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Caneca de Letras

03.01.20

 

Adoro o Papa Francisco...

Sendo Católico da vida toda, há muito que me sinto distante de alguns sectores dominantes da Igreja Católica, algo que tem sido lentamente alterado, segundo a minha percepção, desde a chegada deste  Papa.

Uma das coisas que mais me fascina em Francisco é este lado humano da sua "personna", esta forma "desnudada" de cumprir a sua missão, tentando aproximar, verdadeiramente, as pessoas daqueles que devem servir e divulgar a palavra de Deus.

Infelizmente nem sempre tem sido compreendido, principalmente pelas alas mais conservadoras da Igreja que olham com alguma desconfiança ou descrença para essas iniciativas renovadoras ordenadas pelo Papa Francisco.

Nesta Terça-Feira, Francisco esteve no epicentro de uma polémica captada pela câmara do Pontificado...

Uma mulher, que se encontrava na multidão, aproveitou o facto de o Papa Francisco estar naquele local, a abençoar uma criança, para o agarrar pelo braço de forma ríspida e inadequada, provocando uma reacção de repúdio e indignação do Santo Pontífice.

Francisco reagiu energicamente tentando libertar-se do puxão, aproveitando para dar à dita senhora uma ou outra, veemente, palmada.

Sinceramente...

Gostei imenso.

Como mais tarde disse, num pedido de desculpa:

"Muitas vezes perdemos a paciência. Até eu às vezes."

Muito sinceramente, acho que não deveria ser o Papa a pedir desculpa pelas palmadas dadas mas sim a dita senhora a se desculpar pela boçal e rude atitude.

Francisco demonstrou ser um Ser Humano, alguém que apesar da sua posição também se irrita, se indigna e até é capaz de dar um ligeiro correctivo a uma ovelha do seu rebanho.

Para os puristas talvez este acto seja condenável, para mim é absolutamente aceitável e até compreensível.

Como é libertador e reconfortante olharmos para um Papa que não se vê como um Santo mas sim como mais um de nós...

Um homem de Deus.

Um Santo ano...

Papa Francisco.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.08.19

 

Não peças desculpa, nessa meia culpa que invade, essa desculpa que serve de justificação para a culpada consciência, a desmedida irreverência com que se quebrou o laço, esse antigo abraço extinto no meio do fogo de tamanha raiva, tamanha desilusão.

Um ponto...

Meio ponto...

Ou ponto nenhum, pouco importará, nessa janela que se trancou, nesse despir de um sentir que outrora simplificava o olhar, segredava nessa esperança amarrada ao tempo, descodificando o sentimento que aquecia a alma.

A doce alma, a triste alma...

Não peças desculpa, se essa culpa que corrói é maior do que o retrato desse futuro que não chegará, se esse passado escondido no tempo, já não permitir outro sonho, o mesmo sonho, aquele sonho um dia sonhado.

Nesse abraço, regaço, que tantas vezes nos pertenceu, foi nosso, só nosso, moram aquelas memórias tão belas, únicas, que unidas completavam o enigma imperceptível de tantas vidas.

Não peças desculpa nem busques perdão, pois o coração deixou de sentir que valia a pena.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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