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Caneca de Letras

09.01.19

 

A polémica está instalada, mais uma, no PPD/PSD, com as declarações de Manuela Ferreira Leite.

A antiga Ministra de vários Governos Sociais Democratas, disse que preferia uma derrota eleitoral, ao rótulo de Direita que estava a ser implementado pela anterior direcção partidária.

Digamos que compreendo a ideia, discordando dela...

Confuso?

Tentarei explicar.

O PSD sempre foi um partido abrangente, desse facto advém a sua força na nossa sociedade, englobando várias ideias e ideais, numa mescla de posicionamentos políticos.

Não é à toa que o Partido sempre foi conotado com o Centro-Direita, ou seja, tinha um vasto eleitorado que partia desse gigantesco centrão, até tocar na Direita tradicional Portuguesa.

Esse legado de Sá Carneiro, da abrangência no posicionamento político, foi talvez a maior arma para combater a influência do PS de Soares, no pós 25 de Abril.

O período Cavaquista, também contribuiu para alargar essa base de apoio e recrutar muitos dos que se situavam na Direita Conservadora, vulgo CDS, e que durante as duas maiorias absolutas do Professor Cavaco Silva, se mudaram para o lado "Laranja" do espectro político.

Assim, começo por discordar da afirmação de Manuela Ferreira Leite, nesta suposta rejeição, de uma certa ideia de Direita, no PPD/PSD.

No entanto, consigo compreender a sensação de fobia ao período "Passista", vivido nos tempos da Troika e que devastou parte da base eleitoral do PSD...

Sempre me considerei de Direita e Conservador, sentindo também eu essa espécie de fobia por um caminho que me parecia desvirtuar o passado e a Historia Social Democrata, mas não pelo rótulo de Direita, antes sim pelo rumo Ultra-Liberal, Radical e Populista que ganhou corpo durante aquele período.

Essa "nouveau" Direita que colocava muitas vezes o PSD, à direita do CDS, configurando um confuso e complexo cenário social ou partidário.

A resposta de Luís Montenegro que espera na tela da TVI, o momento certo, para esventrar um "Rio", se me faço entender, não é mais do que a defesa desse PSD radical, do qual fez parte, sendo peça primeira desse tempo.

Assim, compreendo a rejeição de um caminho, discordando das palavras e até do principio usado por Manuela Ferreira Leite, para demonstrar a sua opinião.

No entanto, não tenho dúvidas...

Se tivesse que escolher um lado, uma "Direita" com quem privar, estava certo da minha escolha, sem hesitações ou recuos.

Ao lado de Manuela Ferreira Leite.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

11.04.17

 

Tenho de admitir, mesmo para mim que gosto de futebol, que o nível dos debates nas televisões atingiu patamares de indigência, que ofende qualquer neurónio que se predisponha a assistir, com elevada paciência, a este tipo de programas.

Recordo-me com saudade de Pôncio Monteiro, Fernando Seara e Pedro Santana Lopes no programa Jogo Falado, com a apresentação de Paulo Catarro...

Desses serões passados com o meu pai, a rir, a discutir, de maneira acalorada, mas com o respeito inerente a pessoas civilizadas.

O que se passa atualmente nestes programas, além da constante berraria e falta de educação, é em primeiro lugar, um desrespeito dos próprios por eles mesmos, pelo direito à reserva da sua ignorância...

O despudor de demonstrarem aos telespectadores, o triste papel que são capazes de desempenhar, uns por serem veículos transmissores de ideias, redigidas num qualquer posto de comando e outros pelo simples facto, de aceitarem sentar-se ao lado, destes indigentes papagaios.

Não se pode discutir, com quem não sabe o que diz, voluntária ou involuntariamente, com quem nega a realidade, sistematicamente.

A estratégia do Benfica, iniciada com a introdução de Rui Gomes da Silva no programa Dia Seguinte, seguida da saída do Prof. Fernando Seara, da TVI, para colocar no seu lugar aquele senhor que jogou no Damaiense, Pedro Guerra, tinha e admito que o fizeram com sucesso, como missão a criação de um clima de suspeita e condicionamento sobre todo o Futebol Português...

Arbitragem, Imprensa, Liga e Federação Portuguesa de Futebol.

Para isso criaram condições, para que um conjunto de papagaios, com o devido respeito por esse belo espécime animal, tomasse assento nos mais variados órgãos de comunicação social, escrita e falada, tendo como principal mote, a criação de factos alternativos, tanto em voga nos dias que correm, que se adequassem melhor aos interesses encarnados.

Basta que com algum sofrimento, as pessoas se prestem a gravar e rever os vários programas que passam em simultâneo, nos variados canais portugueses e conseguirão observar que todos repetem a mesma coisa, mostram as mesmas fotografias, recordam lances de décadas atrás, demonstrando uma sintonia que apenas poderá ser explicada por essa cartilha, que já ninguém parece negar...

Nem mesmo eles.

Agora importa também referir, aqueles que rejeitaram deixar de raciocinar, como Fernando Seara, Bagão Félix entre outros, que escrevem e falam, com o seu punho e através da sua voz, demonstrando evidentemente, o carácter de que são feitos...

Espero que outros clubes não enveredem pelo mesmo caminho, e não queiram combater com as mesmas indigentes armas, pois o ridículo nunca poderá ser o caminho para desmascarar os palhaços de plantão.

E assim com a cartilha desmascarada, denunciada, resta-nos mudar de canal, pois um dia eles acabarão por papaguear sozinhos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

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