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Caneca de Letras

25.09.18

 

Se existe coisa que me irrita, verdadeiramente, são as pessoas que alimentam pombos à mesa de um café...

Tenho vontade de gritar para essas pessoas:

Porcalhões!

Os pombos são provavelmente um dos maiores transmissores de doenças, são assim como todos os animais, criaturas de hábitos e esta atitude permite que estes possam perder o receio e acostumarem-se a estar em cima das mesas na procura de algum alimento.

Para piorar...

Imagine-se o pobre cliente que se sentará ali, depois da "anta" que alimentou os pombos ter saído...

As mãos naquela mesa, depois no rosto ou na roupa, transportando consigo todo o tipo de bactérias inerentes a estes animais.

Querem alimentar pombinhos?

Façam-no, de preferência, à janela de suas casas ou então num parque público...

Não à mesa de um café!

Fico furioso com estes gestos e falta de educação, esta falta de higiene e civismo...

Mas enfim, a estupidez Humana não tem limites.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

30.09.17

 

Acontece-me imensas vezes, estar sentado na esplanada de um café e observar as pessoas a passar, aquelas que chegam, as que sentadas estão perto de mim, a meu lado...

Imaginar o que se passará em cada uma das suas vidas, o que se esconderá para lá do intrigante olhar.

Poderá um sorriso significar felicidade ou uma lágrima simbolizar tristeza?

Um ar carrancudo significar amargura ou a leveza de uma gargalhada, a preenchida realização do Ser Humano?

Vezes sem conta, através da minha irrequieta imaginação, voo pelos trilhos desconhecidos de cada uma daquelas pessoas que comigo se cruzam e nelas reencontro momentos que parecem, também, um pouco meus.

Momentos que já vivi e que ali revivo, ao observar o simples caminhar de uma criança de mão dada com a sua Mãe, buscando em cada um dos seus passos, os meus, perdidos num tempo que não regressa, sobrando infinitamente as saudades dessa mão que um dia, também a mim, me agarrou...

Momentos singelos, despidos de solenidade, atravessando o tempo, permitindo que se descreva no pensamento, o desenho de tantas e tantas almas.

Almas que não me pertencem mas que silenciosamente me atrevo a desenhar, a adivinhar, a escrevinhar sobre elas, sendo que delas pouco conheça...

E ali permaneço sentado à mesa do café, olhando, sentindo, imaginando desencontradamente, o destino escondido por trás de cada rosto, de cada olhar que ali se encontra a meu lado.

Porque nada é mais sedutor do que dar asas à imaginação e voar através desses mundos pincelados pelo nosso olhar.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

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