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Caneca de Letras

30.09.21

 

 

 

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Isto não há direito...

Estão a perseguir as pessoas de bem deste nosso Portugal.

João Rendeiro ausentou-se para parte incerta, uns dizem que fugiu, outros que está a viajar, porém o que me parece é que também não queriam que o ex-banqueiro ficasse à espera que o prendessem.

Depois de três condenações, anos a fio de recursos e apelos, de injustiças e mais injustiças cometidas contra si, João Rendeiro zarpou carregado de tristeza para parte desconhecida, onde gozará de forma amargurada os restantes anos que certamente lhe sobrarão...

Agora gritam pela Europol e mandatos internacionais de Justiça tentando a todo o custo capturar o "Tio" João, não respeitando nem a sua idade e muito menos os pouco cabelos que lhe restam.

O Drº José Miguel Júdice, ex-Presidente da Assembleia Geral do BPP e antigo advogado do Drº João Rendeiro certamente explanará na próxima terça feira, na sua rubrica semanal na SIC Notícias, sobre corrupção, banqueiros e políticos, devendo na minha opinião acrescentar comentadores e advogados que estão envolvidos com grandes interesses...

As ironias do destino.

No entanto, tenho de ser sincero, estou em pulgas para saber onde se esconde o "Tio" Rendeiro?

Papua Nova Guiné?

Ilhas Caimão?

Emirados?

Ai que vida dura aquela que o espera...

É caso para dizer que este processo foi:

Entradas de "João", saídas de "Rendeiro".

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

31.10.17

 

Carles Puigdemont reapareceu....

Numa sala em Bruxelas, Clube de Imprensa, repleta de profissionais tentando encontrar respostas para as interrogações criadas, pela suposta fuga do anterior Presidente da Generalitat Catalã.

O que se poderia esperar?

Teria pedido asilo político?

As suas palavras são a constatação daquilo que ontem em surdina, muitos anteviam:

Cobardia!

Puigdemont vem a esta conferência de imprensa, dizer que não está ali para pedir asilo político, mas sim porque temeu pela sua segurança em Espanha, devido à actuação do Governo de Madrid...

A sério?

Diz ainda que terá em Bruxelas uma maior capacidade e liberdade, para poder intervir e que só regressaria a território Catalão, caso lhe dessem totais garantias de segurança.

Claro que sim, Senhor Puigdemont.

Na verdade, já não se fazem líderes nem revolucionários como antigamente, pois numa Era do mediatismo, conseguimos descobrir facilmente, os ratinhos que querem ser leões...

Sem nunca deixarem de ser ratinhos.

Puigdemont garantiu a sua fuga, no meio de um sem número de desculpas, esquecendo os milhões de apoiantes que acreditando na Causa que ele representava, ali ficaram presos, entre o sonho realizado e a inacabada vontade de o concretizar.

Serão muitos os jovens e velhos, cidadãos dessa Catalunha que ousaram gritar Independência, mas que agora  não terão a sorte de Carles Puigdemont, sendo assim obrigados a conviver com as consequências de tais actos.

Assim pouco importa saber se pediu asilo ou fugiu...

Foi simplesmente, um cobarde.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

02.09.17

 

 

 

Libertem-me das amarras;

Soltem-me destes gritos que me perseguem,

Arranquem os grilhões que me aprisionam,

Apaguem as imagens que me atormentam,

Tirem dentro de mim os olhares despedaçados,

Os pedaços de gente esventrados,

As almas desalmadas,

Que enfim se encontravam perdidas,

Naquelas estradas,

Reféns do seu destino...

 

Pedaços de gente;

Despedaçados...

 

Despedaçados;

Pedaços de gente...

 

Caminhei sem parar;

Olvidei sem olvidar,

Ousei continuar,

Deixando para trás,

O meu coração...

 

Viajando no meio da poeira;

Da cinzenta tristeza tão minha,

Vendo mortos na fogueira,

Num fogo interminável...

 

Fugi desse terror;

Mas aprisionado a cada um,

Daqueles que comigo se cruzaram,

Ali ficou também,

Um pedaço despedaçado,

De mim.

 

 

 

03.05.17

 

Tantos anos se passaram;

Tantas perguntas por responder,

O mesmo sofrimento a marcar,

Os rostos a sofrer,

Daqueles que ficaram a esperar,

O teu regresso, reaparecer...

 

Noites e dias;

Carregados de esperança,

Impregnados de querença,

Ignorando a desesperança,

Imensa descrença,

De não te encontrar...

 

Noites de chuva;

Inundando aquele dia de verão,

A culpa infernal,

Que despedaça esse coração,

De quem te ama...

 

Porque não existirá maior dor;

Do que perder sem encontrar,

Do que desencontrar esse amor,

Que se desejou eternamente amar...

 

Eternamente!

 

 

 

 

28.02.17

 

A Unicef, divulgou um relatório, onde revela que durante 2016 morreram no mediterrâneo, perto de 700 crianças, nessa fuga migrante de miséria e desgraça...

700 crianças.

Diante destes números é impossível não sentir, a vergonha imensa perante o desenlace encontrado, por estas pequenas vidas, cheias de esperança e de desespero, misturado nesse imperioso desejo, de encontrar um local seguro para sonhar.

Não existe revolta suficiente para descrever esta tragédia, não existe raiva suficiente para contar tal destino, não existem palavras suficientes para gritar ao vento, que naquele mar, cemitério, aqueles meninos se transformaram em despojos da humanidade...

Apenas sobeja a tristeza silenciosa, envergonhada, derrotada, naqueles que possuem coração e que sentem através dele, que nada, poderia ser tão cruel.

É aqui que cada um de nós, poderá fazer o pequeno exercício, de olhar à nossa volta, de fechar os olhos por um instante e pensar em algum menino ou menina, que nos seja querido, nos seja próximo...

Pegar nessa imagem e levá-la através das nuvens que atravessam os pesadelos, os receios e transportá-la até àquele mar, àquela praia, onde repousam tantas crianças sem vida...

Mudar o rosto desses desafortunados, despejados de esperança e imaginar que são os nossos, as nossas crianças.

Nesse momento talvez sintamos, o quão impossível será viver aprisionado por esse horror que provavelmente se repetirá enquanto leem este artigo...

E o mundo continua, continuará, relatório após relatório, a lamentar, a escrever, como aqui faço, mas verdadeiramente a esquecer estes pedaços de destino, abandonados à sua sorte.

Como é triste, tristemente imaginar, o rosto de Deus...

Esse Deus de todos nós, que talvez complete com as suas lágrimas, aquela imensidão de água que forma esse mar, com esse nome...

Mediterrâneo!

Que Deus vos proteja, meninos do mediterrâneo, porque a Humanidade não o fará.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

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