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Caneca de Letras

21.07.17

 

Os Venezuelanos estão presos num espaço temporal, espécie de vazio histórico, que os destrói, esventra a sua dignidade, a esperança que deveria naqueles jovens habitar.

Ninguém tem dúvidas sobre a miséria que grassa pelos quatro cantos da actualmente triste Venezuela, ninguém desconhece o descontentamento de uma esmagadora parte da sua população em relação ao regime Comunista vigente naquelas terras...

Ninguém ignora o sofrimento, desespero que deve invadir aqueles que à noite olham para os seus jovens filhos e imaginam o vazio que os espera, num futuro inexistente desenhado pelas mãos ignorantes dos seus governantes, num destino que sabem ausente.

No entanto, uma questão grita ao mundo, através dos ventos que chegam retratando aquele drama:

O que estão a fazer aqueles que deveriam proteger a Nação?

O que faz este exército, insanamente ao lado de Maduro?

Dir-me-ão que a cúpula militar Venezuelana, está ao lado de Nicolas Maduro pela maneira corrupta como este lhes permite traficar petróleo, drogas, armas, enfim um pouco de tudo...

São-lhe leais pois aqueles que comandam as Forças Armadas Venezuelanas, foram lá colocados por ele, sendo sabido que nunca o haveriam conseguido, caso este regime corrupto e demagogo não tivesse existido.

Aceito esta explicação, compreendo-a, até acredito que possa ser a mais correcta, no entanto, o exército não é feito de Generais, é feito de soldados, de gente, de homens...

Homens com família, amigos, pessoas comuns que vivem certamente o drama destes milhões de Venezuelanos, aprisionados à vontade de um homem que falou com um passarinho, ou melhor, com Hugo Chavez.

Esta falta de sentido, de esperança evidente é que precipita a certeza daqueles que não encontram outro caminho que não o de desafiar as balas vermelhas, dos Algozes Marxistas e Bolivarianos.

E neste impasse desesperante, definhando o grito popular, resta aguardar que a história reponha a vontade das gentes, o desejo daqueles que reclamam o seu direito, a ter um futuro.

Um futuro para a Venezuela...

Um Bem-Haja.

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

15.07.17

 

O comunicado do PCP de apoio à Revolução Bolivariana e consequentemente a Nicolas Maduro, seria apenas vergonhoso, senão fosse também ele, um punhado de hipocrisia e cinismo...

Pensemos o que diria este mesmo Partido se o regime de Maduro, fosse um regime de Direita, com a mesma repressão, ausência democrática ou até o mesmo desrespeito pelas regras básicas Internacionais?

Imaginem...

Sob a capa da modernidade ou o lado cool da coisa, envolvidos até na outrora inacreditável Geringonça, o PCP tende por vezes em disfarçar a sua verdadeira face, dando um ar humanista à palavra política, ao aparente desenvolvimento das suas ideias, no entanto, é em momentos como este que o disfarce cai, a palavra volta a ganhar importância e o cariz ditatorial volta a reaparecer por debaixo da foice vermelha comunista.

O PCP é isto e sempre o será.

Os Comunistas alegam neste infame comunicado que o povo Venezuelano está a sofrer às mãos de um plano externo e golpista, que ameaça o povo daquele País, assim como, os emigrantes Portugueses...

A sério?

Dizem ainda que:

Se trata de uma contra ofensiva imperialista para travar os avanços e conquistas progressistas, que os Governos como o de Maduro conquistaram em toda a América Latina...

Conquistaram?

Reafirmam ainda, PCP, a sua solidariedade para com o povo Venezuelano e o Governo de Nicolas Maduro...

Bem aqui a coisa parece mais grave, pois nesta confusa expressão, efetivamente o PCP tem de escolher um lado:

Ou o lado do Governo de Maduro ou o do povo Venezuelano, pois torna-se bem evidente que não se encontram no mesmo lado da barricada, nesta luta onde apenas a oposição busca a democracia.

Estes pequenos pormenores revelam a verdadeira essência comunista, aquele ressentimento disfarçado mas intensamente presente, desde que o colapso Soviético os deixou perdidos no novo mapa mundial...

Por vezes, esquecem-se deste pormenor ou pormaior e regressam aos tempos em que calar, silenciar, amordaçar, prender, reduzir o povo à sua dimensão menor, se chamava revolução progressista.

Felizmente para todos nós, a informação voa nos dias que correm e todos sabemos sem margem para dúvidas que aquilo que este comunicado Comunista apoia, é apenas um pequeno ditador, um demagogo sanguinário, um regime que certamente lhes deixa saudades de um tempo, de um muro, de um vermelho mundo que já ruiu...

Mais uma vez escrevo:

Felizmente!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

  

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