01.08.19
Não percebo nada de audiências...
Dessas batalhas televisivas em busca de uma mirifica liderança capaz de trazer mais publicidade, mais dinheiro.
Neste novo cenário televisivo, a SIC roubou o protagonismo que há muito estava nas mãos da TVI, numa estratégia arriscada mas carregada de esperança, desenhada por Daniel Oliveira.
Esta estratégia passava pela contratação da maior estrela cá da aldeia, Cristina Ferreira, e assim desferir um golpe certeiro no Canal da Média Capital...
Um plano bem gizado, coroado de sucesso.
Ao fim de mais de uma década, a SIC conquista a liderança generalista pelo 6 mês consecutivo, algo inédito desde o início deste século.
Fala-se agora na mudança de canal de Ricardo Araújo Pereira, outra das estrelas da TVI, aquela que será a mais cintilante do canal de Queluz.
Se for bem conseguida será um golpe tão ou mais arrasador do que a contratação da “Princesa” da Malveira.
E a TVI?
Como irá responder?
As mudanças começam a ser divulgadas com uma dança de lugares na estrutura directiva do canal, onde salta à vista a saída de Bruno Santos para a entrada de Felipa Garnel...
A sério?
Sinceramente não contesto a saída de Bruno Santos, exausto após estes meses de derrotas e sem conseguir encontrar respostas para o terramoto que se abateu para os lados da antiga televisão da igreja, no entanto, a escolha para o seu lugar é no mínimo redutora, escassa, fraquinha.
Felipa Garnel não tem “estaleca” nem experiência para uma batalha desta envergadura, um caminho de pedras que se antevê dificílimo.
Enfim...
Aqui ficam umas dicas de um escrevinhador, absolutamente leigo na matéria, mas carregado de um esperançoso bom-senso.
Se é para entrar nesta batalha, seriamente, o primeiro passo terá de ser garantir a continuidade de Ricardo Araújo Pereira e intensificar o seu papel dentro do canal, talvez alargando a sua intervenção no dia a dia da “nova” TVI.
Tentar infligir à SIC o mesmo tipo de dor que esta tentou e conseguiu infligir na “velha” TVI...
Trazer para a direcção geral de programas Daniel Oliveira e com isso virar o “momentum” vivido para os lados de Paço de Arcos.
Contratar para as manhãs da TVI alguém que possa rivalizar, seriamente, com Cristina Ferreira, mesmo que no inicio possa parecer difícil, num novo formato, refrescando o day time.
Esse nome poderia ser Tânia Ribas de Oliveira.
Não esqueceria nomes como Filomena Cautela ou Herman José para um Late Night televisivo, trazendo inovação e modernidade ao canal, e na ficção resgataria a Gabriela Sobral dessa sua imposta pré-reforma maternal, apostando na recuperação da liderança do prime time.
Quem se recorda como era o desempenho das novelas da SIC antes da chegada de Gabriela Sobral ao canal, e como o seu trabalho marcou um ponto de viragem na ficção de Carnaxide.
Se pudesse opinar sobre a TVI 24, apenas daria um conselho...
Contrataria o Bernardo Ferrão para a liderança do canal de cabo da Média Capital, dando carta branca para que este pudesse renovar e inovar sem medo.
Por fim, daria a direcção desportiva ao Pedro Pinto da Eleven Sports, afastando os bacocos comentadores “peixeiras” da antena.
Tanta coisa e ideias de alguém que não percebe nada disto...
Só havia uma coisa que não faria:
Entregar a liderança da TVI generalista à queridíssima Felipa Garnel.
Veremos quanto tempo durará.
Filipe Vaz Correia