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Caneca de Letras

07.10.19

 

Noite eleitoral carregada de surpresas, talvez não, num misto de derrotas vitoriosas e vitorias amargas.

O PS vence as eleições, ao contrário de há quatro anos, sem maioria absoluta, num cenário “pantanoso” mas que irá colocar à prova os dotes de negociante de António Costa.

O PS submerso nessa arrogância típica dos Socialistas, Mário Centeno foi a face dessa característica na campanha eleitoral, vê assim, com estes resultados, uma resposta dos Portugueses a tamanha altivez argumentativa.

O outro lado da “Geringonça” não vence mas também (não) perde, ou seja, o PCP perde expressão parlamentar, aliado à derrota autárquica, denotando um desgaste acentuado na sua base eleitoral, irá temer a reedição dessa “Geringonça”, sabendo também que a negação desse caminho poderá lhe custar um preço na História.

O Bloco que praticamente mantém o mesmo resultado que anteriormente havia tido, certamente, se vê desiludido tendo em conta as expectativas criadas por todas as sondagens ou essa boa imprensa que tanto”acarinha” os Bloquistas, deixando um enigma na líder Catarina Martins...

Assegurar a renovação da solução Governativa ou pelo contrário evitar a sua reedição?

O Bloco tudo fez para garantir que o PS não conseguiria a maioria absoluta, tentando assim aumentar o seu círculo de influência, porém, convém observar cada passo Bloquista, cada escolha de um partido com dores de crescimento.

E o PAN?

Um caso de ponderação...

O grande vencedor da noite.

Voltando à direita...

O PSD perdeu as eleições, não com o estrondo anunciado mas com uma contestação evidente dessa sua penitência amargurada após os anos da Tróika.

Rio parecia ter vencido esta eleição tal o excitamento com que apareceu diante dos jornalistas, certamente, influenciado pelas sondagens “predadoras” que há muito o tentavam devorar.

O PSD teve um resultado negativo mas muito superior àquele que muitos antecipavam...

Dará este resultado para evitar uma luta interna fratricida?

Duvido...

O CDS?

Bem, o CDS é a expressão maior de uma hecatombe, sendo o maior derrotado da noite, encurralado entre o surgimento de novas forças eleitorais à direita, Iniciativa Liberal ou o Chega, e as incongruentes posições da sua líder e frágil estrutura.

Cristas abandonou, num gesto com imensa dignidade, contrastando com a maioria do seu populista percurso político.

Os novos partidos que chegam à Assembleia da República, Chega, Iniciativa Liberal, Livre, trazem novas ideias ou falta delas, novos pontos de discussão, novas pontes ou batalhas...

Veremos quantos destes partidos permanecerão ao fim de uma legislatura.

Duas notas de pesar:

A morte política do sempre rebelde Santana Lopes e a despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, colocada num distrito de impossível eleição pela estrutura Comunista numa purga carinhosa e sem direito a teatralismos.

Num tempo de discussões ecológicas o PCP assassina a líder histórica dos Verdes, o que não deixa de carregar de ironia o destino da Extrema-Esquerda Comunista, neste tempo de clima e Gretas. 

Vem aí mais uma legislatura...

Com Geringonça?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

24.09.19

 

Mais um jogo do “meu” Sporting...

Mais uma vergonha indisfarçável.

Nas bancadas querem um vilão, na blogosfera querem um vilão...

Mas não contem comigo para esse “previsível” vilão.

Sebastien Coates, internacional Uruguaio, excelente jogador, vive um momento terrível entre penáltis e autogolos, por entre, a contestação e a frustração...

Não contem comigo para esse peditório.

Exprimir a indignação, como Sportinguista, é avaliar o todo, esse somar que nos leva a quem nos dirige, aos superficiais dirigentes que contribuíram e construíram este plano que hoje nos amarra e acorrenta.

Frederico Varandas é medíocre, enquanto Presidente do Sporting Clube de Portugal, o maior responsável pelo momento que vivemos.

Existirão muitos que exigirão silêncios, “Camarotes” Leoninos, submersos nesse Status Quo do poder mas que não conseguirão calar aqueles que sentindo o Clube se insurgem diante dos algozes do “nosso” destino.

O vilão desse futuro, dessa esperança, é o actual Presidente e a sua estrutura, esses Yupies Varandistas que dominam as nossas decisões, os nossos trilhos.

E não me venham com os fantasmas Brunistas, pois basta percorrer este blog para perceber que, ao longo do tempo, fui mais oposição a Bruno de Carvalho do que estes que agora se assumem como relatores da História.

Mais do que nunca se impõe a rebelião, o grito maior que nos dará a alforria desses Senhores pequenos, tão pequenos que não conseguem vislumbrar a dimensão diminuta dos seus pensamentos.

Não se voltem contra Coates, contra Bruno Fernandes ou Mathieu...

Será mais importante procurar o que mudou para justificar tamanha devastação em tão experientes jogadores.

Querem um vilão?

Procurem no Afeganistão ou em Lisboa...

A senha é:

Frederico Varandas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

10.02.18

 

Quem acompanha aqui, o Caneca de Letras, sabe bastante bem o que penso do actual Presidente do Sporting Clube de Portugal...

O meu Sporting.

Sabe bem o quanto discordo da gestão desta direcção, idolatrada por tantos, no entanto, apesar desta minha oposição nas ideias, na forma, na estratégia de Bruno de Carvalho, jamais irei compreender aqueles que preferem a derrota, mesmo que esta contribua para afastar do Clube, este Presidente.

Na minha mente é impensável.

No momento em que o jogo começa, como posso eu torcer para que a bola entre na minha baliza, sem que a alma se contorça, sem que o coração acelere, sem que o menino que um dia fui, não desespere com tal destino...

Como?

Como desejar que a bola nos pés de Gelson, não continue a voar até encontrar uma qualquer cabeça, esventrando a baliza adversária, levantando as vozes de todos nós...

Leões!

Como?

Compreendo desabafos, gritos e irritações...

Aceito, pois é o que faço, que se demonstre a insatisfação, a mesma insatisfação que me leva e levará sempre a escrever, o que dita a minha alma Leonina, mas sempre com o Sporting em primeiro lugar.

Quem deseja que o Sporting perca, dá razão aos dislates de Bruno de Carvalho, alimenta a alucinação constante em que se encontra o actual Presidente do Sporting, joga no mesmo tipo de tabuleiro.

Debata-se os destinos deste nosso Clube, pensemos em soluções para enfrentar Bruno de Carvalho, afirmemos a nossa discordância perante esta boçalização em que caiu o Sporting...

Mas nunca se peça a sua derrota...

Isso nunca!

Querer que o Sporting perca...

Jamais!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

02.10.17

 

O PS e o CDS foram os grandes vencedores da noite eleitoral, o PSD e a CDU os grandes derrotados da mesma...

Vou-me concentrar no PSD por razões especiais e particulares, numa expectativa imensa de poder recuperar esse Partido que já foi o meu.

Pedro Passos Coelho trouxe o Partido até aqui, isolando-o, despedaçando o legado, a influência, a militante esperança que sempre norteou o destino do PPD/PSD...

Este rumo escolhido pela liderança Social-Democrata, esbarrou na vontade popular, na distanciação do Partido com os seus eleitores, dizimando sem memória, qualquer expectativa de continuidade desta desgastada liderança.

Pedro Passos Coelho parece, no entanto, querer esperar, aguardar para reflectir, ou seja, de maneira incompreensível arrastar este desesperante martírio, até ao congresso marcado para daqui a alguns meses...

O líder do PSD não compreendeu que o seu caminho findou, como não o havia compreendido há dois anos atrás, ao contrário de Paulo Portas, e assim insiste numa narrativa catastrófica para o centro-direita Português.

Pedro Passos Coelho é o principal responsável por este trágico resultado eleitoral, e caso não se demita as bases Sociais-Democratas terão a obrigação de tomar em mãos, o futuro político deste grande Partido...

Caso isso não aconteça, e ao invés tenham lugar os normais taticismos, por parte daqueles que continuam escondidos, então todos, mesmo todos, serão responsáveis pela vulgarização do Partido de Francisco Sá Carneiro.

É chegado o momento do confronto, das decisões, da disputa franca por uma liderança essencial ao futuro deste nosso País...

Portugal e o nosso destino, necessita de um PSD determinado, com um projecto alternativo, honesto e impregnado de uma esperança que devolva às pessoas, a vontade de acreditar numa alternativa credível a esta Geringonça.

Por todas estas razões, será impossível disfarçar a derrota eleitoral que o PSD sofreu, talvez a maior de todas, no entanto, poderemos olhar para este momento, como uma infindável oportunidade para reconstruir o futuro Social-Democrata...

Pois fazer pior, é impossível.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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