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Caneca de Letras

18.08.20

 

Querida Tia Ana:

Poderia começar escolhendo um milhão de palavras para descrever estes dias na Foz, na sua Foz, de umas décadas a esta parte, por culpa dos Tios e do Jaime, também a minha Foz, no entanto, de todas essas palavras irei escolher...

Obrigado.

Obrigado por tamanho carinho e amizade, pela acolhedora forma como sempre nos faz sentir em casa, nessa sua casa que sinto, sempre senti, como minha.

Durante anos, desde a imberbe juventude, fui recebido na Foz, em Barrantes, na Quinta do Lago ou em Lisboa com esse sentir maior, essa capacidade de amarrar nas longas conversas ao jantar, nos sorrisos das memórias, nas histórias que marcam a alma e moldam a saudade.

Saudades do Tio, de tempos que, enfim, revivemos sempre que estamos juntos...

Agora na companhia dos meus sobrinhos, seus netos, que enriquecem o olhar, enternecem a vida e salpicam de esperança o futuro.

Mais uma vez não tenho palavras para descrever esse pormaior que entrelaçou estas férias, os jantares, os filmes, os jogos, as conversas e o bom Zaqueu...

Espero que o meu amigo Zaqueu possa, de quando em vez, continuar nos seus escondidos petiscos à volta da mesa da cozinha.

Obrigadíssimo Tia...

Por tudo e como este tudo é demasiado pequeno para expressar o tanto que, ao longo do tempo, vivenciei com o Tio Jaime e a Tia Ana.

O Mar da Foz...

Sempre pincelado com o seu carinho e afecto.

Um beijinho do seu "sobrinho"...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

19.08.19

 

Férias, finalmente férias...

Sentado na esplanada do Hotel Casablanca, onde sempre venho para um tomar um “drink”, começo mais uns dias de férias em Montegordo, como quase todos os anos faço, numa praia que me liga a momentos soletradamente felizes.

O sol que parecia se esconder em Lisboa, por entre, este verão quase Outonal, parece reinar nesta terra Algarvia, poderoso, esplendoroso, magicamente imponente.

Como tinha saudades de sentir este cheiro de mar, este rebuliço silencioso que amarra a alma ao mar salgado, aos cheiros e sabores carregados de salmoura.

O tempo descansa, não cansa, parece parar por um pedaço, dando a verdadeira dimensão desse querer que importa...

Apreciar as boas sensações da vida, desse destino cruzado, por entre, vento e sol, areia e mar, brindando a esse Oceano que chega e molha os pés, num mergulho nos envolve e resgata da sensação de stress que no quotidiano nos cerca e condiciona.

Para quem está de férias...

Boas férias!

Para quem esteve...

Que tenham valido a pena.

Para quem ainda as irá ter...

Não desesperem.

Agora vou dar um mergulho, brindando este tempo que se torna eterno em cada memória que se guarda.

Boas férias a todos os Canequianos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

16.07.19

 

Alguém me pode avisar quando o tão esperado Verão chegar?

Estamos a meio de Julho e ainda não estou bronzeado, ainda não tive um verdadeiro dia de piscina ou de praia...

Daqueles que se recorda com gosto, seguido de uma bela jantarada, bem regada, entrelaçado numa bela converseta, num abraço desmedido.

O que se passa?

Muitos dirão que o calor incomoda, que esse Verão abrasador também não apetece mas não posso deixar de resmungar diante da ausência desse companheiro de destino que tantas vezes me fez sorrir.

Dias nublados, manhãs tristonhas, vento insistente, frio atípico...

O que aconteceu ao Verão, ao meu Verão lisboeta?

As férias chegarão em Agosto, dias na Foz e no Algarve, dias que se esperam quentinhos...

Mas até lá aguardarei por um pedaço de calor para me perder por entre um mergulho e outro.

Assim agradeço que me avisem quando o sol aparecer e o "meu" Verão chegar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

14.08.18

 

Desde que me conheço sempre tive uma embirração com São Martinho do Porto, fosse pelo tempo incerto, pelo mar parado ou até por qualquer outra razão...

Passaram os anos e poucas foram as vezes que fui até lá, quase sempre à noite para uma noitada na rua dos cafés, antes de ir para o Greenhill ou para o Sítio da Várzea.

De algum tempo a esta parte a queridíssima Tia Isabel, insistiu em me levar a conhecer aquele São Martinho que existia através do seu olhar, que saltava das suas memórias e parecia eternamente seduzir num quadro encantador.

Este ano a convite da Tia, passei alguns dias em São Martinho, muitíssimo bem acompanhado pela minha Mulher, os imensamente amigos/irmão Manel, Inês e as minhas Sobrinhas Matilde e Rosarinho...

Claro está, nunca esquecendo, a Tia Isabel.

Os dias no Hotel Palace do Capitão foram surpreendentes, deslumbrantemente arrebatadores...

A simpatia dos empregados entrelaçada com aquela sensação de ter a Baía aos nossos pés.

Não tenho palavras para classificar o quão apegado me senti por aquela espécie de rotina que parece existir naquela terra, naquelas gentes, naquele belíssimo local...

De manhã o tempo, de tarde aproveitar o sol por entre a calmaria das gélidas águas e à noite os belos jantares, amarrados às melhores conversas, num sorriso intemporal que se estende de uma ponta à outra daquela mágica baía.

Senti-me em casa e isso não poderá ser dissociado daqueles maravilhosos manjares que preencheram os meus dias, não podendo deixar de, mais uma vez, aqui referir a minha queridíssima Tia Isabel, pela maneira como nos acolheu, se preocupou e acima de tudo nos deu esse carinho próprio de quem sabe receber.

Assim estendo este meu texto a todos esses dias que ali tive o gosto de passar, não querendo terminar sem o escrever:

Tia...

Tornei-me um São Martinheiro.

Obrigadíssimo por tudo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

22.08.17

 

Regressar aos sítios onde crescemos, onde muito de nós está guardado, nas pedras, nas ruas, nas esquinas e ruelas envelhecidas com o passar do tempo...

Regressar aos mesmos sítios onde se recorda as primeiras saidas à noite, os primeiros amores, ardores intemporais de uma perdida adolescência, vendo outros no nosso lugar, desfrutando da beleza intemporal desse balsâmo denominado, Juventude.

Essa magia agridoce no percurso da vida, tentando em cada rosto amarrar o tempo, para na nossa memória resgatar cada instante de um tempo distante que apenas nessas recordações, espaçadamente, toma lugar.

A mesma praia deslumbrante, o mesmo areal convidativo, os toldos retemperadores e os mesmo restaurantes de sempre, com os mesmos empregados, o mesmo dono, a mesma calorosa recepção...

Volto a cruzar o País, descendo até Montegordo para uns retemperadores dias de banhos, estiralhado ao sol, que aqui despudoradamente se exibe majestoso.

Só a falta de Internet, nessa busca incessante por um lugar com Wifi, me transtorna por momentos estes esplendorosos dias, numa insaciável vontade de partilhar por palavras, sentimentos e imaginações, que como sempre, me povoam a alma.

Assim sentado no Hotel Casablanca, no fantástico Rick's Bar, homenagem a esse magnifico filme e a essa extraordinária personagem interpretada por Humphrey Bogard, encontro discretamente o espaço ideal que me liga ao meu Caneca e através dele ao mundo.

Assim, voando para mais um mergulho, aqui fica este texto num reconfortante regresso a esta escrita que faz parte de mim mesmo.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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