27.09.23
Nesta terça-feira assisti estupefacto a uma situação indescritível, a agressão por dois ou três tresloucados elementos ao Ministro do Ambiente Duarte Cordeiro.
Sei bem que os tempos são diferentes, no entanto, normalizar este tipo de atitudes apenas nos levará para um caminho de absoluta anarquia e selvajaria.
Admito a crise climática, assim como outras, neste tempo actual, aceito a urgência da questão e até o fervor com que alguns desejam debater a situação...
Porém aceitar que duas criaturas invadam um auditório para agredir o convidado da sessão sem que isso nos leve a uma indescritível reprovação parece-me inacreditável e um sintoma de quão insana está a sociedade.
Duarte Cordeiro esteve irrepreensível, demonstrando uma capacidade para normalizar o momento e desprove-lo de questiúnculas, recolocando as senhoras no seu devido e menor lugar.
O comportamento do Ministro não deve, no entanto, retirar a gravidade da ocasião e a respectiva punição que deverá pender sobre as ditas energúmenas, acentuando a faceta abstrusa daquele momento.
Sou intransigente com radicais venham eles da extrema direita ou da extrema esquerda, sejam eles, os agressores, barbudos Skinheads ou meninas angelicais em frenética histeria.
Uma profunda repugnância e ao mesmo tempo uma imensa admiração...
Repugnância para com as histéricas "talibãs", admiração para com o Ministro que soube manter a compostura e dar uma surpreendente dimensão de Estado a um momento lamentável.
Nota mais para Duarte Cordeiro.
Filipe Vaz Correia