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Caneca de Letras

26.09.19

 

Já tudo é possível...

Parece que os Democratas resolveram avançar para um impeachment ao actual Presidente Americano, a pouco mais de um ano das eleições Presidenciais nos Estados Unidos.

Parece-me uma estratégia, absolutamente, despropositada, até porque poderá contribuir para uma postura de vitimização de Donald Trump, assim como aconteceu no caso da interferência Russa nas anteriores eleições.

Estes casos necessitam de provas, não de supostos rumores, pois caso contrário acabam por desmerecer aqueles que instauram este tipo de processos.

A Casa Branca, pressionada por todos os lados, divulgou a transcrição da conversa de Donald Trump com o seu homólogo Ucraniano, com ênfase na parte da conversa que envolve a família Biden.

Trump pede, “inocentemente”, para que o Presidente Ucraniano saiba se certos rumores, sobre o filho de Joe Biden e seus negócios, são verdadeiros, alegando que os “Estados Unidos” precisam de saber tudo sobre estes alegados actos.

Esta intrusão de Trump, sobre um seu adversário político, mais do que um acto reles, que o é, simplesmente ratifica todas as suspeitas sobre a sua falta de conduta moral no exercício do cargo...

Deixa desnudada a falta de pudor ético do Presidente Americano, disposto a tudo para levar adiante a sua vontade, os seus intentos, a sua “verdade”.

Independentemente de tudo isto, considero um erro político o pedido de Impeachment, pois considero que isto deixará margem de manobra a Trump para que este cerre fileiras, por entre, a sua base de apoio, nesse papel de vitima que tão bem lhe assenta.

A tão pouco tempo de eleições, o caminho Democrata deveria ser carregar a sua revolta neste pormenor, pormaior, amarrando este escândalo a todos os momentos, em todos os pontos, por todo o lado...

Sem Impeachment’s mas com uma desmedida indignação.

Acho que seria mais “mortal” para Trump, para o seu julgamento na opinião pública e opinião publicada.

Excepto, claro, a Fox News.

De uma coisa estou certo...

Este Presidente Americano é um despudorado populista, algo que outrora se chamava de mentiroso.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

14.09.19

 

Os debates Democratas para escolher quem irá defrontar Donald Trump nas próximas eleições Norte Americanas estão agora a começar, numa disputa que se antevê dura mas com favorito anunciado...

Joe Biden, o anterior Vice-Presidente de Barack Obama, aparece em todas as sondagens como o candidato mais bem cotado para destronar Trump da “White House”.

Muitos alegam a idade de Biden como um empecilho à sua vitória, outros as gaffes, outros ainda a espiral esquerdista que invadiu o Partido Democrata, no entanto, na minha opinião, não existe ninguém com a capacidade de Joe Biden para conseguir recuperar alguma da sanidade política, perdida nos últimos anos, na Presidência Americana.

Biden representa o centro político, aquele que consegue absorver tanto o centro esquerda, como o centro direita, amarrando também, graças ao seu passado ao lado de Obama, muitos daqueles que se sentem excluídos, por entre, o discurso populista e descontrolado de Trump.

Pelo meio se encontra esse frenesim político que reina, por entre, a histeria instalada num Partido que sentindo representar o tamanho descontentamento na Sociedade Norte Americana, se perde muitas vezes em discussões fúteis, fragmentadas e que não conseguem aglutinar tantos daqueles que estão contra o actual Presidente.

Será indiscutível o cenário mais favorável para derrotar Trump, restando saber se os Democratas saberão capitalizar esse mesmo cenário, sem “fait-divers” que possam diminuir as suas possibilidades de vitória.

O facto de Joe Biden ter sido Governador em dois Estados chave na disputa eleitoral, onde Trump conseguiu, anteriormente, vencer não poderá ser considerado algo menor na equação e consequentemente factor essencial nas contas eleitorais.

Quanto a mim, mero espectador, “opinador”, não restam dúvidas ou hesitações sobre a escolha a fazer nestas primárias...

Joe Biden!

Quanto aos eleitores Democratas...

Espero que também não lhes subsista dúvida alguma.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

09.01.18

 

A saúde mental de Donald Trump volta a estar nas luzes da ribalta, por estes dias, devido à sua inaptidão para cantar o Hino Nacional durante um jogo futebol universitário, entre o Alabama e a Geórgia.

As redes sociais agitaram-se com vários internautas a clamarem a sua preocupação, diante dos mais variados indícios de instabilidade emocional do Presidente Americano.

Esta noticia, certamente preocupante, acrescenta um pedaço de drama a um folhetim que balança entre o cómico de inusitadas situações e o trágico de ser este homem o Presidente da mais poderosa nação militar mundial.

Donald Trump, na minha modesta opinião, não sofre de nenhum problema relacionado com a demência, ou outro tipo de doença degenerativa mental, apenas revela com o passar do seu mandato e a inerente exposição pública, sem rede, as várias facetas de personalidade, que sempre o definiram.

Não se pode pedir a Donald Trump para ser algo que nunca foi, para se mostrar um estadista, quando nunca passou de uma personagem de Reality Show, instável e irascível, inculto e boçal...

Esta mistura, meio efervescente, constitui parte dos alicerces de carácter, carácter é um expressão demasiado ousada para caracterizar a pessoa em questão, no entanto, a surpresa que muitos observadores têm demonstrado, em relação ao comportamento de Mr. Trump, mais do que definir algo sobre a sua saúde mental, revela antes o desconhecimento e impreparação dos mesmos.

Trump foi assim ao longo do seu caminho como empresário, veja-se as polémicas ao longo dos anos, foi assim durante a campanha que o levou à Casa Branca e não iria deixar de ser assim enquanto Presidente.

Apenas isso e não mais do que isso.

Acredito que Trump poderá ser derrotado em novas eleições, ou através das várias investigações em curso, sobre a sua campanha, os seus negócios, as suas ligações à Rússia, entre outros casos...

Mas não acredito que o seja por alegados problemas de saúde mental.

Trump não é demente, é apenas inculto, ignorante e boçal...

E isso é mais do que suficiente para justificar as suas imensas boçalidades.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

03.07.17

 

Nunca pensei escrever tal coisa mas parece-me factual que a eleição de Donald Trump significou para a Europa uma oportunidade, algo positivo, importante, determinante...

A Presidência Americana, envolvida numa espécie de jardim infantil desde que Trump foi eleito, tem perdido preponderância e influência no mundo devido às atitudes irrefletidas desta administração, desvirtuando assim, aquele sentimento de admiração com que muitos Países olhavam para a terra das oportunidades.

Este impasse Americano, assustou inicialmente muitos dos seus aliados, muitos dos que se habituaram a olhar para os Estados Unidos como o País líder das democracias, da suposta liberdade democrática, no entanto, este facto aliado ao tão temido Brexit, não provocou as radicalizações esperadas nas eleições subsequentes no continente Europeu...

Os extremos não venceram em Espanha ou França, não aglutinaram na Holanda ou até mesmo na diminuta vitória, de uma nova radical envergonhada, como a Senhora May.

A Europa e a União Europeia começaram a mudar, entendendo provavelmente que esta seria a única forma de poder travar os extremismos e os errantes sinais vindos do outro lado do Atlântico...

Até a China demonstrou com a sua posição de força, após o abandono Americano do acordo de Paris, entender o seu papel neste novo cenário e também ela aproveitar a falta de comparência que advém da inoperância de pensamento de um Presidente mais interessado em entreter do que em governar.

Assim neste inovador momento geopolítico, um lado positivo parece se impor por entre as piadas e gaffes de Donald Trump:

A esperança de uma Europa mais unida, mais interventiva, melhorando efectivamente aquilo que parece a América ter abandonado...

A realidade!

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

29.04.17

 

E já se passaram 100 dias desde que Donald Trump foi eleito Presidente dos Estados Unidos...

Dias carregados de comédia, pincelados com algum drama, inerente à imagem abrutalhada desta nova administração.

As promessas feitas em campanha, tornaram-se difíceis de concretizar, as palavras fortes ficaram-se por tweets desajeitados, ao sabor do humor de cada dia...

Numa recente entrevista à Reuters, Trump admitiu que tem saudades da sua anterior vida, antes da Casa Branca...

Parece que o mundo, também tem saudades desse tempo.

Disse ainda o actual Presidente Americano, que achava que seria mais fácil exercer o cargo...

A sério?

Estas afirmações revelam-nos a impreparação deste homem para o exercício do cargo Presidencial, mas também a espécie de reality show em que se transformou o mais importante lugar do mundo.

Assim se poderá compreender como não conseguiu substituir o Obamacare, algo que se comprometeu a fazer nos dias seguintes a tomar posse, ou porque razão em 100 dias escreveu quase mil tweets na sua conta, à ordem de quase 10 por dia, ou até o motivo pelo qual o desempenho económico Americano, tenha retrocedido para níveis não vistos nos últimos três anos.

O grandes feitos de Trump são bélicos, como por exemplo, ter lançado a Mãe de todas as bombas no Afeganistão, ter ordenado um ataque ao Iraque, perdão Síria, enquanto comia um bolo de chocolate, ou a tensão emergente com o Governo da Coreia do Norte.

E passados 100 dias, atormentados pela instabilidade psicológica do actual Presidente Americano veremos até onde poderá chegar o confronto entre as promessas e a realidade de Donald Trump...

Para bem de todos, que a realidade possa superar as impreparadas promessas eleitorais.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

 

31.03.17

 

O cerco a Donald Trump adensa-se e à estrutura que o acompanhou rumo à Presidência dos Estados Unidos da América...

A investigação levada a cabo pelo FBI, sobre as ligações entre a entourage de Trump e a Rússia de Putin, para concertar estratégias com o propósito de manipular as eleições, começa a dar resultados e mesmo aqueles que ceticamente olhavam para esta possibilidade, vão se calando e aguardando o seu desfecho.

Ninguém parece já questionar o nível de envolvimento do Kremlin em todo este processo, faltando agora compreender até onde foi possível ir, nesta interferência sem precedentes, e o quão concertado com os homens de Trump estava.

O General Flynn, demitiu-se da administração Americana, depois de ter ficado provado, as reuniões que manteve durante a campanha eleitoral com altos quadros Russos, levantando assim a ponta de um icebergue, que talvez possa derrubar o actual Presidente Americano.

Flynn, através dos seus advogados, já veio dizer, que está disponível para falar...

Melhor, deseja falar.

Mas que em contrapartida necessita de garantir uma imunidade neste processo, que o possa resguardar de qualquer crime cometido no decorrer desta história.

Ora bem, só este pedido, já denuncia o que se esconde por trás das palavras não ditas, do General Flynn...

O terramoto que poderá acontecer, aquando dessas revelações, certamente poderá mudar um pouco mais, a percepção das pessoas, do já de si agitado mandato presidencial, deste impreparado Presidente.

Trump acossado e até isolado mesmo no seio do seu partido, como se viu na votação para a substituição do Obamacare, tende a responder sem nexo, através de tweets exasperantes e buscando sem razão as bruxas que na sua mente, o perseguem sem fim...

Talvez com este processo, Trump consiga finalmente perceber, que as bruxas sempre estiveram ao seu lado, falam russo e o levaram até à Casa Branca.

A diferença é que agora já todos o sabem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

14.03.17

 

O mundo delirante em que vive a administração Trump, já não surpreende ninguém, nem Republicanos ou Democratas, Americanos ou Estrangeiros, julgo mesmo que nem a eles próprios...

No entanto nestas últimas semanas temos assistido ao ridículo absoluto, como este novo facto alternativo de que o anterior Presidente, Barack Obama, teria posto sob escuta a Trump Tower, para poder espiar os passos da campanha de Donald Trump.

Seria gravíssimo, caso existissem provas que o  pudessem comprovar, tão estúpido movimento de Obama, pondo em causa toda a credibilidade granjeada ao longo dos oito anos em que presidiu aos destinos daquele país.

No entanto, a gravidade existente neste caso é apenas, e digo apenas, porque começa a ser habitual, a duvidosa incapacidade psíquica não só do actual Presidente Trump, como mesmo da equipa que o acompanha...

Para acrescentar ridicularidade a esta cena caricata, as palavras de Kellyanne Conway, que afirmou, no programa Good Morning America, não existir de facto provas para estas penosas insinuações, mas que não seria estranho que escutas pudessem estar montadas, por exemplo no micro-ondas...

Sim...

No Micro-ondas!

Bem, estamos de facto perante uma realidade alternativa, numa viagem alucinante pelos delírios desta administração, que se torna cada vez mais, numa espécie de comédia quotidiana, alimentada por alguns média de duvidosa credibilidade, mas que verdadeiramente ameaça desestabilizar, todas as estruturas cimentadas ao longo de décadas, naquela que é para muitos, a maior e mais importante democracia mundial.

Num tempo em que surgem pequenos populistas ou déspotas, eleitos ou em campanhas demagógicas, como por exemplo o Presidente Turco Reçep Erdogan, nunca será demais pensar, como se torna frágil para o mundo Ocidental, ter este tipo de liderança, num imenso país como os Estados Unidos.

Preocupações à parte, fui imediatamente ligar o meu micro-ondas, aquecer uma bela feijoada, na expectativa de perceber se por alguma razão, alguém poderia estar interessado em me escutar...

Mas a feijoada aqueceu, o micro-ondas parou, e nada.

Mas se por acaso eu fosse o Sócrates, temeria usar o micro-ondas, pois nunca se sabe como e quando podemos estar a ser escutados.

Enfim e assim continua a cómica caminhada, deste novo tempo, feito de factos que para além de alternativos, começam a ser apenas estúpidos.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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