09.01.20
O entardecer...
Sentado na esplanada de um café acompanho o entardecer em Lisboa, esse cair de tarde que nos suspende e deslumbra, por entre, a fascinante luz da capital Lusitana.
O rebuliço das gentes não permite a muitos de nós esse apreciar que se impunha, pois as pessoas correm entre transportes, se aglomeram entre o percorrer do ponteiro do relógio...
Trabalhos para entrar, filhos para ir buscar, rotinas a cumprir que não esperam nem calam.
Aqui me encontro sentado...
Nos rostos marcados se buscam as preocupações e as alegrias, mãos dadas e finais de cena, luzes e mais luzes dos carros, luzes que parecem reinar e surgir à medida que o entardecer dá lugar ao anoitecer, esse escurecer tão certo como o trilho de um destino.
Volta sempre a cair a noite, volta sempre a raiar o dia, assim sucessivamente nesse entrelaçado mosaico de existência.
As decorações de Natal ainda brilham, mesmo passado o dia de Reis, numa despedida anual...
Gente e mais gente, sorrisos imprecisos e gestos desmedidos, correrias intermináveis e pedaços de melancolia, tudo se encaixa nessa passadeira carregada de riscos e rabiscos que marcam o dia a dia.
Assim neste entardecer pinto esta folha em branco, essa tela de vida que passa em meus olhos, por entre os olhar das gentes, que se cruzam com o olhar deste que vos escreve.
Num blog, neste Sapo, que mais do que relatos nos permite pincelar o quotidiano de cada um.
O entardecer...
O entardecer em Lisboa.
Filipe Vaz Correia