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Caneca de Letras

05.11.20

 

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Adormeci e acordei...

Por entre as eleições Americanas, madrugada adentro, fui me deitar sem esperança na Raça Humana, submerso por esse temor da vitória de Donald Trump.

Tanto em jogo...

Como é possível?

Não fui capaz de escrever, não o quis fazer...

Durante o dia fui ganhando coragem, na mesma medida que Biden ia ganhando força nos Estados em contagem, na mesma medida que os votos por correspondência iam dando expressão à tendência que desde o início  acreditei.

Quinta-Feira, meia-noite...

Ainda não sabemos quem será o 46º Presidente dos Estados Unidos, no entanto, Joe Biden parece cada vez mais capaz de ser o Próximo habitante da Casa Branca.

Respiro de alivio, mesmo que olhando para cada parcela de futuro com preocupação, por sentir que se higienizou uma parte de História putrefacta recentemente presente nas entranhas da Sala Oval...

Será que posso estar descansado?

Ainda não se efectivou a vitória Democrata, Biden tem 264 Eleitores, faltando 6 para o número mágico que lhe garantirá a Casa Branca...

Nevada!

Meu belo Nevada...

Será?

E se Biden virar na Pensilvânia?

O que seria?

Não vou festejar, não quero antecipar os desejos mais intensos de minha alma...

Mas olho para esse futuro com o sorriso de Nova Iorque, o solarengo olhar de Boston, a força destemida de Los Angeles, a determinação de São Francisco, a querença maior de um "novo" Arizona, a vontade de mudança de Washington.

Não vou festejar...

Mas amanhã será um novo dia!

 

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

06.12.19

 

Nancy Pelosi anunciou formalmente, esta quinta-feira, que o Impeachment Presidencial irá avançar, pedindo para que sejam redigidas as acusações que servirão de base ao processo apresentado no Senado.

Depois de ouvir vários especialistas em Direito Constitucional, parece claro para os Democratas que existem fundamentos para este impeachment a Donald Trump.

As acusações contra o actual Presidente Americano estarão sustentadas em três crimes...

Obstrução à justiça, Suborno e Abuso de poder.

O cerco aperta-se para Trump, enredado num chorrilho de trapalhadas, num continuo caminhar rumo ao abismo.

O Senado, Órgão que terá de votar favoravelmente este impeachment, para que este cenário possa ser realidade, é constituído por uma maioria de Senadores Republicanos.

Este ponto é incontestavelmente um pormaior, permitindo ao Presidente Americano acreditar numa vitoria neste novelesco capitulo.

Porém, independentemente do resultado desta votação, não se pode ignorar o imenso desgaste que todas estas situações causaram na imagem de Donald Trump, incrivelmente submerso neste tortuoso caminho.

Uma sinuosa questão deverá atormentar alguns Senadores Americanos...

Dar a Trump um voto para o salvar ou em contrapartida fazer cumprir a lei e assinalar com reprovação a patética actuação do actual residente da Casa Branca.

Veremos...

No entanto, quanto mais se escuta, mais se sabe, mais conhecemos, mais sobra a profunda convicção de um Presidente impreparado para a função, inadequado no cargo.

Enfim...

Talvez a derrota de Trump não se concretize às mãos de um qualquer adversário, em campanha eleitoral, talvez esta possa surgir entrelaçada à “estupidez” inerente ao seu próprio personagem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

09.10.19

 

Obrigado Mr.Trump...

Esta deve ser a expressão, por estes dias, dos Curdos e de todos aqueles que foram aliados Americanos na luta contra o Daesh.

De facto, esta posição de retirar as tropas Americanas que serviam de obstáculo no norte da Síria a uma invasão Turca, não passa de mais um erro primário do actual Presidente Americano.

Do ponto de vista estratégico, político e de reputação.

Do ponto de vista estratégico porque esta atitude enfraquece a posição daqueles que disputaram terreno ao antigo proclamado Estado Islâmico.

Do ponto de vista político, porque deixa a nu uma fragilidade posicional da política Americana, enquanto, pilar militar no quadro geo-político Mundial.

Do ponto de vista reputacional, pois jamais os aliados Americanos, com esta administração, voltarão a confiar nas palavras ou nas garantias destes que os abandonam, assim que deixaram de servir os “supostos” interesses dos Estados Unidos.

Uma vergonha...

Deve ser o que sentirá a cúpula militar Americana, aqueles que sendo Republicanos ou Democratas, sempre consideraram que uma medida como esta enfraqueceria o xadrez e a estabilidade naquela região.

Donald Trump, num momento em que se sentirá cercado, devido a todo o escândalo envolvendo as pressões ao Presidente Ucraniano, comete mais um erro de avaliação, mais uma tremenda trapalhada na política externa Norte Americana.

Erdogan, o Presidente Turco, aproveitou esta retirada para dar luz verde a uma ofensiva militar, no Norte da Síria, com o intuito de limpar um terreno controlado pelo exército Curdo, históricos rivais da Turquia.

E Trump...

Donald Trump continuará amarrado ao Twitter, vociferando ideias vazias, palavras avulsas, pensamentos erráticos, enquanto, o mundo assistirá incrédulo aos desmandos desse “ignorante” que mais parece um elefante numa loja de porcelanas.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

14.09.19

 

Os debates Democratas para escolher quem irá defrontar Donald Trump nas próximas eleições Norte Americanas estão agora a começar, numa disputa que se antevê dura mas com favorito anunciado...

Joe Biden, o anterior Vice-Presidente de Barack Obama, aparece em todas as sondagens como o candidato mais bem cotado para destronar Trump da “White House”.

Muitos alegam a idade de Biden como um empecilho à sua vitória, outros as gaffes, outros ainda a espiral esquerdista que invadiu o Partido Democrata, no entanto, na minha opinião, não existe ninguém com a capacidade de Joe Biden para conseguir recuperar alguma da sanidade política, perdida nos últimos anos, na Presidência Americana.

Biden representa o centro político, aquele que consegue absorver tanto o centro esquerda, como o centro direita, amarrando também, graças ao seu passado ao lado de Obama, muitos daqueles que se sentem excluídos, por entre, o discurso populista e descontrolado de Trump.

Pelo meio se encontra esse frenesim político que reina, por entre, a histeria instalada num Partido que sentindo representar o tamanho descontentamento na Sociedade Norte Americana, se perde muitas vezes em discussões fúteis, fragmentadas e que não conseguem aglutinar tantos daqueles que estão contra o actual Presidente.

Será indiscutível o cenário mais favorável para derrotar Trump, restando saber se os Democratas saberão capitalizar esse mesmo cenário, sem “fait-divers” que possam diminuir as suas possibilidades de vitória.

O facto de Joe Biden ter sido Governador em dois Estados chave na disputa eleitoral, onde Trump conseguiu, anteriormente, vencer não poderá ser considerado algo menor na equação e consequentemente factor essencial nas contas eleitorais.

Quanto a mim, mero espectador, “opinador”, não restam dúvidas ou hesitações sobre a escolha a fazer nestas primárias...

Joe Biden!

Quanto aos eleitores Democratas...

Espero que também não lhes subsista dúvida alguma.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

15.12.17

 

O resultado das eleições Americanas, para o Senado, no Alabama, trouxe consigo uma mensagem de mudança, uma surpresa inimaginável tendo em conta a história política, recente, daquele Estado.

O candidato Republicano foi derrotado nas urnas, o que já não acontecia desde 1992, passando este Estado ultra-conservador para o lado Democrata...

Esta mensagem de repúdio da política de Donald Trump, mais até, do que do Partido Republicano que sempre se mostrou renitente em apoiar Roy Moore, candidato acusado de assédio sexual a menores, vem dar um novo impulso a uma mudança que já se perspectiva em futuras eleições.

As eleições de 2018 podem confirmar esta reviravolta na política Americana, deixando definitivamente confirmado, o largo espectro de rejeição a Donald Trump.

Trump tenta a todo o custo criar manobras de distracção, como a mudança da Embaixada dos Estados Unidos de Telavive para Jerusalém, com o intuito de desviar o foco dos vários escândalos e falhanços que marcam o seu mandato.

Num tempo onde parece que o Partido Democrata está órfão de uma liderança, capaz de empreender o momento e capitalizar o desastre político e diplomático, denominado Trump, estas eleições trazem assim uma lufada de ar fresco, àqueles que acreditam num novo projecto político.

Assim fica a mensagem vinda do Alabama...

No More Trump!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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