24.02.17
Insegurança;
Palavra vã,
Que me tolda a esperança,
Deitado naquele divã,
Onde espero encontrar,
As respostas escondidas na minha alma...
Olho para o fundo da sala;
Aguardando que a minha mente se revele,
Que os meus segredos se desnudem,
Que me dispa dessas capas,
Que me envolvem,
Ali, diante de mim...
Fecho os olhos;
Numa espécie de revelação,
Viajo por entre as mágoas que me esforço por perder,
Pelas agruras deste coração,
Que insisto em esquecer,
Temendo a ilusão,
A aparecer,
Recordando a lembrança,
De mim mesmo...
Naquele divã;
Reencontro a essência que me foge,
Reencontrando os pesadelos e os sonhos,
Que me moldam,
Moldando nessa forja,
As dores que formam as minhas lágrimas...
E aí, descobrindo a razão desses pecados;
Que aprisionaram o meu destino,
Descubro em cada explicação,
Um enigma resolvido,
Nessa eterna equação,
Da minha alma!