Ronaldo deslumbrou neste primeiro jogo de Portugal, desmontando com classe a defesa Espanhola, enfrentando como só ele pode fazer, os incontáveis desafios que se dispuseram diante desta nossa Nação de Futebol.
A sua presença, mera presença, inquieta e atormenta, faz hesitar e tremer, mexe com o jogo...
Três golos, simplesmente três.
Ronaldo é isto mesmo, uma combinação de sorte com destino, de trabalho e talento, de generosidade e perfeccionismo, num desesperante encontro com o Olimpo dos Deuses do Futebol.
Sem Ronaldo seria impossível a esta Selecção enfrentar uma equipa como a Espanha, com a sua posse de bola, com o poder ofensivo que durante largos minutos nos amarrou, sem fim...
Só que nós temos o Melhor Jogador do Mundo.
Simplesmente isso.
O primeiro de penalty, o segundo num frango monumental e o terceiro...
Meu Deus!
O terceiro de uma genialidade só ao alcance de poucos, numa recordação da minha imberbe infância, fechar os olhos e trazer à memória Diego Maradona, no México 86, Argentina Vs Coreia do Sul...
Este tipo de imaginação suspensa por entre o arco de uma bola, no olhar desmesurado de todos nós, desesperado de um guarda redes, admirado por todos os que no campo assistem, in loco, a um recital de poesia, escrita com os pés.
Terei sido capaz de descrever, honestamente, aquele momento...
O de Maradona e o teu.
Meu querido Ronaldo, naquele momento, por entre o teu olhar carregando a nossa querença, pejado de uma Lusitana esperança, também eu gritei contigo...
Siiimm!!!!!!!!
E assim sem mais palavras para não atrapalhar essa genialidade reservada em pedaços de pueril magia, liberto intensamente a minha alegria...
Viva Portugal...
Viva o Ronaldo de todos nós!
Filipe Vaz Correia