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Caneca de Letras

15.10.21

 

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Estas cenas de um orçamento pseudo tremido resvalam para uma espécie de teatro chinfrim de tempos já ultrapassados.

Toda a gente sabe que se fossemos para eleições antecipadas o PS seria o grande beneficiário.

Os partidos de esquerda, BE e PCP, seriam reduzidos a um número muito menor de deputados, os Comunistas correndo o risco de bater recorde negativo, enquanto no espectro oposto, entretidos com guerrilhas internas, PSD e CDS teriam imensa dificuldade em resistir ao voto do centrão no Governo de Costa.

Mais...

Se derrubarem o PS neste momento, para além de ser o Governo que levou o barco na pandemia será também aquele que não cedeu aos desmandos e pedidos tresloucados da esquerda mais radical, o que certamente permitirá a dramatização de António Costa no apelo ao desejado centrão.

Mas enfim...

É apenas uma reflexão.

Prognóstico:

O Orçamento passará com abstenção da esquerda, voto favorável do PAN e deputados independentes e votos contra de toda a direita.

O Governo irá ceder em uma ou outra coisinha para alegrar PCP/BE e permitir que este espectáculo de pouquíssima qualidade possa continuar numa qualquer  sala de Teatro em São Bento.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

24.06.20

 

 

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De soslaio, no canto do olho, moram os radicais, aqueles que num pedaço de palavra encontram a desculpa perfeita para incendiar tudo à sua volta.

Aqueles que nas fracturas desenham o caos, encapotados pela carícia das suas prosas, disfarçadas nas entrelinhas do politicamente correcto.

Não vivemos tempos para disfarçes, muito menos para disfarçados discursos de conveniência, no entanto, importa medir o rumo, a melodia entrelaçada num mundo cada vez mais dividido.

Olho pela janela do meu quarto, para a rua despida de gente, no silêncio dos grilos e busco...

Vou buscando significado para a tamanha imbecilidade, para aqueles que copiam e se inspiram em Lenine, para os que recuperam Mussolini, para os que disfarçam o facto de terem se entusiasmado com Bolsonaro ou Trump.

Essa tralha de gente que insiste em caminhar pelas amargas entrelinhas da História, dela nada tendo retirado, a não ser a insistência nos seus erros...

Nem Deus ou o Diabo poderiam ter pincelado tamanha construção para o caos, tantos entrelaçamentos desenhados no desespero das gentes.

Boçais, possidónios, ressabiados, ingénuos ou simplesmente tontos, assim se constrói parte das massas que aglomeram estes que agora desfilam e que anteriormente seriam silenciados por um coro de sensatez.

Mas que nestes tempos reinam...

Por entre, Instagram. Twitter ou Facebook.

Da minha parte apenas obterão o desprezo, a gritante repugnância pelas suas ideias, pelo caminho...

Mas isso, solitariamente, chegará?

Temo que não...

Neste mundo carregado de idiotas, parece pulular a crença, daqueles que imbuídos no seu pensamento insistirão em redesenhar o comportamento Humano, por entre, os traços totalitaristas dos seus ideais.

Irá caber a todos nós, Sociedade, decidir o rumo de nossos destinos enquanto comunidade...

E como isso me deixa desconfortável?

É só revistar a, "nossa" , História...

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




06.08.19

 

Está na ordem do dia esta discussão em torno da Greve dos motoristas de matérias perigosas e as suas reivindicações.

Ameaças de paralisação do País e das suas estruturas produtivas, fazem parte do rol com que somos brindados pelo advogado do sindicato, o Dr. Pardal.

Há dias, ouvi o Ministro da Economia, Siza Vieira, expressar a sua vontade de mexer na lei da Greve, tentando ajustar essa lei aos tempos actuais, dando a certa medida de defesa ao Estado para lidar com chantagens e medidas desproporcionadas que acontecem em muitos casos.

Logo um coro de criticas se levantou, da esquerda até a alguns sectores do centro direita, numa expressão pequena do bem comum.

Aqui, nesta Caneca, já expressei que sou contra a existência de Greves, sou por principio contra, sem desmerecer a opinião de muitos amigos “Canequianos” que me demonstraram, através das suas opiniões, o mérito de um pensamento contrário, para defesa daqueles que necessitam de reivindicar os seus direitos.

Respeito esse ponto de vista mas continuo sem ver, nessa forma de manifestação, a bondade que muitos amigos relatam.

Antes pelo contrário, vejo nas Greves de transportes uma forma de chantagear o Governo, através do desespero daqueles que necessitam desses mesmos transportes para se movimentar, para ganhar os seus salários.

Greves pontuais em hora de ponta, naqueles horários que sabem criar mais mossa na vida do cidadão comum...

Médicos e Enfermeiros usando a vida de cidadãos como moeda de troca para regalias, certamente merecidas, ou mesmo Professores guardiões dessas mentes do futuro e que as usam como escudo para se fazerem ouvir.

Dir-me-ão que é a única forma de fazerem ouvir as suas vozes...

Então não gritem, escrevam.

Nos dias de folga encham o País de alto a baixo, telefonem para as televisões, boicotem congressos partidários, paralisem a Assembleia da República, isso se calhar não é necessário pois os Deputados são especialistas nesse requisito, façam o que quiserem...

No fim de semana, nos dias de folga, nos dias de férias mas não usurpem o dia a dia do cidadão comum, nem adensem as “nossas” quotidianas preocupações.

Assim, sou favorável a que se altere a lei da Greve, não a exterminando do mapa, como aconselharia a minha opinião, mais radical neste tema, mas para um novo reestruturamento dessa balança que impossibilite chantagens ou arruaças, exageros ou cartelizações, demagogias ou as sempre “normais” pontes.

Por tudo isto...

Façam Greve às Greves!

O País agradece.

 

 

Filipe Vaz correia

 

 

 

18.06.19

 

Existem momentos ou situações que não conseguem ser descritos na sua plenitude, muito menos pormenorizados, pelo significado que têm, pela beleza que assumem...

É assim na amizade, nesse amor fraterno chamado amizade.

O texto de Jaime Nogueira Pinto em homenagem a Rúben de Carvalho é apenas um pequeno pedaço desse momento, de uma bela amizade forjada na diferença, nessa gigantesca diferença capaz de encurtar divergências, de ligar pólos opostos.

Um Comunista e um Nacionalista, tão diferentes como inteligentes, tão afastados como coerentes.

Nessa genialidade livre, nessa radicalidade fraterna, se manifesta a capacidade de dois homens discutirem sem populismos bacocos, sem hipocrisias menores, sem as amarras tão habituais na política de corrimão.

E é assim que se dá o exemplo, que se honra a grandeza maior da nossa História, do legado dos que souberam construir o que somos, o que nos moldou como Nação.

Estaria sempre ao lado de Jaime Nogueira Pinto, por princípio, convicção ou valores, no entanto, isso jamais me impediria de admirar, respeitar o passado e a memória de alguém como o radical, absolutamente, livre que era Rúben de Carvalho.

E isso, nos tempos actuais, já é uma valiosíssima lição a recordar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

03.05.19

 

Os Deuses devem mesmo estar loucos...

Numa noite de Maio, talvez inebriados pelo Primeiro de Maio, os Partidos da Direita Parlamentar associaram-se à demagogia da Fenprof e contando com a conivência do BE e PCP, aprovaram a restituição integral do tempo de serviço pedido pelos Sindicatos.

800 Milhões de Euros anualmente, sem contar com todas as outras carreiras que, certamente, irão pedir também a mesma restituição.

Neste cenário de caça ao voto, encontramos a prostituição dos valores políticos, com a cedência populista daqueles que sempre nortearam a sua oratória pela boa gestão do erário público.

Aqui não se trata de gostar ou não da causa do sector do ensino, mas sim do bom-senso dos que olham para o futuro com a noção concreta de gestão Orçamental.

E agora?

Porque não corresponder na integralidade às reivindicações dos Enfermeiros?

E os Policias?

E os Motoristas de substâncias perigosas?

E os outros Funcionários Públicos?

E os Senhores do Lixo?

E os outros?

O Privado também merece recompensas?

Uma caixa de Pandora aberta por um momento irresponsável de "líderes" populistas, demagogos e irresponsáveis.

A António Costa resta um destino...

A demissão.

Quanto a mim...

Que sempre me considerei um conservador, entrelaçado na História de um PSD, há muito desaparecido, apenas me resta esconder a vergonha por mais um gesto incompreensível, deste Partido que já não reconheço.

Enfim...

Parabéns ao senhor Mário Nogueira.

A factura fica para todos nós.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.09.18

 

Não se extinguem as criticas a Rui Rio...

É porque calado se encontra ou porque fala, por estar mais à esquerda ou por ser autoritário dentro do PSD.

Meu Deus...

Ninguém vislumbra a estratégia do líder do PPD/PSD, no entanto, o Caneca de Letras com a sua aguçada percepção política desvendará o plano do estratega Rio:

Uma nova Geringonça.

Vendo a radicalização populista do PP, a entrada em cena de um partido liberal como o Aliança, de Pedro Santana Lopes, que ocupará o espaço Liberal, Rui Rio num estratagema audaz tentará ocupar um espaço à esquerda onde vislumbra pontes mais acessíveis de serem construidas.

Assim num gesto sedutor, Rio pisca o olho a Catarina, com este Plano Robles, agitando os seus cabelos brancos e dançando ao ritmo Trotskista...

O Lema do PSD é Paz, Pão, Povo e Liberdade, um hino de fazer inveja ao PCP e aos gritos dos seus militantes em plena Festa do Avante.

Portanto onde fica tamanho espanto?

A nova Geringonça despojará António Costa, "Babush", do poder, criará uma imensa coligação e tornará o actual partido laranja num intenso arco-íris que deslumbrará os cursos de Sociologia e Estudos Políticos.

Explicado que está o Plano deixemos o Rio caminhar pelo seu cómico curso, rumo aos amanhãs que cantarão no imaginário da actual direcção Social Democrata.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

11.09.18

 

Não "Robles" mais...

Parece ser este o slogan do "novo" BE, da nova versão de Catarina e seus companheiros.

Depois do terramoto do caso Ricardo Robles é preciso, verdadeiramente, ter muita "lata" para apresentar esta proposta de lei anti especulação imobiliária.

No entanto, o BE não desarma, surpreende na hipocrisia mesmo quando não se crê, não se pensa possível.

Não "Robles" mais...

Parecem ser as palavras dirigidas a esses proprietários especuladores, talvez o próprio do Ricardo, talvez a querida Catarina ou até o líder supremo...

Louçã.

Esta atrapalhação do BE, disfarçada de defesa dos pobres, reflecte as sondagens que atribuem uma queda nas intenções do eleitorado em votar nos Bloquistas, diminuindo a sua influencia na governação e no futuro desta geringonça.

Assim, continuamos numa mescla de populismo "caviar", tentando com estes chavões enganar os tolos de plantão.

Desta vez, talvez o "povo" esteja atento.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

28.07.18

 

Quero lá saber o que o jovem Robles faz com o seu dinheiro...

Desde que seja de forma legal.

Quais os seu investimentos...

Desde que os faça de forma legal.

Digo mais:

Acho imoral a publicação dos seus investimentos, a devassa da vida privada, uma vez mais, exposta em alguns pasquins diários.

Se comprou por x e vendeu por outro tanto, se rentabilizou e lucrou, vezes sem conta, o seu investimento, pois numa sociedade livre e capitalista, isso não é mais do que um direito seu.

A única coisa que me encanita é a hipocrisia...

O que dirá o Bloco deste Senhorio "fascista"?

Desta conduta selvagem?

Este tipo de lucro não transferiria Ricardo Robles directamente para o CDS?

Não?

Esta espécie de discurso moralista de esquerda, detentores dos pobres e renegados, não entra em contradição com as praticas de alguns dos seus autores?

Incongruências próprias de populistas encartados, que sofrem neste momento em virtude da arrogância moral, por eles, imposta durante infindáveis tempos.

Estarei sempre do mesmo lado...

O lado da decência e da reserva da vida privada, desde que de forma correcta e legal, da presunção de inocência, da propriedade privada, da elevação de valores.

O que neste caso trama Ricardo Robles, é o facto de se apresentar aos eleitores como o defensor dos pobres contra os ricos, esses malfadados senhorios de Lisboa, capazes de lucrarem com a especulação imobiliária.

Foi assim que se apresentou ao eleitorado.

E depois...

Descobrimos que Ricardo Robles é um senhorio capaz de, tentar, lucrar com a especulação imobiliária.

No entanto, farei a sua defesa pois tudo isto é repugnante...

A sua vida, a da sua irmã, escarrapachada em miseráveis tablóides, simplesmente por exercerem o seu direito a investir.

Triste fado este, o de uma sociedade capaz de se alimentar da futriquice e vida alheia...

Futriquice essa alimentada, muitas vezes, pelo senhor vereador Ricardo Robles e seu Partido.

O que diria o BE se este caso tivesse como protagonista Rui Rio?

Pois é...

Todos adivinhamos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

30.11.17

 

O PCP teve no Parlamento um gesto pequeno, votando contra, o voto de pesar pela morte de Belmiro de Azevedo.

Estou longe de ser mais um dos que libertam palavras elogiosas, de maneira incessante, à memória do empresário Portuense, no entanto, julgo que não lhe reconhecer o valor que teve nos últimos 40 anos na Economia Portuguesa, no desenvolvimento de várias plataformas de criação de emprego, será na verdade, um hipócrita maneira de fazer política.

Para mais, quando falamos de um Partido que tentou aprovar votos de pesar na Assembleia da República, aquando das mortes de Chavez ou Fidel, dois ditadores anti-democratas, responsáveis por inúmeros e trágicos momentos de perseguição ao seu próprio povo.

Este contra-senso, que muitos apelidam de coerência, é essencialmente uma característica infeliz daqueles que sendo formatados no pensamento, pouco conseguem vislumbrar para lá da cartilha aparelhista que lhes foi entregue...

E deputados assim não representam um País, representam apenas uma parte pequena do seu imaginário redutor.

O PCP nestes pequenos gestos volta à sua essência, demonstrando incessantemente o seu rosto Estalinista conservador.

Uma vergonha.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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