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Caneca de Letras

11.03.19

 

A HBO lançou um documentário sobre Michael Jackson e os seus alegados crimes de pedofilia...

Admito que ainda não vi o dito documentário, no entanto, não posso ignorar toda a agitação que o mesmo gerou, com reacções imediatas e estrondosas.

Rádios, personalidades, imprensa escrita, opinião pública e até os Simpsons não escaparam às ondas de choque...

Michael Jackson, há muito, que se viu acusado deste tipo de crimes ou boatos que tantas vezes assombraram o génio, na sua personna publica, porém ao invés de outros momentos, este documentário tem a credibilidade da HBO e não a de um pasquim como o News Of The World ou de outro tablóide qualquer.

Sou um admirador confesso do Artista, da sua obra, pois faço parte da geração que cresceu com a genialidade de Billie Jean, Thriller, Bad, We Are The World, Black or White, entre tantos outros êxitos que se entrelaçaram, por entre, os destinos de todos nós.

Mesmo sendo o depoimento, dos mesmos jovens que o acusaram, anteriormente em tribunal, local onde foi absolvido, o que parece sobressair deste documentário é a força da acusação, a credibilidade e crueza dos crimes imputados.

E é aqui que se contorce o jovem que fui, e se indigna o homem que sou...

É aqui que me amarra a indignação, olhando para um "monstro", ao mesmo tempo, que se recusa a aceitar o menino que tantas vezes cantou as suas músicas, ouvindo o meu Walkman, imitando passos e gestos.

De uma coisa tenho a certeza, não se pode apagar a obra genial produzida por Michael Jackson, obra essa que marca e marcará gerações e artistas, no entanto, caso sejam verdade as acusações sustentadas neste documentário, será difícil imunizar a genial obra e separar a mesma dos monstruosos pecados do seu autor.

A questão permanece...

Génio ou Monstro?

Se calhar, infelizmente, um pouco dos dois.

 

 

Filipe  Vaz Correia

 

 

11.11.17

 

Tenho a Gal Costa a cantar perto de mim, muito perto de mim...

Não consegui ir ao concerto desta cantora, que invade as minhas memorias, as memorias daqueles que um dia me pertenceram, as memorias daqueles que desconhecendo, um dia me pertencerão.

Gal é tudo isso e muito mais.

Gal é Brasil e Portugal, Lusofonia e tempestade, sonho e intemporalidade, harmonia e desafio...

É um pedaço de Caetano e Bethânia, é parte de Simone e Jobim, é Vinicius e Drummond.

Gal Costa é Cazuza se despedindo das areias de Copacabana, é favela no Leblon ou o  Maracanã no calçadão...

Gal Costa é aquela voz que abraça o Brasil e o liberta pelo mundo, é o vento que esvoaçando se recorda do Lusitano grito, de seus Avós.

Tem no sangue esse Brasil intemporal, esse eterno Portugal, esse mar, essa chuva, esse oceano sem fim.

Tenho a Gal Costa a cantar perto de mim, muito perto de mim...

E o meu coração, timidamente, não pára de suspirar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

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