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Caneca de Letras

23.10.19

 

Sabes bem que nas entrelinhas da história;

Mesmo calada, enfraquecida, solitária,

Se reaviva a memória,

Sempre que se desperta esse pedaço de querer,

Que um dia nos uniu...

 

Não sei se num olhar;

Num presente desesperar,

Num abraço a intensificar,

A eternidade ao luar...

 

Não sei se perdidamente;

Me perderei todas as vezes,

Tantas vezes intensamente,

Intensamente por ti...

 

Nos silêncios que tomaram conta deste nós;

Que calaram a melodia que outrora trauteava,

Mesmo aí...

 

Sobrará sempre um tempo;

Para confessar desesperadamente,

Que é amor,

O que vês neste meu, tão teu, velho olhar.

 

É amor.

 

 

 

29.07.17

 

Quantos receios se escondem numa alma?

Quantas interrogações se perdem por entre a memória, a mesma, que por alguns instantes regressa para nos recordar desse passado?

Somos feitos de memórias, lembranças que nos moldam o carácter, através das feridas cicatrizadas que um dia nos marcaram...

Esses pedaços de história, a nossa, por entre lágrimas esquecidas ou dores desaparecidas, fixadas num momento,  nessa eterna sensação de um instante.

Nesse esconderijo, fortaleza da condição Humana, sobram as razões para tamanhos sentimentos, para temidos acontecimentos, para surpreendentes respostas às interrogações que o coração esconde...

A vida em todo o seu esplendor, rouba e resgata, vezes sem conta, insistentemente, as alegrias partilhadas, as mágoas espartilhadas dentro de nós, num constante viajar, sem parar, numa aprendizagem que se impõe, constante.

E é aqui, nessa destrinça sem fim, que se encontra o Esconderijo da Alma, esse secreto lugar só nosso...

Tão nosso.

Aí, voltamos a ser crianças, resgatamos as velhas esperanças, descobrimos novas desesperanças, perdemo-nos novamente nos mesmos caminhos de antigamente...

E só nesse esconderijo, chamado de alma, na sua mais secreta profundeza, se encontra esse verdadeiro mundo, onde foi moldado cada um de nós.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

26.12.16

Se cada palavra tivesse valor;

Se cada olhar fosse importante,

Se cada sorriso fosse apenas dor,

Então o que esconderia eu?

 

Se cada cheiro significasse algo;

Se cada beijo fosse verdadeiro,

Se esse sentimento fosse inteiro,

Então o que esconderia eu?

 

Se em cada gesto fosses tu;

Se fosses tu em cada momento,

E se eu pudesse voltar atrás no tempo,

O que esconderia eu?

 

E se eu escondesse alguma coisa;

Perdida no meu pensamento,

Ruidoso sentimento,

E um dia te pudesse revelar...

O que diriam os teus olhos?

 

Talvez se perdessem nos meus.

 

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