Até Que Enfim, Temos Justiça!
Até que enfim, a Justiça Portuguesa parece ter respeito por um cidadão e pela sua presunção de inocência...
Muito bem!
Luís Filipe Vieira foi constituído arguido no âmbito do processo BPN ou Sociedade Lusa de Negócios, assim como o seu sócio Almerindo Duarte e por consequência viu a PJ executar buscas a várias das suas casas, com a necessária discrição, a um caso como este...
Não posso deixar de me congratular com o sucesso do segredo de justiça neste caso, com a ausência de jornalistas do correio da manha e com o silêncio inerente a alguém que apesar de suspeito, goza da presunção de inocência.
Mais uma vez, muito bem!
É importante não esquecer que as pessoas apesar de incriminadas devem no direito penal, ter direito à sua defesa e até à possibilidade de provarem o contrário daquilo que lhes é imputado...
Logo, a defesa do seu bom nome até que exista uma condenação judicial, é na verdade, um principio inalienável dos seus direitos...
O que não posso deixar de estranhar, neste País à beira mar plantado, é o facto de esta ser a exceção à regra, ser o caso exemplo por entre milhares de casos infestados de conivências entre o poder judicial e a comunicação social ( Correio da Manha ).
José Sócrates, preso em direto, é apenas um exemplo, Ricardo Salgado ou até Vale Azevedo libertado e de novo preso numa fração de instantes, tudo sob as câmaras de um canal de televisão...
No entanto, deve ser um equivoco meu e este é certamente o tratamento habitual, dado às figuras públicas acusadas pela justiça.
Assim sobra dizer:
Até que enfim, temos Justiça!
Filipe Vaz Correia