10.05.23
Morreu Rita Lee...
Sinceramente sabia que Rita Lee estava muito doente, que a sua fragilidade era cada vez maior mas o ícone que foi a sua vida me fazia acreditar que talvez ela fosse eterna.
A mortalidade chegou a este furacão Brasileiro, no entanto, é uma mortalidade diferente daquela que atinge a maior parte de nós, para ela, a artista, a inigualável a sua mortalidade será trespassada pelas letras das suas músicas, pela voz nas suas canções, pela beleza extraordinária de uma mulher singular.
Rita Lee faz parte da minha vida desde o berço, assim como Caetano, Bethânia ou Gal...
Era talvez a mulher mais bela que alguma vez vi, com as suas sardas, a sua elegância, a sua loucura e excentricidade, tanto que poderia transformar estas linhas do Sapo Blogs em uma mera passagem de uma trivial explanação incapaz de fazer jus a tamanha raridade.
Foi ela até ao fim, com a sua irreverência, a sua honestidade, a sua destreza e a sua franqueza.
Viveu a vida no limite, tal como outro grande que tanto gosto, Cazuza, sugando o tutano das coisas como expressou Mr. Keating no Clube dos poetas mortos.
Partiu Rita Lee...
Como escreveu em 1988 o daily mirror, a cantora preferida do Rei Carlos III.
Que viva eternamente na memória daqueles que tiveram ou tenham o privilégio de se cruzar com a obra desta monumental mulher.
Obrigado...
E até sempre, Rita Lee.
Filipe Vaz Correia