29.09.17
Sempre fui um conservador, diferente hoje do que era há vinte anos, na minha efervescente adolescência, obrigado a reflectir por um mundo que nos abraça por estes dias, desempoeirando a mente e destapando os obscuros dogmas ...
No entanto conservador em muitos aspectos, na essência política, na imensa crença dos valores, acreditando porém que a alma Humana, é maior do que certas regras instituídas.
Perdido numa ausente representação política, reencontrarei neste domingo a escolha eleitoral, a opção por votar neste ou naquele...
Não me sinto representado nestas eleições em Lisboa, ninguém merece o meu voto, do meu ponto de vista, desiludido com o PSD, mas surpreendido com o CDS, e essencialmente órfão de um líder, de um caminho que sinta verdadeiramente inteiro.
Entramos assim no dia de reflexão, no silêncio imposto, hipocritamente, mas que supostamente necessita de ser respeitado, mesmo que com o fenómeno das redes sociais, ninguém o respeite.
Nem eu...
Tenho fé que estas eleições representem o ocaso de Pedro Passos Coelho e deste partido que gravita à volta desta fantasmagórica personagem, dando espaço a um regresso às origens de Francisco Sá Carneiro e de um PSD próximo das pessoas e dos seus anseios.
Domingo será um dia excepcional, repleto de emoções, de leituras e questões, desde as Eleições Autárquicas a um Sporting-Porto, até ao referendo da Catalunha...
Um dia repleto de receios e decisões, que certamente condicionarão os destinos de alguns.
Na Catalunha decide-se a existência de uma nação, em Alvalade a permanência de uma esperança e no PSD a esperança de uma permanência.
Para mim será fácil decidir:
Vitória do meu Sporting, queda de Passos Coelho e na Catalunha que Deus nos ajude.
Filipe Vaz Correia