03.01.17
Vejo agora, as faces da minha meninice;
O olhar, a ternura, a expressão,
O cantinho de cada traquinice,
Própria de um livre coração...
Nada me escurecia a alma;
Esplendorosa parecia a minha mente,
Pois apenas o carinho e a calma,
Recebi desde o ventre...
Lugar esse que busquei toda a vida;
Por preguiça ou segurança,
Mas sempre de forma sentida,
Sentindo essa perdida esperança...
O menino de sua mãe;
Perdeu o seu abrigo,
Escapou-lhe aquela lágrima,
Sobrou-lhe o medo antigo...
Ninguém poderá pedir;
Que o meu coração pare de chorar,
E que deixe de sentir,
A falta do teu lugar...
Todas as noites olho para o céu;
À procura de um sinal,
Que por detrás daquele véu,
Descubra um teu postal...
Que perdido me senti;
Ao ver-te desaparecer,
Restando-me te descrever,
Até esse dia em que morrer...
Assim irei continuar;
Poema atrás de poema,
A celebrar o teu amar,
A decifrar o teu teorema...
Obrigado com ternura;
É o que sempre te irei dizer,
Por me guiares nesta aventura,
Que sem ti, é viver!