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Caneca de Letras

22.05.22

 

Fugi de mim mesmo;

arrepiado de medo

num segundo, segredo,

noutro instante o reflexo temido.

 

Já não sou a voz que ecoa

nem o menino que existiu

sou apenas a amálgama que sobrou

de tanto que prometeu...

 

Mas sobra em mim o tamanho de esperança;

desse querer desmedido,

das promessas falhadas

em tantas quedas de água.

 

Em tua mão prometi me perder

e aqui estou...

a cumprir cada folha desse ramalhete

em cada peça do alfabeto.

 

Viva o agora;

o nunca, o ausente

entrelaçarei cada parte de mim

nesse rendilhado de imagens

que perdurará...

 

Perdurará em cada partícula de nós.

 

Porque mesmo que o amanhã se ausente;

jamais nos tirarão a memória.

 

 

31.08.19

 

Parece que José Sócrates irá usar o Jornal Expresso, deste sábado, para se indignar contra aquilo que sente ser um desprezo da parte do PS e de António Costa pela História do Partido, com particular atenção ao seu Governo de maioria absoluta.

Sócrates desabafa, por entre linhas, contra o que deverá sentir como uma traição de alguém que lhe sendo próximo, se afastou tacticamente.

Sócrates recorda a passagem de Costa pelo seu Governo, como número dois, recordando ainda a sua escolha para a Presidência da Câmara de Lisboa.

No meio de tanto ressentimento, Socrático, importa referir a parte de razão que assiste ao antigo Primeiro-Ministro, neste caso.

Não discuto o papel de Sócrates, enquanto Governante, já foi amplamente discutido, nem o seu papel do ponto de vista judicial, está neste momento em julgamento, apesar da convicção que sobrevive em todos aqueles que vendo de fora, sentem os meandros de tamanhas incongruências.

Enfim...

Costa que tantas vezes na Quadratura do Círculo fez saber da imensa amizade que o ligava ao anterior Primeiro-Ministro Socialista, foi dos primeiros a saltar para longe deste, quando o mesmo se tornou tóxico, num gesto taticista, próprio de sobreviventes capazes de tudo para se manterem à tona de água.

Julgo que os ratos se comportam da mesma maneira.

Sócrates está ressentido, talvez com razão, observando este reinado Socialista, intensamente obcecado em reescrever a História...

Por essa razão este artigo de Sócrates é importante, quanto mais não seja, para recordar a António Costa que a História não se reescreve, a não ser de forma rasurada, rasuradamente hipócrita.

E assim, entre amigos, cada um continuará certo da sua “verdade”, sendo que caberá aos Portugueses estarem atentos ao que dessa verdade resulta, como desenho comportamental e de carácter...

De Sócrates já se espera tudo, convém compreender o que se poderá esperar do sempre bonacheirão Costa.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

 

 

 

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