12.10.19
Se dói, deixa arder;
Deixa entrelaçar essa dor,
Esse fogo a corroer,
Essa forma de ardor,
Numa misturada interrogação do Ser,
Que se arrebata num torpor,
Num torpor a aprender,
Cada pedaço de um amor,
Sem medo de o viver.
Vai continuando a sentir;
Sem receio do formigueiro,
Esse medo a fugir,
Num domingo domingueiro,
Cada toque a pedir,
Esse beijo derradeiro.
E num instante a despedida;
Essa espécie de partida,
Esquecida ferida,
Tão intensa e desmedida.
Desmedidamente verdadeiro...
Desmedidamente inteiro...
Desmedidamente Amor.