12.12.18
Minha querida esperança, como está difícil acreditar que este mundo poderá ser melhor... Pois se após cada tiroteio, se torna mais difícil a lágrima, se constrange a alma sofrida, numa ferida agigantada, por entre, o sofrimento maior da alma Humana. Caiem como tordos, os doces inocentes da hora errada, os que estando no local errado, pagam o horror plasmado nas, torpes, mentes de alguns. Em nome de Deus, de Alá, de Buda ou Maomé... Sei lá o que escrever, o que gritar a cada momento, se a razão se torna pequena no meio de tamanha incompreensão, do tamanho ódio vociferado nas ruas de Barcelona, Estrasburgo, Nova Iorque, Carachi, Paris ou Bruxelas... Atentados e mais atentados, a que assistimos sentados no sofá da sala, à mesa de um café, no rádio do carro. Mas o que importa? Será que importa? Já não basta gritar, expressar sem volta a indignação, pois indignada deve estar a alma de Deus, de todos os "Deuses" adorados nos quatro cantos do mundo. Estas criaturas feitas à sua semelhança, são provas vivas de uma fracassada esperança. Mas não quero parar de escrever, de libertar na folha em branco, o que singelamente me dita o desperançado querer.
Quero acreditar num mundo melhor...
Num mundo melhor.
Filipe Vaz Correia