29.03.18
Arnaud Beltrame...
Um simples nome que prometo não esquecer, assim como, esse legado de um instante, marcadamente destemido, se eternizará por entre a memória de um País.
O enterro do Gendarmerie Francês que ousou trocar a sua vida com a de um refém, durante o atentado a um supermercado em Trèbes, silenciou por momentos o rebuliço quotidiano de uma França dos tempos modernos.
Neste fim esmagador, arrebatadora forma de nos recordar o heroísmo que resiste na essência Humana, subsiste esta tristeza inerente à morte.
Beltrame tombou às mãos de Radouane Lakdim, terrorista Islâmico de 25 anos, negando a capitulação diante da cobardia imensa, dando a sua vida para que outra pudesse continuar a viver...
Essa sobrevivente é Mãe de uma criança de dois anos.
Ao compreender a história, ao ler a tragédia, mais me arrepia o acto, o desesperante momento em que este simples homem, se tornou herói.
Emmanuel Macron prestou a sua Homenagem a este Gendarmerie, no pátio do Hotel des Invalides, transportando com ele todo o sentimento do povo Francês.
Por vezes estas histórias parecem escritas numa qualquer tela de um cinema, retiradas da amargura Humana, ficcionada, sem a carga irreversível de um destino...
No entanto, não foi assim.
Arnaud Beltrame morreu...
E o seu legado serve de lição para um mundo cada vez mais embrenhado na individualidade mesquinha, de um singelo olhar.
Até sempre Monsieur Beltrame...
Merci Beaucoup.
Filipe Vaz Correia