30.09.20
Arde e queima
a semente desalinhada
sofre e teima
a mágoa passada...
Traço e compasso
na beira da alma
ruído e espaço
na busca da calma...
Mas o ardor a persistir
o torpor a aumentar
a velha alma a desistir
desse sofredor amar...
Cai a noite destemperada
no vazio dessa solidão
escapando da poesia desamparada
o adeus de uma ilusão...
A iludida ilusão
de uma desiludida desilusão.