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Caneca de Letras

30.01.18

 

Esta Terça-Feira todos os olhos estarão postos no Parlamento Catalão, para a tomada de posse do novo Governo da Catalunha...

E uma pergunta se impõe:

Onde estará Carles Puigdemont?

As fronteiras estarão controladas, todos os carros vistoriados, todas as chegadas a aeroportos vigiadas...

Tudo está a fazer o Estado Espanhol e o seu Governo central para impedir qualquer possibilidade de uma surpresa Independentista, no entanto, independentemente de todos estas condicionantes, importa saber que decisão tomará o anterior Presidente da Generalitat.

Puigdemont, exilado em Bruxelas, está confrontado com a decisão judicial que o impede de tomar posse à distancia.

No meio de um turbilhão, que há muito consome a Catalunha, nesse impasse constrangedor, aumenta a esperança de uns, nervosismo de outros, para finalmente entender, até onde estará disposto a ir aquele que supostamente lidera a causa Independentista.

Se Puigdemont estiver presente ou for preso tentando comparecer a esta cerimónia, acredito que este facto acabará por legitimar a alma daqueles que sonham com uma Catalunha independente, martirizando nesse acto, o grito libertador de Milhões.

Caso Puigdemont permaneça em Bruxelas, aprisionado por entre recursos e explicações, julgo que esmorecerá a velha causa, num misto de cobardia que contrastará com aqueles que ficando em terras Catalãs, não temeram o cárcere, em nome de uma luta maior.

Por todas estas razões, razões estas alicerçadas na importância de tal momento, mais do que nunca, importará saber...

Onde estará Carlos Puigdemont?

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

31.10.17

 

Carles Puigdemont reapareceu....

Numa sala em Bruxelas, Clube de Imprensa, repleta de profissionais tentando encontrar respostas para as interrogações criadas, pela suposta fuga do anterior Presidente da Generalitat Catalã.

O que se poderia esperar?

Teria pedido asilo político?

As suas palavras são a constatação daquilo que ontem em surdina, muitos anteviam:

Cobardia!

Puigdemont vem a esta conferência de imprensa, dizer que não está ali para pedir asilo político, mas sim porque temeu pela sua segurança em Espanha, devido à actuação do Governo de Madrid...

A sério?

Diz ainda que terá em Bruxelas uma maior capacidade e liberdade, para poder intervir e que só regressaria a território Catalão, caso lhe dessem totais garantias de segurança.

Claro que sim, Senhor Puigdemont.

Na verdade, já não se fazem líderes nem revolucionários como antigamente, pois numa Era do mediatismo, conseguimos descobrir facilmente, os ratinhos que querem ser leões...

Sem nunca deixarem de ser ratinhos.

Puigdemont garantiu a sua fuga, no meio de um sem número de desculpas, esquecendo os milhões de apoiantes que acreditando na Causa que ele representava, ali ficaram presos, entre o sonho realizado e a inacabada vontade de o concretizar.

Serão muitos os jovens e velhos, cidadãos dessa Catalunha que ousaram gritar Independência, mas que agora  não terão a sorte de Carles Puigdemont, sendo assim obrigados a conviver com as consequências de tais actos.

Assim pouco importa saber se pediu asilo ou fugiu...

Foi simplesmente, um cobarde.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

11.10.17

 

Todos aguardavam as palavras de Carles Puigdemont no Parlamento da Catalunha, temendo-se uma Declaração Unilateral de Independência que acabasse por agudizar os ânimos, estreitando ainda mais o sinuoso caminho, que parece ensombrar os destinos da velha Espanha.

A surpresa ficou reservada para o tom moderado e esclarecido com que o Presidente da Generalitat, resolveu estender a mão ao Governo Central, procurando um suposto entendimento, ou pelo menos, simulando-o...

Para esta atitude muito terão contribuído as reacções internacionais, a fuga de empresas e capitais, deixando no ar um ameaçador isolamento.

Puigdemont falou no Parlamento da Catalunha para o mundo, para aqueles Catalães que se opõem a este grito libertário mas também, não menos importante, para os Espanhóis espalhados pelas mais variadas regiões Autonómicas...

Tentou passar uma ideia de ponderação, de abertura e equilíbrio, reforçando a fé numa Nação Catalã, ao mesmo tempo, que tentava através desta surpreendente moderação, conquistar a opinião pública e credibilizar a sua causa.

O que fará Rajoy?

Que resposta chegará de Madrid?

Este é um tempo vital para a unidade de Espanha, e será essencial para essa mesma unidade, a forma como Mariano Rajoy e o Governo Espanhol, resolverem actuar a partir daqui...

Na minha modesta opinião, é importante aproveitar esta bipolaridade da Generalitat Catalã, para empreender uma espécie de diálogo que aproxime, ou seja, deixe a percepção em todos de que ainda será possível encurtar diferenças, fazendo renascer um processo Autonómico na Catalunha, há muito adiado.

Se Rajoy não o conseguir fazer, voltando a desperdiçar uma oportunidade para desarmar este discurso bipolar das Autoridades Catalãs, então, talvez seja mesmo difícil voltar atrás...

Por agora, surpreendentemente, parece que ainda será possível.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

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