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Caneca de Letras

13.10.18

 

O Ministro da Defesa demitiu-se...

Caiu com estrondo e em queda livre desde um qualquer estratosférico precipício espacial, sem nunca abrandar.

Tancos ameaçava vitimar a cúpula política da Defesa Nacional e dizimou...

Partindo-se agora para a esperada decapitação voluntária ou compulsiva do Chefe de Estado Maior do Exército e do seu Vice.

Azeredo Lopes azedou no cargo, não compreendendo que chegara, desde há muito, a altura de sair para não contaminar o Governo, assim como, o Exército que tutelava.

Azeredo tornou-se um componente tóxico que tardiamente se apercebeu dessa sua condição política.

António Costa voltou a cometer o mesmo erro "político" que anteriormente já havia cometido com a MAI, Constança U. de Sousa...

Digo "político" pois sou um admirador confesso dessa característica Humana, a lealdade, por vezes escassa no mundo em que vivemos, no entanto, será importante realçar que tanto num caso como no outro, a lealdade não se deve confundir com teimosia, dando a ideia que nestes dois casos, António Costa, ultrapassou essa fasquia.

A excepção a essa tamanha lealdade de Costa, terá sido no caso do Ministro da Cultura, João Soares, com o Primeiro-Ministro a aceitar essa demissão após o primeiro deslize...

Até a lealdade do mais "teimoso" dos políticos tem o seu limite.

Nesta aventura desventurada em que se transformou o período de Azeredo Lopes, como Ministro da Defesa, sobrará um retrato medíocre e amador das estruturas militares deste nosso País.

Fica um cheiro a máfia e encobrimentos, de magia ou ilusão...

E é aqui que me recordei de Luís de Matos.

Porque não?

Se ninguém sabe quem roubou ou quem encobriu...

Se temos armas que nunca apareceram e outras que apareceram sem nunca terem existido...  

Se calhar mais do que força política o próximo Ministro deveria, na minha opinião, ter capacidades de magia, não só para descobrir o que aconteceu, como para compreender como aconteceu.

Uma novela Mexicana com um "Azedo" final.  

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

02.07.17

 

A sério?

Buracos na rede??????

Câmaras de vigilância avariadas há dois anos???????

Horas a fio, sem rondas efectuadas por militares aos paióis de armamento???????

Na realidade, este é talvez um dos acontecimentos mais graves que aconteceram nos últimos anos em Portugal, com repercussões absolutamente desconhecidas neste mundo atual em que hoje nos encontramos.

Como poderemos garantir que este material militar não possa cair em mãos terroristas e ser utilizado num atentado qualquer, por essa Europa a fora?

Ainda para mais quando jornais Espanhóis garantem que o número de armas roubadas em Tancos, ultrapassou em muito, aquele que foi inicialmente avançado pelas estruturas do exército...

O que fica desta história não é apenas a imensa vergonha inerente à incompetência espelhada pela dimensão deste roubo, é também a confirmação absoluta da incapacidade do Estado para gerir a segurança dos seus cidadãos.

Muitos dirão que este facto foi provocado pelos cortes efetuados nos últimos anos nas forças militares Portuguesas e eu até o posso aceitar, mas ao mesmo tempo, custa um pouco aceitar que com tamanhos cortes de sucessivos Governos, ninguém na hierarquia militar tenha sentido a necessidade de alertar para o estado em que se encontrava o nosso exército, ou seja, sem condições para garantir a segurança do seu próprio armamento.

Se não conseguimos guardar uns paióis de armas, o que dizer do resto.

Os políticos continuarão o seu trabalho, cavalgando noticias mediáticas, abrindo os telejornais e rasgando as suas vestes diante dos espetadores, numa tentativa de conquistar a opinião pública, no entanto, antevejo o mesmo resultado de sempre...

Nada!

Assim ficamos todos a saber que em Tancos, o quilo de armamento é o mais barato da Europa...

É de borla!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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