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Caneca de Letras

16.02.22



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O meu Sporting perdeu com o Manchester City, em Alvalade, por 0-5.

O início prometedor, o olhar expresso no rosto de quem via o jogo a meu lado, a esperança a se desvanecer segundos após o começo da partida.

A inexperiência, a cultura de Champions, a sorte...

Tanta coisa.

O Sporting perdeu mas o Sporting ganhou...

Ganhou pelos adeptos que como nunca amarraram a equipe à sua voz, ao seu amor, ao seu esperançado querer, num desígnio extraordinário que recupera este Sporting para um destino singular.

O olhar dos jogadores, de Amorim e até de Guardiola mostravam que aquele momento era singular, um estádio inteiro apoiando uma equipe que havia perdido, não apenas perdido sendo goleada, mostrando a gratidão por aquilo que estava por trás de uma triste derrota...

Ou seja, a memória da nossa recente História.

Arrisco-me dizer que recuperámos a equipe num abraço maior do que um estádio, tão grande como o rugido do Leão.

Para mim, importa expressar a Rúben Amorim e seus jogadores o meu carinho e amor, o mesmo de sempre, e acima de tudo gritar bem alto que apesar de tudo:

 

"Somos da raça que nunca se vergará."

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

27.01.20

 

Morreu Kobe Bryant...

Morreu uma lenda.

Acompanho a NBA desde pequeno, noutros tempos mais do que agora, recordando em cada cesto, a cada afundanço as estrelas de antigamente.

Ninguém para mim se compara a Michael Jordan, àquela equipe dos Chicago Bulls, nem mesmo aqueles nomes que cintilavam, por entre, os gritos de Carlos Barroca...

Magic Johnson, Kareem Abdul-Jabbar, Larry Bird, Isiah Thomas ou Charles Barkley, nomes que rivalizavam, disputavam época e importância com o número 23 de Chicago, fosse no campo ou na História da modalidade.

Nenhum igual a Jordan...

Nenhum igual à lenda maior.

Depois da retirada de Michael Jordan deixei de acompanhar a NBA, assiduamente acompanhar, no entanto, anos mais tarde, uma equipe dos LA Lakers, dirigida pelo mesmo treinador que liderara os Bulls de Jordan, começava a dominar a competição, carregada de jovens, talentos, qualidade...

Nessa equipe uma personagem despontava, um génio se destacava:

Kobe Bryant.

Décadas se passaram, 20 anos de competição, títulos e mais títulos, pontos e mais pontos, sempre na mesma cidade, nos seus Lakers.

Palavras para quê?

Morreu neste dia uma lenda incomparável, com a sua pequena filha, dentro de um helicóptero, nos céus da Califórnia.

Tirando Jordan, nunca vi nenhum outro basquetebolista voar como Kobe Bryant, por entre os seus adversários, rumo aos cestos, esvoaçando entre os tectos de um qualquer pavilhão.

Assim, desaparece a magia de uma História, de um atleta que perdurará no tempo, na memória de todos os que o viram jogar, daqueles que mesmo não o vendo saberão as suas jogadas, os seus feitos, através da voz de tantos que o admiram e admiraram.

Alguém, um dia, disse que morremos duas vezes...

Uma no dia de nossa morte física e outra no dia que alguém pronuncia o nosso nome pela última vez.

Kobe Bryant jamais morrerá, pois pertencerá àquela galeria de figuras imortais que terão para sempre o seu nome pronunciado.

Até sempre, Kobe Bryant...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

11.06.19

 

 

 

Meus caros amigos, nunca fui uma pessoa capaz de imparcialidades desportivas, de me sentar a ver um jogo de Futebol Inglês sem torcer por uma equipe, de assistir a uma corrida de Fórmula Um sem ter um piloto preferido, de ver uma partida de ténis sem ter um jogador como meu...

A vida toda assim foi.

De pequenino torcia por Ivan Lendl contra Boris Becker ou Edberg, depois veio o tempo em que sofria por Agassi nessa disputa mítica com Peter Sampras, até à eternidade.

Depois o vazio...

Até que um miúdo chegava ao ATP, ali pelos idos de 2004, de vestes meio desgarradas, tentando competir com os melhores, com o novo Rei que se afigurava senhor do "futuro".

Todos eram adeptos de Roger Federer, o Suíço que deslumbrava o mundo do Ténis, pelo talento, elegância, capacidade de inovar...

Eu não.

Torcia por Rafa Nadal, por esse menino Espanhol que chegado à alta roda do Ténis prometia lutar por cada ponto como se fosse o último.

Por estes dias Nadal alcançou a vitória número 12 em Roland Garros.

Sim...

12!

Palavras escasseiam para caracterizar esta garra, este nível, esta demonstração de superação constante de alguém que sendo especial, único, lutou nos últimos anos com demasiadas lesões, contrariedades.

Nadal é isso mesmo...

Exemplo de atleta, de superação.

E eu aqui permaneço como adepto, orgulhoso daquele menino de outrora, curioso por esse próximo passo que nos surpreenda, nos arrebate até deixar sem palavras.

O Olimpo do Ténis Mundial encontrará um lugar especial para tamanho atleta, sem deixar esquecer a desmedida superação do Touro ♉ Espanhol.

Gracias Rafa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

30.05.19

 

O defeso ainda agora começou e já se assiste a notícias em catadupa, loucos relatos em relação a alguns jogadores.

Um deles é João Félix, jovem jogador do Benfica que inunda as manchetes dos jornais com especulação variada e na maior parte dos casos, sem nexo.

Mas alguém poderá acreditar que algum clube pagará 120 Milhões por um jogador de 19 anos sem qualquer tipo de "gabarito" na alta roda do Futebol Mundial?

A sério?

Das duas uma...

Ou estas notícias serão completamente falaciosas ou o Clube que cometer tamanha loucura estará, certamente, carregado de incompetentes.

Na altura em que se fala na contratação de Éden Hazard pelo Real Madrid, por 100 Milhões, acreditar que alguém poderá despender 120 Milhões por João Félix não deverá passar de um assomo clubista com o intuito de valorizar o "produto".

Direi mais...

Este tipo de notícias prejudicarão em primeira instância o próprio João Félix, carregando este jovem jogador de uma pressão absolutamente desnecessária.

Não está em causa o valor do jogador que, importa salientar, acredito ter um futuro risonho.

Vejo em João Félix características únicas, muito similares ao "pequeno" João Vieira Pinto, não apenas na capacidade técnica mas também na capacidade de fazer golo, muito importante para a posição que ocupa.

Esperemos pelo desfecho de mais um defeso, acreditando seriamente que acima de 50 Milhões, tudo o que puder ser escrito, não passará de publicidade gratuita de carácter duvidoso.

E para isso basta ir a um quiosque e comprar A Bola ou o Record.

Enfim...

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.12.17

 

A notícia de que Christopher Froome acusou positivo num controlo Anti-Doping durante a volta a Espanha, vem descredibilizar uma vez mais o Ciclismo ou a inverdade permanente que parece trespassar este desporto.

Froome junta-se a Armstrong, Schleck, Contador, entre tantos outros, que num determinado momento, foram apanhados nestes controlos...

O que parece evidente, na minha opinião, é que não importa saber se um determinado Ciclista se dopou ou não, mas sim se foi ou não apanhado.

Este tipo de descrédito, esventra em certa medida, a pureza desta modalidade, o crédito conquistado durante décadas por tantos e tantos Ciclistas que se tornaram heróis após cada edição de um Tour.

 A Pergunta que agora subsiste é:

Será que também Merckx ou Lemmond, Indurain ou Hinault, corriam dopados?

Será que também eles enganaram aqueles que na berma da estrada aguardavam embevecidos pela sua passagem?

O drama do Ciclismo de hoje, enlameia o passado da modalidade, escurece tantas e tantas edições passadas e acima de tudo, cria um gigantesco ponto de interrogação para esse futuro de uma modalidade que cada vez mais parece mentirosa...

Na essência, na verdadeira forma de se competir.

E assim, com esta noticia, mais um mito, se tornou num homem comum...

É caso para questionar:

Também tu, Froome?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

12.09.17

 

Rafael Nadal voltou a vencer um Grand Slam, desta vez o U.S. Open, num regresso miraculoso a um lugar que certamente, será eternamente seu...

Ser número um, vai muito para lá desse temporário titulo, desse cognome que se extinguirá, excepto quando quem o ocupa tenha atingido um patamar lendário, como é o caso de Nadal ou mesmo Federer, expoentes máximos desta modalidade.

Nadal esteve afastado da ribalta, incapacitado por um sem número de lesões, no entanto, neste inacreditável regresso, recupera com uma imensidão de esforço, de talento, um pedaço do romantismo inerente a tamanho atleta.

Esta vitoria, juntamente com a décima de Rolland Garros, representou uma página imortal no livro dos lendários momentos do circuito ATP...

Sempre admirei Nadal, sempre torci por ele mas jamais imaginaria que aquele menino de cabelos compridos e vestimenta pouco usual, poderia um dia marcar de forma indelével, este desporto.

Nadal marcou, transformou-o, modificou-o de maneira impressionante, com a sua perseverança, a forma incansável como bate cada bola, sendo a última ou a primeira.

Festeje-se, congratule-se a lenda mas nunca se esqueça o percurso e essencialmente o esforço de um verdadeiro campeão.

Pois é isso que Nadal é...

Um verdadeiro campeão.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

23.08.17

 

Rafael Nadal regressou a Nº1 do Raking Mundial ATP, numa ascensão tão dolorosa como impressionante depois de três anos repletos de lesões e desaires.

Muitos anteviam que o Maiorquino jamais regressaria a este lugar, aos 31 anos, depois de uma carreira plena que o levou não só a vitórias em todos os míticos Grand Slams, como também, ao Ouro Olímpico...

Nadal chega assim novamente ao topo do mundo, depois de em Roland Garros, sua casa, ter conseguido alcançar a décima conquista, algo inimaginável e praticamente irrepetível por qualquer outro.

Sempre admirei Rafa Nadal, sempre torci por ele, depois da despedida de André Agassi, admirando imensamente aquela entrega que o faz e fez superar sempre os adversários, os seus limites, as suas imperfeições.

Neste momento em que desfruta uma vez mais da glória, tenho a certeza que se debate com a determinação para ali permanecer, sabendo porém que com a sua idade, com o desgaste acumulado por mais de uma década e meia de alta competição, será mais difícil manter esta posição no quadro ATP.

Mas independentemente de tudo isso, independentemente do desgaste temporal, Rafa, gritará ao mundo que lutará até ao fim, defendendo a Lenda em que se tornou...

Porque Nadal, será para sempre, um dos maiores.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

30.07.17

 

A chegada do Vídeo-Árbitro ameaça mudar radicalmente o panorama do futebol Português...

Com a implementação deste novo tempo, deste novo modo de julgar o jogo, acrescenta-se verdade ao espetáculo, justiça em torno de deste nosso futebol.

Dir-me-ão que obriga a parar o jogo, que poderá se perder um pedaço da magia do golo e dos seus festejos, no entanto, mais importante do que tudo isso é a imensa sensação de verdade, inerente a esta alteração.

Vendo este último jogo em Alvalade com a Fiorentina, não posso deixar de imaginar a tremenda injustiça que seria a anulação de um golo limpo, como o golo de Bas Dost, apenas não validado devido à incompetência de um bandeirinha...

E como os bandeirinhas ditaram ao longo dos anos o resultado de jogos, o rumo de campeonatos, de muitos títulos.

Não posso deixar de me recordar daquela famigerada final da T. da Liga, no Algarve, onde a poucos minutos do fim, o Senhor Lucílio, aconselhado por um bandeirinha que estava a 40 metros do lance, transformou uma bola no peito, numa mão na bola...

Quanto tempo esteve aí, o jogo parado?

Quantos minutos foram necessários para prosseguir o jogo, acalmar a situação, expulsando injustamente um jogador e destruindo o trabalho de uma equipa que até àquele momento, controlava o seu destino?

Por todas estas razões, acredito que independentemente da equipa, que circunstancialmente saia beneficiada, a verdade será sempre benéfica para a credibilidade do espetáculo...

Será sempre melhor para todos, árbitros, jogadores, treinadores e adeptos, sendo que aqueles que não o desejam, é porque certamente estarão cómodos com o erro que deturpa a Verdade Desportiva.

E essa, Verdade Desportiva, é que verdadeiramente alimenta a magia deste jogo, que todos nós amamos.

 

 

Filipe Vaz Correia

23.04.17

 

E depois do Derby de ontem?

Depois de um jogo enfadonho, onde ambas as equipas aparentaram, estar desprovidas de argumentos para deslumbrar, o que fica para o resto do campeonato e o que se perspectiva para o futuro?

O Benfica sai de Alvalade com o titulo na mão, não porque eu ache que não irão perder mais pontos, acredito que ainda poderão perder, mas essencialmente porque não acredito que o FC Porto não os perca também...

É em Braga que o Porto acabou por entregar o titulo ao Benfica, com tudo o que isto acarreta para o panorama futebolístico nacional.

O Sporting vive um caminho mais difícil, após os noventa minutos de ontem, de uma gritante falta de rendimento, que ficou patente aos olhos de todos.

Os Leões entraram em campo e marcaram o golo e depois...

Depois, o Sporting desapareceu de campo, deixou que o Benfica crescesse e tomasse conta do jogo, apenas tentando em contra ataque mudar o rumo dos acontecimentos, o mesmo se passando na segunda parte, onde Bas Dost nos primeiros vinte minutos, teve duas oportunidades, de matar o jogo...

Falhámos!

Depois foi esperar que o Benfica marcasse ou que Patrício continuasse a adiar o impossível.

Jesus disse que o Sporting merecia ganhar pois foi quem teve as mais flagrantes oportunidades de golo, é verdade, porém a qualidade de jogo dos Leões ficou muito aquém do esperado, da dimensão deste derby...

O que mais me preocupa é o futuro, a falta de confiança nas apostas e essencialmente nos jogadores que este treinador insiste em afastar.

Como é que alguém que treina todos os dias com os jogadores, arrisca para um jogo destes em Jefferson, uma sombra daquele magnifico jogador que deslumbrou com Jardim ou Marco?

Este é um exemplo, de alguém destruído psicologicamente, sem motivação e acredito que muitos mais por Alvalade se encontrem nas mesmas condições, por exemplo Bryan Ruiz.

E Paulo Oliveira depois do magistral jogo de ontem, voltará para o banco, como de costume?

Estas contradições ficam patentes até nas substituições de Jesus, na demora em refrescar a equipa e dinamizar o meio campo que continua preso, com a lentidão de Alan Ruiz a ser demasiadamente notada em jogos, de grau de dificuldade, maior.

Com desilusão, mas com a esperança de sempre, olho em frente depois de um Derby que queria muito, mesmo muito, ganhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

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