15.10.18
Mas que Orçamento é este?
De um lado gritam despesismo, do outro, brilhantismo e redistribuição...
Onde ficamos?
De acordo com aquilo que sabemos, sendo que muitas medidas ainda não são públicas, parece-me que este Governo não se desviará daquilo que tem feito até aqui.
Devolução de salários e direitos, ao mesmo tempo que cortará impiedosamente para compensar este esforço financeiro.
Até aqui tudo bem.
Quer dizer tudo bem, se não atingisse o sector da Saúde, um dos mais prejudicados por esta Governação e não só.
Faço uma declaração de interesse:
Gosto de Mário Centeno, uma afirmação quase indescritível vinda de um Conservador sobre um Ministro das Finanças de um Governo do PS, apoiado pelo PCP e BE.
Julgo que uma das grandes virtudes de Centeno, além do controlo do déficit, uma característica que não é de somenos, tem sido o controlo da vontade despesista dos parceiros da Geringonça.
Neste planeta virado ao contrário, duas medidas merecem a minha interrogação:
Os manuais escolares gratuitos até ao 12º ano e a redução significativa em todos os passes sociais.
Atenção...
Acredito que ninguém, no seu perfeito juízo, possa expressar o seu desacordo, como principio, destas medidas, porque aliviam grande parte das famílias, assim como, oferecem uma sensação de bem estar que se notará no dia a dia dos Portugueses.
No entanto, convém questionar como se alcançarão, de forma responsável, as verbas para financiar tais medidas.
A primeira, ou seja, os manuais escolares, traz até um toque nostálgico dos loucos anos Chavistas, em plena Era petrolífera ou do saudoso "Magalhães".
Por fim, não esquecer os rumores crescentes que indicam a saída de Mário Centeno do Governo, para um cargo na União Europeia, género FME...
A ser verdade, isso sim, deixaria a minha intuição deveras preocupada.
Quanto ao Orçamento, vamos esperar até o compreender na sua globalidade.
Filipe Vaz Correia