentarão esta greve com grande esforço, nesta gritante vontade de demonstrar à sociedade, como é revoltante ser trabalhador do Estado.

Desse Estado que discrimina horários e ordenados mínimos, entre cidadãos de primeira e de segunda.

Deve ser por isso que os trabalhadores do privado não fazem greves...

Ou se calhar, porque seriam despedidos?

Mas enfim...

Sexta é dia de greve.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

06.12.18

 

Todos protestam...

Juízes, Bombeiros, Médicos, Enfermeiros, Professores, "Doutores "em geral, Taxistas, Lojistas, Maquinistas, Cobradores, Agricultores, Carteiros, Soldadores, Polícias e até...

"Ladrões".

Parece que as prisões Portuguesas estão a ferro e fogo, pois os reclusos não estarão a sentir os seus direitos respeitados...

No meio de tudo isto, temos Guardas Prisionais vendo sonegados, durante anos, efectivos e condições, entregues à sua sorte.

Observando a reportagem televisiva de ontem que desnuda a realidade de alguns presídios Portugueses, percebemos que os reclusos têm acesso, em muitos casos, a internet, telemóveis, droga...

Usando esses "direitos" para contactar, "livremente", com o exterior, em alguns casos, continuando assim a actividade criminosa...

Enfim, faltará receberem delivery da Uber Eats ou entregas mais festivas para animar as paródias de fim de noite.

Na SIC compareceu uma representante de uma Associação de Presos, uma espécie de Arménio Carlos, ao estilo Humanista...

E no meio de tudo isto, continua a novela nos canais de televisão, a polémica acessa entre políticos e comentadores.

A Sorte da Geringonça, é Bruno de Carvalho e José Sócrates estarem em "Liberdade", pois se estes estivessem na prisão, liderando a tamanha revolta prisional...

Meu Deus!

Já teríamos um novo partido...

Ou uma explosiva claque de coletes amarelos à Portuguesa.

Para terminar, não posso deixar de reparar...

Mais uma greve à Sexta Feira.

Viva a contestação.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

25.10.18

 

Mais uma manifestação de Policias na escadaria da Assembleia da Republica, um retrato de vergonha que repete o cenário de 2013.

Observar Polícias em protesto, sem farda, derrubando barreiras, empurrando colegas de serviço, provocando desacatos e desordem publica, deixa uma imagem confusa no cidadão comum...

Será que haveria a mesma tolerância se a Manifestação fosse outra?

Deixo bem claro que não sou adepto deste tipo de intervenção, assim como, do uso das greves como arma de arremesso às Políticas de um qualquer Governo...

Reconhecendo, porém, que este é um instrumento legal, permitido a qualquer ordem profissional, desde que cumprido dentro da ordem e do maior civismo.

Este tipo de atitudes, como a de esta noite, descredibiliza o protesto, centrando as atenções na parte cénica da coisa, mais do que nas razões que lhes assistem.

Um País que vê o seu Exército envolvido em roubos e encobrimentos, a sua Marinha perdendo munições enquanto se passeiam por uma qualquer estrada...

Faltava a Polícia para acrescentar um pedaço de ridículo, a esta espécie de teatro, repleto de uma triste comédia.

Mas o que fazer?

Dir-me-ão que estas pessoas têm o direito a protestar, de chamar as atenções para os problemas das suas profissões...

Claro que sim

Mas desta maneira?

As Forças Policias a comportarem-se como aqueles que muitas vezes devem prender?

A usarem o seu direito a comportarem-se como claques de futebol?

Se somarmos a isto, a greve dos Serviços Prisionais, não podemos deixar de nos inquietar com o estado em que se encontram as Forças de Segurança deste nosso Portugal.

Umas em Greve, outras em Manifestação e outras entretidas no seu cordel de incompetência.

Enfim, talvez seja melhor ligar para a Prosegur...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

  

23.09.18

 

Quanto mais tempo passa nesta greve dos Táxis, mais gosto da Uber...

Devo salientar que respeito a reivindicação deste grupo profissional, no entanto, esta espécie trauliteira de reivindicar deixa-me sempre irritado.

A forma importa, ou seja, a maneira como se engarrafa a cidade, como se agride motoristas da Uber, como se ameaça o poder político, não sendo caso virgem nessa forma usada por vários sindicatos, contribui para irritar o lado mais conservador da minha alma.

O mundo mudou em vários parâmetros, varrido por novas tecnologias e plataformas que vieram para ficar, parecendo-me claro, ser esta uma luta inglória de quem ainda não compreendeu que tem de se modernizar.

Compreendo o dilema para quem detém licenças de um Táxi e vê nesta competição uma ameaça imensa ao seu património, assim como,  ao valor de cada "carro" que possui...

Trata-se de uma batalha contra um mundo que chegou, arrebatando não só um novo espírito empreendedor, como também de mentalidades que jamais retrocederão.

Os Táxis não podem deixar de retirar consequências desta mudança de paradigma e essa premissa não está interligada com Impostos...

Antes com a comodidade de chamar um Uber ou outra plataforma similar, de poder monitorizar o percurso, na sua apresentação e asseio, na amabilidade, no preço por antecedência.

Salvo raras excepções estas deveriam ser as principais preocupações daqueles que reivindicam.

E no que aos impostos diz respeito:

Porque razão pedir para que a Uber venha a ter as mesmas restrições e condições dos Táxis?

Porque razão não se pede precisamente o contrário?

Se as condições dadas à Uber são tão desequilibradamente favoráveis, então essa deveria ser a meta para os grevistas em questão.

Pedir que em vez de criar mais impostos e regulações para a Uber, diminuíssem aqueles que são impostas aos Táxis.

Mas isso seria pedir demais a Patronato e Sindicatos parados no tempo, num tempo onde este tipo de gestos, buzinas e gritarias condicionava o poder político.

Logo saberemos se, neste caso, ainda condicionará.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

26.05.17

 

Não queria aqui desenvolver a minha opinião sobre o direito à greve, sobre as implicações que acredito inerentes a esta forma de luta, no entanto, não pude deixar de reparar em mais um dia de greve geral da Função Pública afeta à CGTP, com essa imensa coincidência que se torna cada vez mais frequente, destas greves serem quase sempre marcadas para dias colados ao fim de semana.

Porque razão não são as greves da Função Pública marcadas para Terça, Quarta ou Quinta-Feiras?

Talvez se existir um feriado à Segunda ou à Sexta-Feira?

Pergunta que também ouvi ao longo do dia, de cidadãos a quem esta greve veio adulterar expetativas, defraudar necessidades ou mesmo alterar importantes rotinas familiares...

Ana Avóila e Mário Nogueira congratularam-se, inacreditavelmente, com a ausência de aulas ou a impossibilidade de se fazerem consultas em muitas Escolas e Hospitais deste País, devido ao facto de alegadamente a adesão a esta forma de protesto ter chegado aos 75%, segundo os Sindicatos...

O que estes Senhores, Sindicatos, não se apercebem, é que para o cidadão comum este tipo de manifestações tornam-se injustificáveis e não trazem simpatia para as suas reivindicações.

Como explicar a um idoso que aguarda a sua consulta há muitos meses, que não a irá ter e que esta será remarcada para uns meses mais tarde porque houve a necessidade de fazer uma ponte?

Perdão uma greve...

Porém numa sexta-feira e com o verão a chegar, ficará sempre a dúvida se estamos perante uma greve, justificada ou injustificada, ou se por outro lado, muitos dos que a ela aderiram o fizeram apenas para saborear mais uma ponte sindical?

Fica a dúvida e certamente a justificada incompreensão do cidadão comum...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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