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Caneca de Letras

Caneca de Letras

A Coerência De Rui Rio: Nos Açores Com O Chega, No Continente Com O Bloco De Esquerda!

Filipe Vaz Correia, 27.11.20

 

 

 

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Sorrio...
Essa mistura de só e Rio, de desespero e contradição.
Rui Rio e o seu PSD, tem de ser só seu, votou o projecto de lei do BE para inviabilizar injecções de capital no Novo Banco.
Ora esta medida por si só agradará a toda a gente, talvez por essa razão Rio terá pensado em votar a favor dela, quando digo toda a gente direi a maioria daqueles que agindo por impulso navegam pelos cabeçalhos dos jornais.
Numa semana ao lado do Chega...
Na outra a votar com o BE.
Querem melhor exemplo de oportunismo político, de populismo?
Certamente alguns me dirão que André Ventura desmarcou um Congresso que nunca esteve marcado...
Ok!
Que Ventura, e o seu Chega, começou por votar esta proposta do BE com um voto contra, a meio da tarde já se abstinha e por fim, julgo, que votou a favor...
Mas será Ventura o barómetro do PSD, de Rui Rio?
Talvez seja...
O PSD aprendeu alguma coisa com o caso dos Professores?
Não!
Rio navega entre populistas, os de Esquerda, os de Direita...
Podemos estar todos contra a injecção de dinheiro no Novo Banco mas o que fazer se o contrato assinado com a Lone Star assim o prevê?
Que se lixe o contrato...
Parece que é a estratégia.
Enfim...
Uns dias os ciganos, outros dias o Novo Banco, assim vai o líder da oposição, de Centro Direita, de braço dado entre o BE e o Chega.
Que tristeza!
 
 
 
Filipe Vaz Correia
 
 
 
 

Na “Ilha” De Centeno...

Filipe Vaz Correia, 18.12.19

 

Mais um Orçamento apresentado por Mário Centeno, o quinto se não estou em erro, num caminho de política Orçamental que parece estar a dar imensa discussão, dentro e fora do espectro do Governo.

Gosto de Mário Centeno, gosto imenso, o que tendo em conta se tratar de um Ministro das Finanças Socialista, e sendo eu um Conservador de Direita, poderia parecer um contra-senso...

Mas não creio que o seja.

Na minha opinião, Centeno nada tem de Socialista, nada...

Aliás isso parece ser cada vez mais evidente, sobretudo com as pouco secretas divergências, transcritas nas páginas dos jornais, opondo o Ministro das Finanças a António Costa, a Marta Temido ou até mesmo ao “desaparecido” Ministro Cabrita.

Durante os quatro anos de Geringonça, tenho por certo, ao Ministro Centeno se deve o singelo facto de Portugal não só ter apresentado contas certas, como também não termos sido obrigados, uma vez mais, a pedir intervenção externa para a consolidação das contas públicas.

Um Governo Socialista, apoiado pelo Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, tinha tudo para resvalar para esse despesismo Histórico, de Guterres a Sócrates, nesse encontro da História com os valores que norteiam estes Partidos.

Esse rigor de Mário Centeno foi o garante de uma consolidação Orçamental, fundamental para a credibilidade externa, credibilidade essa essencial para a recuperação do estatuto de Portugal nos mercados financeiros que servem de “financiadores” de capital para as necessidades do País. 

Centeno não é um “aparelhista”, alguém ligado às estruturas partidárias, sendo para mim evidente que será mais um Social-Democrata do que um Socialista, sendo mesmo mais representativo do Centro-Direita do que de uma Esquerda Ortodoxa ou Europeia.

O seu legado de contas certas, de uma certa intransigência Orçamental, é a prova certeira deste pensamento.

Neste momento, cada vez mais crente nos rumores que dão certo um afastamento entre no Ministro das Finanças e restante Governo, temo que este possa ser o último orçamento apresentado por Mário Centeno, cansado de tentar domar os instintos despesistas que parecem abundar no seio deste novo Governo.

Quem viu as declarações de Centeno sobre este Orçamento e viu o vídeo propagandista de António Costa no YouTube, vê que dois mundos separam estes homens, duas visões antagónicas parecem marcar esta nova vida política...

E aqui não tenho duvidas, aliás nunca as tive...

Estou ao lado de Mário Centeno.

Direi mais...

Se o Ministro das Finanças sair deste Governo, como parece ser certo, esse será o primeiro passo para o abismo orçamental do Governo de António Costa, tendo por certo que deixaremos de falar sobre excedentes orçamentais para passar a debater os números do crescimento da despesa.

Gostemos ou não, foi essa ilha de Centeno, esse “bunker” de rigor financeiro, que permitiu à Geringonça ter resistido aos anseios despesistas dos seus parceiros de Governação.

Agora que o pudor de Costa parece ter desaparecido, nessa insana vontade de gastar, ouvimos em surdina relatos dessa essência Socialista que vai ganhando força nos assentos do Conselho de Ministros, provocando mau-estar entre o sector das finanças e restantes membros de Governo.

Sendo este um Governo construído por António Costa, através de ligações partidárias e “compadrios” de confiança pessoal, deverá tornar difícil, a alguém que vem da Sociedade Civil como Mario Centeno, fazer valer as suas posições, mesmo com o estatuto granjeado pelo actual Ministro das Finanças.

Assim não deve surpreender que Mário Centeno possa ter perdido a paciência para lidar com tão desbravada insanidade.

Até lá observemos os sinais, atentemos ao valor das palavras, para tentar descodificar cada perigo que se apresenta neste destino político que se desenha para este nosso Portugal.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

 

 

António Costa E As Capelinhas Do “Amor”...

Filipe Vaz Correia, 10.10.19


As capelinhas do Mestre Costa...

Assim anda o “simpático” Costa, de partido em partido, da sua esquerda, tentando encontrar aliados para enfrentar mais uma legislatura.

Por mais que digam que não assinam papel, estes partidos sabem que ganharão ou pelo menos não perderão estando à sombra do poder que tanto contestam e assim depois do “namoro” Socialista, lá se encontrarão, com compromisso formal ou união de facto, para esse “amor” entrelaçado.

O Bloco tudo faz para ser a relação oficial, aquela que estará ao lado do seu companheiro, na posição cimeira de tantos namoros...

O PCP quererá o “prazer” sem oficialização, esse usufruir sem assumir, esse posto de “amante” consentidamente liberto.

O Livre será um caso de dia a dia, um beijo aqui outro ali, na saída de uma reunião parlamentar, de um orçamento ou até numa discussão acesa entre Direita e Esquerda.

O PAN está na dúvida se aceita dar a mão à luz do dia ou se amarrará ao PS somente, por entre, as luzes de uma soturna discoteca, com animaizinhos de estimação e plantinhas ao luar.

Esqueci-me de alguém?

Claro...

Esqueci-me do PEV, a equipa B do PCP, no entanto, depois da despedida da queridíssima Heloísa Apolónia, não estou preparado para dissertar sobre os Verdes, tal a comoção que me invade neste novo período da nossa história Democrática.

E assim, António Costa, continua a percorrer as capelinhas do “Amor” esperando anunciar ao mundo esse casamento que possa garantir a sobrevivência do seu projecto político.



Filipe Vaz Correia




Os Debates Já Começaram?

Filipe Vaz Correia, 13.09.19

 

Tenho andado distraído, em relação aos debates eleitorais, não por falta de vontade mas sim por uma sonolência irritante que se acomete da minha pessoa, sempre que insisto em ver estas pelejas políticas.

Debates serenos e mornos, enfadonhos e tristonhos, carregados de uma lentidão argumentativa nessa ausência total de argumentos.

Os sorrisos disfarçados, os programas mal elaborados, a noção de um resultado pré-determinado, neste autêntico passeio de António Costa...

Motivos para adormecer, sem voz ou determinação, entrelaçados por desvios ideológicos que confundem a mente das gentes, rasurando, vezes sem conta, a noção de Esquerda e Direita.

Encontramos Costa e o seu PS como garante das contas públicas, preocupados com o “diabo” que afinal acreditam poder chegar, enquanto encontramos o PSD e o CDS a prometer distribuir dinheiro entre impostos e incentivos, num grito desesperado por amarrar, amealhar, votos num quarto escuro.

Ligo, novamente, a televisão e ali se encontram:

Os candidatos, o moderador e a promessa de um debate...

Começa o dito e ansiado debate, a suposta troca de ideias, eu terei dito ideias?e logo se vai desvanecendo o interesse, se dilui a vontade de querer compreender o que têm a dizer.

Rio e Costa vão se encontrar, dentro de dias, para um decisivo debate...

Decisivo para Rui Rio, ou seja, para compreendermos por quanto perderá, se por uma gigantesca diferença ou apenas pela margem suficiente para atenuar a humilhação.

Triste tempo este...

Para quem como eu, que sendo de direita, se vê despojado de alternativas ideologicamente representativas deste campo político.

Vou dormir...

Se por acaso algum debate for digno desse nome, por favor, avisem.

 

 

Filipe Vaz Correia

 

Eleições Europeias: A Hora Do PAN!

Filipe Vaz Correia, 27.05.19

 

A noite eleitoral chegou e com ela trouxe algumas vitórias reais, outras imaginárias, meio disfarçadas por entre derrotas descaradas.

O PS clamou vitória, onde há cinco anos Costa exclamava "poucochinho", com uma diferença de apenas 2%.

O PSD gritou para Rio seguir em frente pois aquela era a sua gente, só que nunca foram tão poucas as gentes, tão solitariamente poucas.

O PCP taciturno, de rosto fechado, quase que vislumbrando nesse futuro "legislativo" uma tragédia anunciada, uma caminhada consistente rumo a um emagrecimento institucional.

Parece evidente que esta "Geringonça" tem prejudicado, essencialmente, os Comunistas numa correlação de forças que importa salientar.

O CDS assegura a vergonha alucinada...

A derrota do CDS é a derrota do lado mais populista da política, numa rendição aos costumes do seu cabeça de lista, aliado ao histerismo militante da "líder" do Partido.

Cristas é vítima desse mesmo populismo com que decidiu abordar a política, coadjuvada desta vez por um cata vento agressivo como Nuno Melo.

O Bloco venceu claramente...

Não foi para mim o vencedor da noite mas pode, evidentemente, receber os louros por tamanho feito eleitoral.

O Bloco atinge quase os 10% demonstrando que esta Geringonça tem trazido benefícios para o Partido.

Ao contrário do PCP, o Bloco tem conseguido fazer passar a sua mensagem, amarrando a si grande parte dos que gostando desta coligação, não desejam votar PS.

Para mim o grande vencedor da noite foi o PAN...

O Partido das Pessoas, Animais e Natureza cresce desmesuradamente, conseguindo ficar a somente um ponto percentual do CDS...

André Silva e o seu PAN ganharam não só a noite como ameaçam se tornar num peão central deste panorama político.

O PAN faz política de forma diferente, ficando por saber se não estará aqui a resposta para o dilema maior de António Costa...

Com quem me irei coligar se não tiver Maioria Absoluta?

Talvez com o PAN...

Talvez.

 

 

Filipe Vaz Correia