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Caneca de Letras

25.12.19

 

A todos um Feliz Natal...

O tempo passa e as palavras vão chegando em ritmo acelerado, por entre o alvoroço de cada momento, o corrupio dos dias.

Meus queridos amigos Canequianos, todos sem excepção, desejo-vos um Feliz Natal junto daqueles que mais gostam.

A vida é feita de imagens e pinceladas, de palavras e poemas, de aguarelas e melodias, todas elas entrelaçadas a memórias e histórias, pedaços de nós e dos nossos...

Por isso e sem mais delongas, aqui fica este abraço sincero a todos aqueles que durante todo o ano por aqui passam num generoso acto de partilha nesta Caneca repleta de Letras.

Mais uma vez...

Um Feliz Natal.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

29.05.19

 

 

Doses pequenas de querer numa busca presente pelo encontro com a desmedida vontade de ser feliz.

Dias bons, dias maus, nesse caminhar que se cruza desatinadamente com esse destino que desconfiamos sem saber, queremos sem conhecer, acreditamos desconfiando.

Tantas interrogações que se apresentam numa entrelaçada questão...

Seremos nós felizes?

Sabemos o que é a felicidade?

Essa palavra que nos persegue desde o início de tudo, desde a alvorada dos tempos, continuando a consistir por si mesma como a meta a atingir por qualquer um de nós.

Mas o tempo passa e com ele vai trazendo ilusões e desilusões, gentes que partem e chegam, dias que se põem levando com eles momentos inesquecíveis ou trazendo outros momentos que nos esforçamos por esquecer.

Assim nesta caminhada que se impõe ao querer, desgastante passar do destino, se amarram palavras, outras vezes sons e silêncios, nessas infindáveis interrogações que não conseguimos silenciar...

Para onde vamos?

O que deixamos?

Como almejar essa felicidade ou sonho que parece inatingível?

E chegados lá, bastará por si só essa parcela de nós que se sente feliz?

Talvez sim...

Talvez não.

Fica a interrogação...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

13.10.17

 

 

 

Um vale encantado;

Cheio de luzes e cores,

Querer disfarçado,

Por entre as dores,

Num céu pincelado,

De desgostos e amores...

 

Oiço os sons do silencio;

Ruídos de ilusão,

Num distante lugar,

Onde mora a emoção,

O secreto olhar,

Deste triste coração...

 

E segredando ao vento;

A ausente companhia,

O presente tormento,

A entrelaçada nostalgia...

 

Num vale encantado;

Onde verdadeiramente,

Aquele menino,

Torna a ser feliz.

 

 

 

 

30.09.17

 

Acontece-me imensas vezes, estar sentado na esplanada de um café e observar as pessoas a passar, aquelas que chegam, as que sentadas estão perto de mim, a meu lado...

Imaginar o que se passará em cada uma das suas vidas, o que se esconderá para lá do intrigante olhar.

Poderá um sorriso significar felicidade ou uma lágrima simbolizar tristeza?

Um ar carrancudo significar amargura ou a leveza de uma gargalhada, a preenchida realização do Ser Humano?

Vezes sem conta, através da minha irrequieta imaginação, voo pelos trilhos desconhecidos de cada uma daquelas pessoas que comigo se cruzam e nelas reencontro momentos que parecem, também, um pouco meus.

Momentos que já vivi e que ali revivo, ao observar o simples caminhar de uma criança de mão dada com a sua Mãe, buscando em cada um dos seus passos, os meus, perdidos num tempo que não regressa, sobrando infinitamente as saudades dessa mão que um dia, também a mim, me agarrou...

Momentos singelos, despidos de solenidade, atravessando o tempo, permitindo que se descreva no pensamento, o desenho de tantas e tantas almas.

Almas que não me pertencem mas que silenciosamente me atrevo a desenhar, a adivinhar, a escrevinhar sobre elas, sendo que delas pouco conheça...

E ali permaneço sentado à mesa do café, olhando, sentindo, imaginando desencontradamente, o destino escondido por trás de cada rosto, de cada olhar que ali se encontra a meu lado.

Porque nada é mais sedutor do que dar asas à imaginação e voar através desses mundos pincelados pelo nosso olhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

08.12.16

 

O meu olhar está despido;

A minha alma desprotegida,

Num sofrimento indefinido,

Que me impede,fere,

No meio de tanto ruído...

 

Amarras minhas, que esvoaçam;

Por entre o céu que me completa,

Nesses horizontes que me atingem,

No peito, com setas...

 

Procuro fugir;

Desejo correr...

Libertar-me, voar,

Levantar os pés do chão,

Acreditando sem parar,

Que chegarei de foguetão,

Até à desejada felicidade...

 

E se um dia, lá chegar;

Cumprindo esse imaginado destino,

Nesse sonho que é vontade,

De uma perfeita liberdade...

 

Então, saberei que fui feliz.

 

 

 

 

 

 

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