22.10.19
Amor a Portugal!
Esta foi a canção escolhida na inauguração do Estádio de Alvalade, na voz de Dulce Pontes, num momento emocionante que tocou todos os presentes, de forma inexplicável.
Este “Amor a Portugal”, esta forma inexplicável de sentir que nos preenche, invade e resgata a expressão maior do Ser Português, é o que define a nossa essência, essa alma Lusitana que percorre a literatura, a pintura, a História...
Essa forma de ser que é nossa.
Nestes dias em que vulcões políticos e sociais parecem ter despertado, um pouco por todo o mundo, olho para este nosso País com a certa certeza desse esmagador amor.
Chile ou Síria, Turquia ou Curdistão, Ucrânia ou Barcelona, Iraque ou Caxemira, Cidades e Países, esventrados por violência e reivindicações que esmagam e cerceiam as liberdades, fazendo refém a incerta vontade dos seus cidadãos.
Em Santiago do Chile tenho um querido amigo e sua família, jovem família, amarrado a uma realidade distante daquela a que estava habituado, a que sempre esteve habituado.
Na sua voz a tranquila intranquilidade, de quem julga saber que tudo ficará bem, no entanto, o receio daqueles que estando por cá, amigos e família, temendo diante das imagens que invadem os noticiários.
Estranha sensação, desventurada realidade.
Nestes momentos, olhando para este “nosso” Portugal, sobra certeza de que aqui...
Nesta terra abençoada, vivemos a estranha “felicidade” em tempos altamente conturbados.
Uma felicidade que, por vezes, ousamos esquecer.
Quanto ao mais importante...
Cuidado, meu querido Ricky!
Filipe Vaz Correia